can you see me? ☆ bts

「 9.2 」

\ can you see me? /
/ pov. min yoongi \

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Passei os dias seguintes tendo como única companhia os médicos, meus pais, e Jimin, quem eu visitava quando conseguia uma brecha no corredor e cujo as visitas não duravam mais que trinta minutos. Considerando o tempo que tínhamos, trinta minutos bastava para aproveitar bastante.

Apenas duas coisas passaram a me perturbar durante os dias: o sumiço de meus amigos, e a possibilidade bem óbvia de que eu fosse o único que sabia do destino da vida de Jimin. Nem os pais do Park, que nos tempos vagos passavam em meu quarto para uma visita rápida, demonstravam algum segredo em relação à isto. Me senti péssimo, como se soubesse de uma previsão horrível e não pudesse alertar às outras pessoas.

Mas em uma tarde, uma de minhas perturbações passou a ser resolvida. Hoseok apareceu em meu quarto para uma visita – pelo o que sugeri de primeira –, surpreendendo-me um pouco. Além de Taehyung e Jungkook, Hoseok tinha parado de manter contato comigo, o que me preocupava em dobro. Agora, vendo-o ali, um peso a menos saiu de minhas costas.

— Hoseok! Que bom vê-lo...

— Cala a boca e me segue. – Ordenou, voltando para o corredor, sem olhar para trás. Arqueei uma sobrancelha, no fim, fazendo o que ele mandava.

Seguimos pelos corredores lotados de enfermeiros e pacientes do hospital, e a cada passo percorrido, me dava conta de quanto tempo eu tinha passado dentro do casulo que era meu quarto, para já não conseguir reconhecer mais o lado de fora. Mas, eu não tinha passado tanto tempo assim, não é? Fazia o quê? Uma semana?

Engoli a seco, abandonando o pensamento antes que acabasse surtando. Eu não sabia nem quantos dias eu estava ali dentro, quem dirá saber o tempo suficiente que Jimin tinha ainda na Terra conosco.

Surpreendentemente, paramos em frente às portas do ginásio onde ocorria os encontros do grupo de apoio. Imediatamente parei, olhando para a entrada de uma forma confusa.

— Hoje é sexta-feira? – Foi tudo o que pude pensar como bom argumento.

— Infelizmente, não. – Suspirou. — Hoje é quinta.

— Então, por que me trouxe aqui?

Hoseok deu um sorrisinho de canto.

— Achei que você precisasse disso. – E abriu as portas.

Ali dentro, estava o Dr. Jin, Taehyung, Jungkook, Dawon, e Jimin. Todos, sentados em um círculo de cadeiras, idêntico como o do grupo de apoio. E, coincidentemente – ou não –, cada um segurava um papelzinho nas mãos.

— O que é isso? – Questionei, alto o bastante para a pergunta ecoar por todo o salão.

O Dr. Jin foi quem levantou, abrindo os braços para mim.

— Yoongi, seja bem-vindo ao nosso grupo de apoio secreto! – Anunciou. — Por favor, pegue uma cadeira e se junte; gostaríamos muito da sua presença.

Por alguns segundos, permaneci parado, atônito. Até Hoseok me cutucar, chamando atenção e me trazendo à realidade.

— Yoongi, por favor, pega logo a porra da cadeira. Não percebe que eu não me encontro em boas condições para ser seu empregado?

Corado, peguei uma cadeira e me juntei à roda, ficando entre Dawon e Jungkook.

— Bem, onde estávamos... Ah, sim. As Cartas de Apoio.

— Cartas de apoio? Como assim? – Levantei questão novamente.

— É bem simples, Branquelo. – Começou Taehyung. — Em nosso grupo, nós lemos alguma frase ou declaração de apoio para cada colega que está presente em nossa roda. Isso ajudará a lhe dar esperança e, assim esperamos, coragem para enfrentar o que esteja por vir em sua vida.