True love can never be broken

Alejandro

POV Camila

Ver Lauren com o ego de ativa ferido era a melhor coisa que eu já havia visto, estava prendendo o riso enquanto ela bufava de um lado para outro. Desde que nós acordamos e talvez eu tenha deixado escapar para Dinah e Vero o quão passiva Lauren havia sido.

Nós estávamos terminando de colocar as coisas no carro. Agora Lauren estava mais "calma" e não dava ouvidos para as provocações de Vero e Dinah. Ela parecia não querer conversar muito, tratei de respeitar. Entrei no carro e fiquei esperando que ela terminasse tudo e sentasse no banco do motorista.

Quando já estamos saindo dali um silencio constrangedor pairou dentro do automóvel. Lauren estava concentrada na estrada.

- O que vamos fazer agora? – Ela falou de repente e demorei alguns segundos para assimilar o que ela estava dizendo.

- Eu vou falar com meu pai hoje. Não sei o que minha mãe fez que o fez estar diferente comigo. Mas creio que eu consiga fazer ele mudar de ideia.

- é esse ele não mudar? Se ele não mudar de ideia Camila? – Agora aqueles olhos de esmeraldas desviaram da estrada assim que ela reduziu a velocidade e estavam presos nos meus olhos. Engoli seco. Se ele não quisesse ajudar eu não sabia o que seria dali em diante.

- Ele vai ajudar ok? – Falei tentando parecer o mais firme possível. Mas um medo tomava conta de mim por dentro. – Tudo vai se resolver, eu me mudarei para casa dele e logo estaremos livre de tudo isso.

- Camila, você continua sendo menor de idade, eles podem te mandar para longe, você sabe disso bater de frente não vai ajudar em nada.

- Nós vamos conseguir. Se tudo der errado eu posso me emancipar e morar com você.. – disse com cautela aquilo realmente era um pouco serio. Sair de casa e morar com minha namorada.

- Você está brincando? – Neguei com a Cabeça. – Camila se eu pudesse te levava agora mesmo para minha casa, mas eu não posso. Escuta. Vamos fazer tudo. Eu não vou abandonar você, mas eu quero que me prometa que não vai me esconder nada ok? – Novamente apenas acenei com a cabeça, agora positivamente.

Depois da nossa conversa pairou um silencio agora mais agradável, tratei de ligar o radio em uma estação qualquer, apenas para não ficar totalmente silencioso. Vez ou outra Lauren colocava a mão sobre meu joelho e fazia um carinho. Sempre ria fraco para mais velha que continuava.

(...)

- Acho que você precisa ir para casa agora. Vou conversar com ele é logo te ligo ok? – falei enquanto descia do automóvel.

- Camz. Eu vou entrar, vou falar com Alejandro. – Rapidamente me virei incrédula. Permaneci parada na mesma posição por algum tempo, absolutamente sem reação para me mover. Minha capacidade de falar parece que havia sumido.

- Tudo bem.. – falei em quase um sussurro. Tentar fazer com que Lauren não entrasse ia ser inútil. Ela desceu e trancou o carro.

Abri devagar a porta da sala. Tentando ouvir algum barulho vindo de dentro. Ouvi a tv, ao abri a porta totalmente pude ver Alejandro cochilando no sofá que havia no centro da sala, ri negando com a cabeça. Entrei e dei passagem para Lauren, fechei a porta tentando fazer o mínimo de barulho possível.

- Hija. – Ouvi a voz do meu pai. – Oh, Olá. – Ele disse quando seus olhos encontraram Lauren.

- Oi papa. Eu voltei. Bom essa é Lauren. – ele estendeu a mão e ela logo estendeu a sua também.

- Digamos que eu ouvi falar muito de você, Lauren. – ele falou rindo fraco, mas não com um tom sarcástico. Lauren murmurou um "bem mal eu tenho certeza". Rezei internamente para que apenas eu tivesse ouvido aquilo.

- Papa. Precisamos conversar. – Disse antes que Lauren acabasse falando alguma besteira. Comecei a me culpar de deixar a mais velha entrar, ela ia acabar explodindo é não iria demorar.

- Sentem. – Ele apontou para nos sentarmos ao seu lado no sofá.

- Papa.. Eu quero que tome uma providência. Eu não quero mais morar com Sinu, eu não aguento mais ter que viver presa, ela está cada dia mais louca, tudo que ela fala e faz. Eu não cometi nenhum pecado para que ela me castigue como esta fazendo, eu preciso que você fique do meu lado. Eu amo Lauren. – quando falei as ultimas três palavras os olhos que estavam presos em mim, se voltaram para Lauren que estava de cabeça baixa. – Papa. Só você pode me ajudar, por favor. Se você me ama. Me traga para morar com o senhor.

