can you see me? ☆ bts

「 2.2 」

\ can you see me? /
/ pov. min yoongi \

﹏﹏﹏

— Olhe só quem estava escapando! Se junte conosco, Suga. – Convidou Taehyung, me fazendo olhá-lo mortalmente.

Eu só queria estrangular esse garoto agora. E com força.

— Olá, Suga! – Cumprimentou Jimin, ainda sentado no banco.

— Oi. – Cumprimentei desajeitado.

— Não sabia que vocês se conheciam. – Comentou Jimin, se referindo à Taehyung e eu. — Aliás, nem sabia que eram amigos.

— É uma longa história – falou Taehyung, pondo o braço ao redor de meu pescoço. — Eu e o Suga aqui nos conhecemos faz um tempo. Graças ao meu tio, eu convivo com esse ser humano faz quatro anos. – E piscou para mim, hilário.

Balancei a cabeça, claramente irritado com Taehyung ainda.

— Querem se sentar aqui? – Perguntou Jimin, dando espaço no banco.

Porém, o banco só tinha espaço para duas pessoas.

Olhei para Taehyung, negando com a cabeça. Nada adiantou.

— Obrigado, Jimin. Mas acho que o Suga está mais cansado que eu – e me empurrou para perto de Jimin, me fazendo cair no banco e sentar.

O choque do meu corpo no banco assustou Jimin, mas ele não perguntou nada sobre o que acontecia. Permaneceu ali, sentado ereto, com sua vara ao lado e cinco centímetros separando nossos corpos.

Encarei Taehyung, ainda mais irritado que antes.

— Você me...

— Ah! Então, Jimin, nos conte – Taehyung me interrompeu, mudando de assunto rapidamente — o que veio fazer aqui, sentado em um banco do shopping, perto da pista de patinação? – Perguntou Taehyung, e fiz sinal para que se calasse, mas já era tarde demais.

Jimin suspirou. Ele esfregou as mãos, e desajeitado, nos contou:

— Queria passar um tempo sozinho. – Lancei à Taehyung meu olhar de eu falei, e Jimin continuou. — Queria ouvir o barulho das pessoas, e aproveitar para passear um pouco, descansar e... – Parou. Dava para perceber que estava mentindo. — Certo, certo. Eu estava em um completo tédio. Só até vocês aparecerem.

— Também estávamos no tédio. – Confessou Taehyung. — Mas aí, eu te reconheci por causa do grupo de apoio...

— Vocês estão no grupo? Sabia que reconhecia sua voz! – Jimin exclamou, levantando as mãos. Foi uma cena engraçadinha.

— Exatamente. – Respondeu Taehyung, me olhando estranho.

— Por que está me olhando desse jeito? – Perguntei.

Taehyung balançou a cabeça, como se desaprovasse minha atitude.

— Você está quieto. – Comentou, e olhou para Jimin. — Ele sempre fica assim quando é perto de você?

Jimin arregalou os olhos, surpreso com a sinceridade de Taehyung. Aquilo me fez corar, abaixando a cabeça como forma de demonstrar menos minha vermelhidão.

— Não... Que eu me lembre. – Jimin estava envergonhado também. Merda, por que Taehyung tinha que estragar tudo?

— Ah, tá. Bom saber. – Se aproximou, bagunçando meus cabelos. — Comigo você não é assim. Estou ficando preocupado, bebê.

— Ah, cala a boca. – Afastei sua mão, me encostando no banco para uma melhor posição.

Jimin riu. Foi uma risada gostosa de se ouvir.

— Vamos dar uma volta no shopping. – Sugeriu Taehyung, batendo na minha cabeça e se afastando. — Estou ficando cansado dessa pista.

Concordamos. Jimin sorriu de leve, e levantou do seu banco, mas permaneceu parado.

Totalmente perdidos, Taehyung e eu nos entreolhamos. Qual seria o correto de se fazer agora?

Mordi o lábio, não sabendo o que fazer. Taehyung indicou com a cabeça o braço de Jimin. Neguei, mas não tive escolha.

— Licença, posso? – E cruzei nossos braços, me tornando seu guia daquela vez.

Jimin assentiu, ainda inseguro. Senti que depositava toda sua confiança em mim, e aquilo me fez sentir importante.

Eu tinha a confiança de Park Jimin.

Começamos a caminhar aleatoriamente, cada vez mais longe da pista e do barulho de gelo sendo raspado, enquanto tínhamos uma conversa tranquila.

— Eu não acredito! – Exclamou Taehyung, apontando para um dos vários cartazes na entrada do cinema. — O filme que eu tanto queria finalmente saiu! É um milagre!

— Realmente um milagre – comentei sarcástico, mas Taehyung ignorou, entrando no cinema.

— Podemos assistir, por favor? – Pediu, fazendo um leve biquinho.

Engoli a seco. Olhei para Jimin. Era uma situação constrangedora.

Taehyung percebeu o que acontecia, e procurou consertar.

— Quer dizer... Não é tão necessário assim... Podemos ver outra hora.

— O que é isso, está maluco? – Jimin repreendeu, claramente irritado. — Você vai perder o filme que tanto queria? Não tenho problema com isso. Sério. – Tranquilizou, suspirando. — Taehyung, pode comprar os ingressos.

Taehyung relutou um pouco, mas por fim, foi para a bilheteria comprar os ingressos do tão esperado filme.

Notando que Jimin não estava cem por cento tranquilo como dizia, sussurrei para ele:

— Você tem certeza, Jimin?

Jimin assentiu, mais decidido que nunca.

— É claro. Não preciso ver para poder entender o filme. Aliás... – Abaixou a cabeça, mordendo os lábios. — Você pode me contar o que está acontecendo, se não for incômodo...?

Sorri mínimo. Só Jimin para me fazer sorrir.

— Pode confiar em mim, Jimin.