Para proteger você

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Pov Lauren

Louis estava sendo a melhor pessoa ao meu lado, depois que tomei meu banho e procurei uma roupa ele me avisou que iria em casa tomar um banho e trocar de roupa já que com certeza iria ficar com Harry... Eu estava nervosa por saber que iria ver Camila de novo. Por um lado feliz por outro triste, ela com certeza já estava sabendo de tudo é vai querer me dar lição de moral, típico. Terminei de me arrumar, fechei tudo e fui para o carro, estava me sentindo bem melhor que antes, assim que me sentei no banco meus olhos se dilataram quando vi que a cocaína ainda estava no meu carro. Eu não podia fazer isso com Lou, mas aquilo estava me chamando, fiquei alguns minutos olhando aquele pacote, até tomar a decisão de abri-lo. Minhas mãos tremiam ainda mais somente ao imaginar cheirando grossas carreiras de cocaína que eu estava fazendo em cima de um caderno da faculdade. Eu estava sentindo-me tão deprimida. Mas não podia colocar a culpa da minha vida ser uma droga naquilo. Senti a excitação crescer no meu corpo quando as carreiras estavam prontas. Enrolei uma nota e comecei a cheirar uma por uma. Sentindo aquela adrenalina passear pelo meu corpo. Eu não me lembrava nem onde estava. Minha vista ficou embaçada assim que puxei a última carreia e devido à quantidade de lágrimas que enchiam os meus olhos. Eu só queria cheirar algumas carreiras de cocaína para esquecer tudo aquilo. Eu precisava daquilo. Mas não podia, eu estava decepcionando Louis e Vero.

Tomei o caminho do bar que íamos nos encontrar, tentei dirigir o mais devagar possível com meu resto de sanidade que ainda estava presente. Turbilhoes de sensações passavam pelo meu corpo e mente. Depois daquilo eu não tinha mais dúvidas, não, eu não consigo mais parar.

Assim que cheguei na porta do bar vi Austin, talvez por destino, apertei o volante com força, desci do carro apressada deixando a porta aberta, fui até ele, quando ele me olhou, soquei seu nariz.

- Você esta ficando louca? – Ele falou colocando a mão no nariz cheio de sangue.

- Isso é para você aprender a roubar a namorada dos outros, seu filho da puta. – Voltei a dar um soco nele, quando ia distribuir o terceiro um braço me segurou.

- CHEGA LAUREN. – Esbravejou Lou. Tentei me debater, mas não consegui me desvencilhar dos seus braços. – Meu deus você usou de novo? Eu não posso te deixar sozinha? Mas que bela DROGA LAUREN, literalmente. – Agora ele ria sarcástico. – Vem saber logo tudo, antes que você mate alguém. – Ele falou me arrastado para o carro nervoso.

- Olhar aqui. Você pode esperar 5 minutos sem avançar em ninguém? Ou você quer entrar comigo é ir chamar Vero? – Antes que eu pudesse falar algo ele voltou a se pronunciar. – Melhor você ir comigo. Não confio em você Lauren. – Eu não queria acreditar no que ele estava dizendo. Dei um olhar fuzilante para o mesmo, que nem ligou e saiu me arrastado.

Passei por Austin e mostrei o dedo do meio, ele não me olhou, eu só queria bater mais nele. Vero já estava pagando a conta quando entramos, Louis não precisou dizer nada, pelo olhar dela para mim percebi que ela já sabia do que se tratava.

- Eu vou com ela no Carro dela. – Ela finalmente abriu a boca enquanto saiamos do bar.

- Eu vou dirigir meu carro Veronica. – Ela parou na minha frente e apenas girou os tornozelos. Me olhou no fundo dos olhos.

- Eu vou dirigir a droga do seu carro, você vai sentadinha do meu lado Lauren, está me entendendo? – Ela falou tão calma, mas me fez engolir seco, respirei fundo e assenti, entregando a chave em sua mão. Ela continuou com a expressão de poucos amigos quando entramos no carro.

