- Bom dia, senhora Borges - Micael sorriu pegando nas mãos de Sophia que ainda tinha os olhos fechados.
- Bom dia, marido - sorriram. As alianças se tocaram.
- Como foi o seu primeiro dia de casada?
- Agora sim vai ser o meu primeiro dia de casada - abriu os olhos azuis ao moreno.
- Temos que nos arrumar pra pegar o avião.
- Vamos viajar de novo, Micael?
- Amor, Colorado Springs não é consideravelmente uma viagem.
- Ficamos duas horas dentro de um avião, eu consideraria.
- Tudo bem - respirou fundo - mas agora vai ser uma viagem de verdade, e vamos demorar pra chegar.
- Eu posso ver o destino pelo menos?
- Surpresa - sorriu.
- Você e as suas surpresas - apertou mais o edredom.
Os dois ficaram em silêncio até o telefone na cômoda ao lado de Micael tocar irritante.
- Bom dia - disse ainda com a voz rouca - ah sim, pode mandar subir. Obrigado.
Deixou o telefone na base novamente.
- Quem era?
- Serviço de quarto - se espreguiçou saindo da cama - estão trazendo nosso café.
Entrou na suíte fechando a porta, o sorriso de Sophia morreu.
Queria ver mais alguns minutos da bunda de seu marido.
Ficou sozinha na cama tentando achar um modo de sair dela, levantou-se com cuidado sorrindo e lembrando da madrugada de núpcias que teve, Micael sempre a surpreendia, era incrível.
Levantou-se ainda nua procurando o roupão que estava pendurado em cima da cadeira, vestiu-se e esperou que o marido saísse do banheiro.
Até que escutou o barulho de alguém batendo na porta.
Foi até o mesmo abrindo e se escondendo atrás.
- Bom dia - sorriu.
- Bom dia, trouxe o serviço de quarto - a moça bem vestida pediu licença a Sophia entrando no quarto, deixou o carrinho cheio de frutas e pães variados junto com bebidas ao lado da mesa que havia, abaixou a cabeça e saiu.
Foi uma tentação a loira.
Sentou-se na cadeira e encarou as diversas frutas que havia, por fim pegou um cacho de uva comendo em silêncio, resolveu tomar um suco de laranja de natural e comer um croissant com recheio de chocolate. Estava lambendo os dedos quando Micael saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura.
- O serviço de quarto já chegou?
- Já, alguns minutos atrás - pegou outra fruta, estava morrendo de fome.
Tinha que recuperar suas energias.
- E você não me esperou?
- Amor, você demorou décadas dentro daquele banheiro - achou uma boa justificativa - eu tive que comer, estamos com fome.
Micael sorriu na pequena frase "estamos com fome".
- Então vocês estão com fome? - pegou um copo despejando o suco.
- Estamos - aquele momento era precioso demais a ela, tinha tanta coisa gostosa naquele carrinho. Ali era o céu.
- Gosto de ver você assim.