POV Lauren
Eu não estava entendo por qual motivo Justin estava metido com aquele tipo de gente, ele sempre foi tão certinho e centrado na faculdade. Agora o vejo entre um grupo de pessoas drogadas em um bairro esquisito de ruas praticamente deserta.
- hm. Ele também usa? - falou fazendo um gesto engraçado com as mãos. – Digo drogas. – essa era minha dúvida, Justin estava usando drogas? Quem é ele depois daquela droga de intercambio. Respirei fundo procurando algum vestígio de dúvida ou suspeita em minha memória.
- Eu também queria saber. Desde que ele terminou comigo tempos atrás perdemos praticamente toda amizade que tínhamos antes. Mas ele era muito certinho para esta envolvido com esse tipo de coisa.
- Parece que não. – é parece que não.
- Eu vou falar com ele. – Sai do carro antes que Poncho tentasse me impedir. Eu não sabia ao certo o que iria falar com ele e nem por qual motivo estava indo até la. Talvez fosse por todos nossos anos de amizade e companheirismo. Quando estava bem próxima do grupo ele percebeu minha presença e praticamente engasgou com a fumaça do cigarro que estava tragando. – Oi Justin.
- Lauren que merda faz aqui? – ele parecia nervoso com minha presença ali. – Vem eu vou te levar para casa. Como chegou aqui? Droga Lauren, você continua fazendo merda? Para de querer ser revoltadinha.
- Da para calar a droga da boca? Eu que te pergunto Justin, que merda você faz aqui. Aprendeu isso tudo no seu intercambio? Jogou fora mesmo todo seu futuro? Eu não sou a melhor pessoa para dar qualquer tipo de lição de moral. Mas eu com certeza sei que não vai resolver nenhum dos seus problemas com essa merda ali. – Disse apontando para o cigarro que identifiquei ser de maconha.
- Porra Lauren.. – Ele relaxou um pouco o rosto e começou passar a mão na nuca. Parecia procurar as palavras certas para usar comigo ali. – Você era a única pessoa no mundo que eu não queria que me visse assim. Mas eu tenho sim alguns problemas. Na verdade muito problemas. – deu um sorriso fraco negando com a cabeça, ele se encostou em um carro que tinha próximo ali. – Meu pai vai querer meu pescoço quando souber que eu tranquei a faculdade no intercambio. – Ele tomou folego e voltou a negar com a cabeça com um sorriso tímido. – Acho que perdi a vontade de fazer ou estou precisando de um tempo para mim, minha mãe já descobriu e ela me falou que se eu não contar para meu pai ela vai contar. Então eu estou tentando relaxar um pouco antes de ir enfrentar ele amanhã, mas me diga como anda as coisas no hospital? Fiquei sabendo de tudo que aconteceu, achei que iria ficar mais tempo por lá. – Agora ele estava com uma cara de confuso.
- Bom eu..eu.. – comecei a gaguejar, era tudo que me faltava.
- Lauren.. olha pra mim. – ele falou puxando meu rosto com um pouco de brutalidade. – você não fugiu né?
- Eu vou voltar Ok? Eu sai com Cara, ela é uma amiga que eu consegui lá, a namorada dela esta aqui.. ela precisava resolver algumas coisas antes que possamos voltar para o hospital. Eu não iria deixar ela vir sozinha. Seu primo nos trouxe, ele está ali. – Apontei para o carro que estava no fim da rua. – Eu juro que daqui no máximo duas horas estamos no hospital, nem vão dar nossa falta. – Ele estava tentando me ler. Parado olhando no fundo dos meus olhos.
- Lauren, você não muda né? Sempre querendo ajuda todo mundo mesmo que o seu esteja na reta. – Ele riu de lado e soltou meu braço, me senti aliviada, eu sabia que ele já tinha fumado. – bom... foi bom te rever, não se preocupe eu não irei estar por aqui nunca mais, espero que você faça o mesmo. – Assenti e ele ficou me olhando. – Você continua linda, uma pena eu ter te perdido por minha culpa. – Falou fazendo um carinho com as costas da mão em meu rosto.
- Justin, Por favor não... – falei me afastando. – Eu estou bem com Camila ok? Não quero confundir as coisas para você.