- Hija. As coisas são mais complicadas do que você imagina, eu não posso simplesmente tentar pegar sua guarda, você sabe que eu estou a pouco tempo na cidade. Seria complicado. Por que você é Lauren não se distanciam por um tempo? Se vocês realmente se gostam possam voltar daqui algum tempo. – senti meus olhos marejarem por um lado ele tinha razão. Se Sinu não facilitasse as coisas, ele conseguir minha guarda no tribunal seria mais difícil. Meus olhos correram para direção de Lauren e eu pude ouvir da sua risada abafada enquanto ela fitava o chão e negava com a cabeça.

- Papa. Por favor. – sussurrei em forma de uma suplica.

- Hija. Você é mais nova. Lauren é mais velha... vocês vivem mundos diferentes meu amor. – ele falava com cautela mas eu já sabia o que vinha a seguir quando vi Lauren levantar do sofá.

- MUNDOS DIFERENTES? VOCÊ SO PODE ESTA BRINCANDO COM MINHA CARA. VOCÊ NÃO PRECISA FICAR COM INDIRETINHAS. SE NÃO QUER AJUDAR OK. EU RESOLVO DO MEU JEITO. – O que eu tinha medo estava acontecendo. Ela estava vermelha com os punhos fechados. – EU TE GARANTO ALEJANDRO. VOCÊ VAI SE ARRENDER DESSA ESCOLHA DE NÃO AJUDAR SUA PROPRIA FILHA. – O homem na minha frente agora olhava com Fúria para Lauren.

- GAROTA VOCÊ REALMENTE É UMA INCONSEQUENTE. VEM ATÉ MINHA CASA ME FALTAR COM RESPEITO? SE SEUS PAIS NÃO CUIDARAM DE VOCÊ NÃO É PROBLEMA MEU. MAS CUIDAREI DA MINHA FILHA, EU AINDA ACHEI QUE VOCÊ NÃO FOSSE TUDO QUE SINU ME CONTOU. MAS PELO QUE PARECE VOCÊ É COMO ELA DISSE.

- ESCUTA AQUI. NÃO TOQUE NO NOME DA MINHA FAMILIA ESTA ENTENDIDO ALEJANDRO? NUNCA MAIS TOQUE NO NOME DA MINHA FAMILIA. – a mais velha praticamente sumiu em cima do meu pai com o dedo apontado em seu rosto. Merda merda merda. – ESSA INCONSEQUENTE AQUI É A MULHER QUE AMA SUA FILHA. SABE QUANDO VOCÊ NÃO ESTAVA AQUI, EU QUE CUIDAVA DELA. ENQUANTO A MÃE DELA ESTAVA BEM OCUPADA SAINDO COM SEU ATUAL MARIDO. MAS VOCÊ NÃO SABE DISSO NÉ? SABE POR QUE? PORQUE VOCÊ NÃO LIGAVA PARA SABER DA SUA FILHA ALEJANDRO. AGORA VOCÊ QUE PAGAR DE BOM PAI. MAS PAIS COMO VOCÊ EU E CAMILA NÃO PRECISAMOS.

- CHEGA. – Gritei me pondo no meio dos dois, antes que acabasse acontecendo uma catástrofe maior que a que havia ali. – Ei Laur, vai para casa ok? Mais tarde eu vou ver você. – Falei segurando seu rosto com as mãos fazendo a olhar para mim.

- Camila você não vai sair dessa casa para encontrar essa garota está me entendendo. Vamos conversar bastante.

- EU FALEI CHEGA. – disse em um fio de voz. Depois vendo o que eu havia acabado de fazer. – Discutir mais não vai resolver nada ok papa?

- eu vou resolver isso te prometo. – foi a ultima que ela disse antes de beijar o topo da minha cabeça e sair daquela casa.

- Camila, eu não quero que veja essa garota mais, estamos entendidos?

-Papa. Sinto muito. Essa garota ai que acabou de bater de frente com você e a garota que amo, a garota que sempre que eu precisei esteve ali. Batendo de frente com o mundo para me proteger. Se for preciso eu vou me emancipar para viver ao lado dela. Espero que isso não seja necessário.

Ele ficou me olhando pelos segundos seguintes e nada foi dito, ele continuou apenas me encarando, como se quisesse ler minhas expressões.

- você a ama mesmo hirja? – foi assim que ele quebrou o silencio.

- Sim papa, eu a amo. Eu a amo muito.