can you see me? ☆ bts

「 8.9 」

\ can you see me? /
/ pov. min yoongi \

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Na manhã seguinte, o aniversário de primeiro mês de namoro de Jimin e eu, acabei recebendo uma das melhores notícias que me deram desde a estadia no hospital.

— Isso mesmo, branquelo! – Exclamou Taehyung. — Jimin e você são oficialmente vizinhos de dormitório!

— Como isso? – Questionava, até uma possibilidade surgir em minha cabeça.

"Não, não seria possível." Pensei, balançando a cabeça. "O Dr. Kim não conseguiria..."

— Alô? Yoongi? – Taehyung me despertou dos pensamentos, e sorri para o mesmo, segurando em seus ombros.

— Tae, isso facilita tudo!

O rapaz assentiu, também sorrindo.

— Agora, vocês vão estar mais próximos e...

— Não só isso. – E comecei a explicar. — Hoje é aniversário de um mês do meu namoro com o Jimin, e ele queria que fossemos nos encontrar. Mas eu quero mais; poderia me ajudar?

Acabei fazendo olhinhos de gatinho desamparado – ou uma imitação, pelo menos – e pedi à Taehyung. O mesmo riu, aceitando me ajudar, contanto que contasse os detalhes mais tarde e lhe paga-se um refrigerante de guaraná mais tarde.

Próximo das oito da noite, levantei de minha cama, já despreocupado em carregar o soro junto. Agora, eu estava oficialmente livre. Com passos precisos, fui até o quarto ao lado, dando uma surpresa e tanto em Jimin, que se assustara com o barulho.

— Quem está aí? – Questionou.

— Sou eu, vizinho de quarto. – Respondi, e o garoto deu um enorme sorriso.

— Como assim, Suga?!

— Somos vizinhos agora, não te disseram? – Aproximei-me do rapaz, parando próximo à cama.

Jimin negou, me dando espaço para me sentar. Neguei, segurando sua mão, e o puxando para fora.

— Nada disso, vamos dar uma volta.

— E podemos?... – Ajudei-o a vestir um moletom que estava largado na poltrona ao lado da cama, e o guiei para fora do quarto.

— Não vamos muito longe. E claro, ninguém precisa ficar sabendo. – Sorri misterioso.

Jimin arqueou uma sobrancelha, mas deixou-se guiar por mim, depositando sua confiança em nossos passos.

Caminhamos pelos corredores até uma porta secundária, dobrando para o corredor da esquerda. Paramos no final dele, e abri a porta, dando visão ao estacionamento do shopping. Continuei o guiando, até parar, não muito longe dali, em um espaço entre dois carros. Ambos escondiam nossa imagem, o que ajudava na hora da cobertura, mas essa era só uma parte do que viria ainda.

Ali, estava uma toalha de piquenique estendida, junto com uma cesta de comida e dois travesseiros. Foi o que Taehyung conseguiu obter, e sinceramente, estava magnífico.

— Aqui... cuidado... – Ajudei a se sentar na toalha, e fiquei do outro lado, arriscando um olhar rápido para o céu. Até ele tinha colaborado conosco.

— Onde estamos?

— Em um piquenique romântico. – Contei, levantando os braços. — Feliz aniversário de namoro, Jimin!

O mesmo não pareceu acreditar por alguns segundos, mas depois, começou a lacrimejar, tapando a boca com as mãos.

— Min Yoongi, eu não acredito nisso! – Exclamou.

— Para você ver que eu não me esqueço das coisas. – Dei de ombros.

Jimin balançou a cabeça, inclinando-se para frente, tentando me dar um beijo. Retribuo o ato, dando-lhe um beijo rápido.

Ao som dos insetos e da noite, jantamos bolachinha de água e sal, suco de laranja, e dois sanduíches de requeijão com presunto. Ficamos conversando sobre diversos assuntos durante horas, envolvendo minha vitória no campeonato, algumas coisas sobre a vida de Jimin em Busan, e os detalhes de como eu tinha conseguido fazer aquela surpresa encantadora.

Depois de muito papo e comida, nos deitamos lado a lado na toalha. Com os corpos virados para o céu, e as mãos entrelaçadas. Assim, em silêncio, observei o céu estrelado, enquanto Jimin imaginava o resquício do que se lembrava de uma noite com estrelas.

— Yoongi – chamou. Me virei para olhá-lo melhor. — Obrigada por tudo, por ser o melhor namorado do mundo. – Respirou fundo. — Eu te amo, muito.

— Te amo muito, Jimin. – Falei, e dei um beijinho em sua bochecha, voltando a observar as estrelas.

Era isso que iria acabar? Eu não entendia. Por que um amor tão verdadeiro tinha que acabar? Não podíamos receber a notícia de que nossas doenças foram curadas, para podermos amar livremente e em paz? Qual era o sentido de tudo isso?

Ali, enquanto pensava nisso, cheguei à conclusão: aquela não seria só uma chance de fazer Jimin ter os últimos melhores dias de sua vida; também era a minha chance. Minha chance de, pelo menos uma vez, me pôr no direito de garantir a felicidade em minha vida.