- Huummm... tudo bem, falar em Camila.. tem dois garotos dos que andam com ela por aqui, não sabia que aquela pirralhada curtia essas coisas. – Ele se afastou um pouco e tirou uma carteira de cigarros do bolso.
- Que amigos? – Realmente fiquei curiosa em saber quais amigos de Camila, andavam por esse lugar. Ele ficou um pouco pensativo, acho que estava tentando lembrar os nomes.
- Eu não me lembro do nome. – Ele olhou em direção ao outro fim da rua onde Cara estava com sua namorada. – Mas eles não estão mais por aqui talvez, só se estiverem dentro do Cuba. – Fiz uma cara de confusa e ele apontou para um lugar que parecia uma sorveteria abandonada. – Lá tem de tudo, para todos os gostos, um dos melhores para conseguir drogas das boas. Bom... agora você parece que precisa ir. – Falou apontando para Afonso que agora estava encostado do lado de fora do carro nos observando. – Um abraço de despedida? – Assenti sorrindo. O abraço foi um pouco tímido por ambas as partes, eu não queria iludir Justin e ele parecia não querer "invadir meu espaço" mas foi bom para os dois. Ele deu um pequeno beijo na minha bochecha e acenou, logo voltando para o grupo de pessoas.
Voltei para o carro e Afonso não quis perguntar nada, agradeci mentalmente. Assim que me sentei no banco de trás do carro Cara chegou.
- Como foi. – Afonso falou destravando a porta para que ela entrasse.
- Depois conversamos sobre. – Ela não tinha nenhuma expressão, estava neutra. O que me deixo mais preocupada com o que havia acontecido. Mas tratei de não perturbar ela com perguntas, no seu momento ela talvez falaria.
Afonso estava um pouco inquieto na volta para o Hospital. Dirigiu com mais pressa, talvez por estar curioso em saber o que Cara havia conversado com Lali, tenho certeza que ele ia a procurar logo que entrássemos na nossa "casa".
(...)
Uma vez, dentro do hospital tudo estava normal, eles realmente não deram se conta de nossa falta, Cara parou na porta do seu quarto e me olhou logo me oferecendo um sorriso tímido.
- Tudo vai dar certo ok? Estarei aqui para conversar quando você quiser, você sabe que pode bater ali vizinha. – Ela não falou nada apenas me abraçou, e eu tive a certeza que a conversa não havia tido o rumo esperado. Ela foi me soltando e me olhou sussurrado um "obrigado" antes de abrir a porta e entrar em seu quarto. Fui em direção ao meu quarto divagando sobre como aqueles corredores me assustavam durante a noite.
(...)
O dia estava um pouco frio, mas o sol teimava em aparecer entra as nuvens, não tinha visto Cara ainda. Já havíamos almoçado e agora estávamos em um tipo de varanda, eu estava lendo O Diário de Annie Frank pela milésima vez. Quando olhei para o lado e Vero vindo em minha direção em passos largos com cara de poucos amigos, mas que merda ela esta fazendo aqui?
- Lauren, mas que droga você acha que está fazendo. Porra. Ninguém deu sua falta aqui anoite? Desde quando você está saindo?
- Ok. Nos descobriram. Mas por que não falaram nada comigo ontem anoite? - Falei calma batendo a mão do meu lado no grande banco para que ela se sentasse.
- Nos? – Ela franziu o cenho, pelo que parece não sabem que Cara também saiu. – Lauren, desde quando você está saindo com Justin, você não tem noção de como Camila esta arrasada, olha a foto que enviaram para ela. Lauren tem data e hora, não mente para mim por favor. Eu sempre te defendi. E você faz isso comigo? – Ela me estendeu o celular mostrando a foto onde eu abracei o Jus para me despedir.
- Quem mandou isso? Bom. Eu vou te contar tudo e você decide o que acreditar.
- dessa vez será difícil de acreditar...
YOU ARE READING
True love can never be broken
FanficComo seria se você olhasse para uma pessoa e soubesse que era ela? E se antes mesmo dela ser sua, você já soubesse cada detalhe dela? E se julgassem esse amor errado? Fazendo assim você lutasse com todas as forças para ter ela perto de você e mesmo...