Capítulo 242

369 20 22
                                    

- O que é esse baile de inverno? - Micael alisou as costas de Sophia enquanto estava aninhada nele.

- Um baile qualquer - fechou os olhos - por que?

- Eu escutei aquela mulher dizendo.

- Está com ciúmes? - se apoiou em seu peito.

- Não é ciúmes, eu só queria saber o que era. E também - pensou rápido - vai vir algum homem?

- Vários, todos pra enlouquecer a gente - Sophia riu.

- Eu não achei graça.

- Foi engraçado - beijou a pele de Micael.

- Adoro quando você fica assim.

- Assim como? - encarou o marido ainda em êxtase pelo sexo recente.

- Toda amorosa, confiante - sorriram.

- Confiante?

- Sim, confiante em transar comigo em colchonetes de atividades - Sophia riu.

- Isso seria estranho se alguém usasse depois.

- Muito estranho, espero que ninguém use pra fazer algo.

- Exercícios?

- Isso - respirou fundo - eu não quero sair daqui.

- Nem eu - teve manha ao abraçar mais o marido - fique comigo aqui, pra sempre.

- Bem que eu queria.

Ficaram em silêncio.

- Como está Analee? - Sophia teve receio de perguntar, Micael estava tão feliz. Nunca imaginaria que uma pergunta daquela sairia de sua boca.

- Ótima, é uma bebê linda e saudável - sorriu - ela se parece com você.

- Que ótimo, meu amor - selou seus lábios com o dele.

- Quando tiver o dia da visita, vou trazê-la.

- Traga sim, eu vou adorar.

Micael sorriu mais ainda.

- Sinto em dizer isso mas - se levantou fazendo com que Sophia saísse de seus braços - eu preciso ir.

- Fique mais um pouco, por favor - implorou.

- Amor, eu realmente não posso. Alguém vai te chamar daqui a pouco.

- Eu não estou com fome.

- Mas precisa comer - achou graça da esposa - eu volto no dia da visita, está chegando.

- Pra mim é uma eternidade - jogou a cabeça pra trás. Micael ajuntou suas roupas.

- Isso me lembra o ensino médio - riu consigo enquanto vestia sua boxer.

- Por que?

- Combinávamos, transávamos escondido em algum lugar vago e depois, nos vestíamos pra ir embora - arrumou sua calça pegando a camiseta.

- Então você transava no ensino médio?

- Transei bastante, você pensava que eu era nerd?

- Um pouco, Ethan sempre diz que você era parado na faculdade.

- Não sou muito de farra.

- Mas comeu a Gab em uma farra.

- Desenterrando passados, Sophia Borges?

- É um dom meu - foi sua vez de procurar suas roupas.

- Entendi - riu leve vendo a esposa colocar novamente o sutiã, logo após a calcinha. Por último seu conjunto de plush rosa.

- Estou com calor.

- É sério?

- Sim, e você nem deveria questionar isso.

- Pra mim é algo super normal - arrumaram os colchonetes.

Se beijaram quando acabou.

- Essa é a pior parte.

- Eu quem digo, fique mais um pouco. Por favor.

- Amor, eu não posso.

- Pode sim, se te deixaram entrar com certeza vão deixar você sair.

- Não é por isso, já faz quase duas horas que você está sumida.

- Não estou sumida, apenas tirei uma pausa pra transar com meu marido.

- Cômico - riram.

- E você bem que adorou.

- Deveríamos repetir mais vezes, me deu tesão te comer em algum colchonete de exercícios.

- Não é as melhores coisas mas da pra tapear.

- Claro que dá - riram entre os beijos.

- Vou conversar com minha colega de quarto, quem sabe da próxima vez podemos usar a cama.

- Próxima vez? Você quer mesmo que eu te engravide de novo?

Sophia sorriu.

- Não é bem assim.

- Vocês tem médicos aqui? - perguntou curioso.

- Como assim?

- Alguma farmácia, esse tipo de coisa.

- Acho que sim, não sei - deu de ombros - por que?

- Gozei em você, esqueceu?

- Pensei que tivesse usado camisinha.

- Eu não uso camisinha a séculos, Sophia.

- Tudo bem, tudo bem - se rendeu - eu passo na farmácia que tem e tomo algum anticoncepcional. Nada de filhos.

- Eu digo por você, por mim teríamos uns quatorze.

- Quatorze? Muita coisa.

- Verdade, que tal dezesseis?

- Micael!

- É o amor que eu sinto por você.

- Louco - voltou a beija-lo - por favor, não vá.

- É necessário - segurou seu rosto - eu volto pra te encher de carinho.

- Você jura?

- Juro - selaram seus lábios - eu te amo.

- Eu também te amo - deram por fim o último beijo antes de Micael ir.

A porta de saída que ficava na quadra foi aberta, o vento frio tinha entrado pela brecha mas Sophia nem estremeceu, estava quente dentro do seu conjunto.

Doeu ver Micael sair por aquela porta e lhe mandar beijos, sentiu uma dor no coração, ele era seu Porto Seguro, o que a amava, o que sempre estaria ali por ela, faria tudo que fosse preciso. Era apaixonada por ele e a única coisa que queria no momento era ele ali, e que nunca mais saísse de perto. Queria ele sempre.

Era o amor que sentia por Micael.

The Sessions - A Sessão FinalOnde histórias criam vida. Descubra agora