"Tudo ao seu lado faz mais sentido e tem mais graça. Sinto que posso ir sempre mais longe e que tenho mais forças para resistir, caso algo falhe. Parece que me tornei muito dependente de ti e isso chega a me assustar, porque você se tornou indispensável em minha vida."
Anahí escrevia diariamente bilhetes agradecendo por todo amor, carinho e felicidade que Alfonso lhe proporcionava. E o moreno, é claro, retribuía a altura, enchendo-a de mimos, beijos, abraços e muitos "te amo" no decorrer do dia. O primeiro mês de namoro passou rápido. A felicidade contagiava quem estivesse perto de Anahí ou Alfonso. O casal estava feliz e apaixonado e já faziam planos para um futuro juntos.
Alfonso demorou tanto para encontrar um grande amor que eu já nem acreditava mais na possibilidade de ser feliz. Mas demorou porque era para ser unicamente ela. Anahí havia tornando-se extremamente essencial em sua vida. Bastou apenas uma troca de olhares, um sorriso sincero e encantador para saber que aquela garota era a mulher da sua vida, aquela que desejaria ter ao seu lado o restante de seus dias.
Para Anahí, Alfonso era o seu mundo. Chegou do nada e modificou tudo a sua volta, trazendo mais cor e alegria ao seu dia a dia. O moreno foi o empurrão que precisava para crescer, evoluir, acreditar que poderia ser feliz, ser amada de verdade. Estava perdida e sem motivos para acreditar em dias melhores e alimentar seus sonhos, até que o conheceu. Pode sentir de novo o coração batendo e todos os bons sentimentos que jamais imaginou sentir.
Porém nem tudo era só felicidade, havia um lado nebuloso: a escola. Após algumas audiências as coisas pioraram e por precaução dos advogados da parte de Anahí, recomendaram que a loira passasse uns dias em casa até a poeira baixar. A manhã parecia demorar a passar, era uma eternidade até a hora do almoço. Alfonso vinha todos os dias para almoçar com ela e a tarde ele lhe passava tudo o que haviam aprendido de novo na escola. Algumas vezes o restante do grupo acompanhava o moreno, e a tarde era regada de risos e brincadeiras, estudar era o que menos faziam. Devido a isso, Alfonso os impedia de vir quando havia alguma matéria nova.
- Vai ensinar a Anahí anatomia do corpo humano hoje? – zombou Camila, referindo-se a aula de reprodução dos reinos animais que haviam aprendido naquele dia.
- Muito engraçadinha você Camila. – o moreno falou ironicamente – Estudamos anatomia dos beijos, mordidinhas e carícias.
- E não passa disso? Tipo uma mão boba aqui, outra ali? – Axel indagou curioso.
Alfonso sorriu lascivo. Como se esquecer de quando ela, sem querer, o tocou na virilha e ele ficou ereto?
- Teve mão boba! – Luciana falou alto e Frederico a repreendeu com o olhar.
- Tecnicamente teve, mas a intimidade com minha namorada não diz respeito a vocês. – ele disse e saiu correndo ao ver que Júlio estacionava em frente à escola.
Todos os dias o motorista vinha buscar o moreno e o levava até Anahí, e depois o deixava em casa por volta das dezoito horas. Ela o aguardava ansiosa na varanda da mansão do tio. Ao ver o carro entrar pelo portão, seu coração dava pulos de alegria. Após o almoço, iam até a biblioteca e então ali Alfonso se tornava o professor particular de Anahí.
- Não vejo a hora disso acabar. – ela falou largando o livro sobre a mesa.
- Não me quer por perto? – ele perguntou fingindo desapontamento.
- Não é isso Poncho! – ela respondeu rapidamente - Eu amo ter você comigo todos os dias, mas ficar presa aqui é horrível, sinto como se estivesse em uma prisão completamente vigiada.
- Só mais alguns dias e ai terá a sua liberdade.
- Cinco dias para ser mais exata. – falou e abriu um sorriso, que Alfonso achou lindo - Dá um frio na barriga só de imaginar como será a reação de todos a me ver de volta.
- Estarei ao seu lado segurando a sua mão, nada acontecerá.
Todos os dias era a mesma ladainha: Anahí fazia manha quando Alfonso tinha que ir embora. Geralmente ele levava mais ou menos meia hora a mimando, regado de palavras carinhosas. Anahí derretia-se a cada declaração de amor dele. E se algum dia ele chegasse atrasado, ela fazia greve de beijos e fingia indiferença por alguns minutos até Alfonso conseguir a fazer dar lugar a uma garota completamente apaixonada.
Naquela tarde de quinta feira, Alfonso havia dito que não poderia vir, pois o irmão estava febril, a mãe precisava trabalhar, e o único que poderia estar com o pequeno era ele. Anahí denominou aquele como o dia mais entediante da sua vida. E claro, fez um pequeno drama, apesar de entender os motivos do namorado.
Estava apenas ela e o tio em casa. Antônia havia ido ao mercado comprar algumas frutas e Júlio estava em seu dia de folga, assim como os demais empregados. A loira foi em busca do tio no escritório e estranhou o fato dele não estar lá. Chamou-o e não obteve resposta. A possibilidade de estar completamente sozinha a fez entrar em pânico. E tudo piorou quando viu pela janela o tio cair ao chão no jardim. Instintivamente, como um raio, levantou-se e foi ao encontro dele com o telefone em mãos.
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Love, Anahí
FanfictionQual o valor da verdadeira amizade? A popular loira de olhos azuis, que antes arrancava suspiros dos meninos e chamava atenção devido a sua beleza por onde passava, tem o seu brilho ofuscado devido a uma cadeira de rodas. Até o namorado decide que...