Fizemos o Caminho inteiro em silencio, nem o som do carro quando tentei ligar ela deixou. Quando já estávamos na porta da casa da Ally. Senti meus sentidos voltarem, começando novamente tremer que nem vara, eu estava precisando de mais, eu queria mais.

- Você vai descer, ou eu vou precisar te levar no colo. – Vero disse já de fora do carro me tirando da transe.

Desci do carro em silencio, eu não era boa batendo de frente com Vero, assim que entramos na casa, ouvimos vozes vindas da cozinha, Louis já estava ali com Harry e Ally, eu não estava escutando a voz da Camila o que me fez ficar frustrada. Já na cozinha quando entrei todos me olharam com um olhar de julgamento.

- Ela vai falar com Camila assim? – Harry me fitava enquanto eu continuava Calada.

- Se não falar agora, não vai falar nunca. – Vero falou pegando uma bebida. – Sobe, Camila esta te esperando no primeiro quarto depois da escada, certo Ally?- a menor assentiu.

Subi as escadas em silencio, só conseguia ter medo, tentei me recompor antes de entrar no quarto que estava com a porta entreaberta. Dei duas batidinhas e ela apareceu, fazendo me perder todo o resto de sanidade que eu tinha. Ela me puxou lentamente pela mão para que eu entrasse.

- Eu senti sua falta Lauren. – Ela falou passando as costas da mão no meu rosto. Fechei os olhos para sentir aquilo. – Senti falta da sua boca. – ela falou por fim colando nossos lábios em um beijo calmo, ela pediu passagem para língua e eu concedi. A garota estava explorando cada partezinha da minha boca, como eu sentia falta daquilo, ela foi desvencilhado nossos lábios e deixando um pequeno selinho.

- Senti falta de você.

- Lauren você está diferente. – Ela estava me analisando. DROGA. – Seus olhos, estão vermelhos. – Ela se afastou então um pouco, ela sacou. – Você usou ne? QUE DROGA LAUREN. – Esbravejou.

- Você me deixou Camila, sabe como eu sofri? Acho que não sabe, já que foi direto para os braços do almofadinha.

- EU SOFRI, EU SOFRI PARA O SENHOR CARALHO LAUREN. FOI PRECISO LAUREN QUE DROGA, VOCÊ É IDIOTA? NÃO DEVIA TER BATIDO NO AUSTIN. ELE ESTA ME AJUDANDO, EU TERMINEI COM VOCÊ PARA TE PROGETER MAS VEJO QUE VOCÊ ESTA SE AUTO DESTRUINDO, LAUREN MINHA MÃE DESCOBRIU TUDO E QUERIA ACABAR COM SUA VIDA, VOCÊ SABE QUE CARLO NÃO É UMA BOA PESSOA, ELA QUERIA ME MANDAR PARA UM INTERNATO. AUSTIN APENAS ESTAVA ME AJUDANDO A PODER VIVER SEM ELA FICAR EM CIMA. MEU PAI IA ME AJUDAR MAS ELA CONSEGUIU COLOCAR ELE CONTRA MIM, AGORA VOCÊ DIZ QUE EU NÃO SOFRI? FAÇA ME O FAVOR. – ali estava levando aquelas cuspidas na cara, Camila havia terminado comigo para me proteger? Mas que merda de proteção. Meus olhos começaram a encher de agua mais uma vez, respirei fundo, eu não podia ser fraca ali. Ela continuava a falar, cada palavra era como uma facada, eu não queria acreditar que a mãe dela faria aquilo com ela. Mandar a filha para um internato? Por causa de sexualidade.

Fomos interrompidas pela porta se abrindo, só assim para Camila parar de falar.

X: você pegou pesado, não deveria ter falado assim.

True love can never be brokenWhere stories live. Discover now