can you see me? ☆ bts

「 7.9 」

\ can you see me? /
/ pov. min yoongi \

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A casa de Hoseok possuía um jardim de encher os olhos. Apesar de Dawon não demonstrar ter tanto tempo assim, e Hoseok não ter a mesma facilidade que nós para trabalhar com algo do tipo, eles sabiam manter o jardim em perfeitas condições. Uma vez, Hoseok me explicou porquê cuidavam tão bem daquele lugar, sobre como o jardim era um tipo de "herança" vinda da mãe dos dois. Hoseok contava que era uma forma de ambos se conectarem, e depois de terem feito as pazes, o jardim tinha florecido muito mais com os dois o cuidando juntos.

O jardim era cheio das mais variadas flores, que confundiram o olfato apurado de Jimin pela variedade de aromas. E a grama verdinha e fofa, atraente o bastante para alguém simplesmente se deitar nela. Eu não sabia para onde olhar, querendo admirar tudo o máximo possível.

Mas o que mais me surpreendeu mesmo, fora a família do Dr. Jin, que também era pequena. Tendo somente ele, a mãe, e o irmão mais velho – que logo teve de ir embora, por um compromisso no trabalho de última hora. O que foi uma pena, ou talvez não, pois o mesmo sussurrou algo no ouvido do irmão e saiu, sorrindo satisfeito dali.

A cada segundo que se passava, estava começando a parecer óbvio que todos já sabiam do pedido de casamento, menos a coitada da Dawon. A mesma não parava de falar sobre como a ocasião era especial e etc, mas nada era comparável a surpresa que o médico lhe faria mais tarde.

E quanto mais o tempo passava no jardim dos Jung, mas Jimin parecia se soltar. O mesmo acabou se tornando um "quase" filho adotado da mãe de Jin, uma senhora extremamente adorável e simpática, que não parava de apertar as bochechas de Jimin como se ele fosse uma criancinha, e durante todo o tempo, fazendo elogios à ele sobre como era bonito e eu era um rapaz de sorte, ou o contrário – confesso que tinha ficado idêntico a Jimin quanto aos elogios; ridiculamente vermelho.

E Hoseok, que comparado ao Hoseok do passado, se passaria por um completo desconhecido, era quem animava ainda mais a festa. Fez piadas, tocou algumas músicas pela caixa de som da sala de estar trazida para fora da casa, e foi quem convidou todos para dançar um pouco, sem se importar com sua deficiência. Ninguém se importava, todos estavam felizes, agindo como humanos, deixando a emoção falar mais alto. Por isso, posso dizer que nenhuma festa poderá ser tão inesquecível, quanto aquela.

No fim, quando até Hoseok não aguentava mais forçar a cadeira para adquirir o movimento necessário para uma dança, Dawon decidiu que era a hora de comer.

Seguimos para uma mesa de piquenique um pouco mais ao fundo do jardim, já aguardando com um bolo de aparência deliciosa, salgados e muitos docinhos.

Após todos se organizarem, o Dr. Seokjin manteve-se de pé, e Dawon o olhou confusa.

— Queiram todos prestarem atenção aqui, por favor. – Levantou os braços, indicando todos os presentes. — Obrigada por terem vindo à nossa festa de um ano de namoro. Sei como as pessoas normalmente gostam de comemorar isso só com a pessoa que ama, mas eu e Dawon pensamos: "Bem, nós amamos muitas pessoas. Então, por que não convidá-las também?".

— Confesso que eu também sugeri. – Hoseok levantou a mão, interrompendo. — Afinal, o que a gente não faz pra não acabar ficando de vela sozinho?

Todos riram, e o Dr. Jin piscou para Hoseok, concordando.

— Tem toda razão, senhor Jung Hoseok. – Hoseok riu com o pronunciamento de seu nome completo, e silenciou, dando espaço para o Dr. Jin continuar. — Bem, como eu ia dizendo... Nós temos, sim, muitas pessoas que amamos. Mas eis a questão: o amor pode ser amplo, mas também, existe os direitos de oficializá-lo. É algo especial quando criamos um laço fora do coração, e é isso o que eu quero criar com vocês. E especialmente você, Dawon.