Duas semanas depois.
Tudo tinha acontecido durante essas duas semanas, Sophia ficou mais maleável depois de tantos calmantes. Micael ficava em função da mesma ou da pequena que ganhava vitaminas por conta de outro leite materno, era plausível mas precisava.
Era a hora de ir embora, Micael estava com o brotinho nos braços enrolada em uma coberta rosa, Sophia estava ao seu lado, as marcas de roxo no braço por conta das agulhas eram visíveis.
Em passos calmos conseguiram chegar até o estacionamento, a luta iria começar ali.
- Sophia, sente-se aqui - abriu a porta traseira.
- Por que aí? Eu quero ir na frente.
- Você vai atrás segurando Analee - arrumou o assento certificando que as duas ficassem confortáveis.
- Ela pode ir na cadeirinha.
- Como se ela tivesse malemolência pra ficar sentada na cadeirinha - tinha perdido a paciência de novo, encarou os lados - estou pedindo, por favor. É o máximo que você pode fazer por ela.
Sophia fechou os olhos e respirou fundo, não tinha o que fazer, ela apenas concordou sentando no banco traseiro, Micael deu a filha com cuidado arrumando a menina nos braços da esposa, ela teve medo de levá-la. Era mole e tão pequena, tão frágil.
Ele bateu à porta com cuidado e entrou no carro, arrumou o retrovisor tendo a visão das duas.
- Ela não vai chorar?
- Se ela chorar você acode ela - ligou o veículo saindo do estacionamento.
- Como se eu soubesse.
- Você aprende - teve a atenção na direção agora. Não estava ligando pro escândalo que Sophia iria fazer, ela também tinha o direito de cuidar da filha, era isso que ele queria.
Micael foi calmo ao estacionar o carro na sua garagem, saiu do carro e abriu a porta do passageiro pra que Sophia saísse, estava sem um pingo de emoção, segurava a menina com medo e angústia, queria se livrar da própria filha. Entraram no elevador e não trocaram nenhuma palavra, preferiram o silêncio.
- Chegamos - o moreno abriu a porta.
Sophia não disse nada.
- Está tudo bem com você?
- Tudo - disse seca indo ao quarto da filha. Abriu as janelas depois que deixou a menina no berço, ela remexeu as mãozinhas.
- Eu sei mas não parece - se escorou no batente da porta.
- Você sabe o meu problema então sabe a resposta - passou por Micael indo ao seu quarto.
Ele a seguiu.
- Já que estamos em casa, e um pouco calmos... - procurou como enfrentar isso de novo.
- Você quer ter aquela mesma conversa, é isso? - olhou o esposo cansada.
- Eu não vou te pressionar de mais nada, eu só quero que você coopere - viu Sophia abrir a gaveta atrás de uma roupa linda - coopere pra melhorar.
- Você vai saber quando eu melhorar - foi até o banheiro, Micael foi atrás.
- Eu marquei uma psicóloga pra você.
- Ah, essa é boa, não é mesmo? - disse debochada tirando sua blusa.
- Você precisa conversar com ela, sei que pode melhorar.
- Será mesmo que eu preciso? - encarou o marido e depois se encarou no espelho. Passou as mãos no corte da cesária que ficaria uma cicatriz.
- Tem uma pomada na segunda gaveta, ela vai aliviar suas dores e vai livrar você da cicatriz.
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The Sessions - A Sessão Final
Любовные романыA continuação de The Sessions - As Sessões.