- Ei - Micael se virou ficando de frente a porta - coloca essa roupa.
- Por que colocar essa roupa? - andou até ele o abraçando por trás - assim é bem mais gostoso, pele com pele.
- Eu pedi pra colocar a roupa.
- Ah não - o alisou pelo jaleco.
- Você não vai colocar? - se virou pra ela mantendo seu olhar apenas ao rosto.
- Eu não acho legal me vestir novamente - umedeceu os lábios.
- Certo - Micael respirou fundo pegando a menina pelos braços.
Saiu da sala furioso enquanto ela se debatia gritando pedindo pra que ele a soltasse, os médicos das outras salas saíram do mesmo pra poder ver o que estava acontecendo.
O moreno levou ela até o andar principal onde ficava as lanchonetes, perto da recepção, a menina se debatia tanto que Micael teve medo de quebrar o braço.
Mas não teve dó ao jogá-la no chão frio do hospital.
- Essa aqui é a auxiliar da pediatra - respirou fundo - essa prostituta entrou na minha sala nua e quis acabar com meu casamento.
- VOCÊ É UM SUJO.
- VOCÊ É MUITO MAIS - todos olhavam agora - e se eu fosse você, ajuntava suas coisinhas e ia embora - pausou - sua doente estúpida.
Micael encarou todos antes de sair do local, estava nervoso, bravo, queria matar aquela menina se fosse possível, a única coisa que latejava sua cabeça era se contaria a Sophia.
- Cara, o que foi aquilo? - encontrou Ethan quando estava perto de sua sala.
- Aquela louca entrou na minha sala, pelada.
- A menina da pediatria? PUTA QUE PARIU - ele riu - que doente, ela não sabe que você é casado?
- Ela sabe, e quis estragar isso.
- Cara não fica assim, o que resta agora é você trabalhar e pensar no que pode acontecer com ela.
- O máximo que vai acontecer é ela ser despedida - o moreno cerrou os olhos - eu queria muito ir pra casa e excluir esse dia.
- Pena que você não pode.
- Exatamente - bufou - vou voltar pra minha sala, antes que o doutor Agoth brigue com isso também.
- Vai lá, cara - Ethan o avisou vendo o moreno entrar na sala.
Não tinha mais o que fazer, só restava trabalhar, sua cabeça estava a mil com tantas coisas acontecendo.
Muitas coisas.
Já no apartamento Sophia arrumava os últimos detalhes do quarto da sua menininha, colocou os ursinhos de pelúcia na prateleira, arrumou os óleos corporais, tudo em seu devido lugar. Colocou as cortinas, estava ficando tão lindo, estava ansiosa com a chegada dela.
Quando acabou tudo decidiu arrumar algo pra comer, já estava na hora do almoço e não tinha nada em mente, era ruim ficar sozinha. Pensou na possibilidade de mandar mensagens a Karen mas se lembrou que tinha brigado com a amiga, e se lembrou que deveria fazer as pazes novamente.
Mas não nesse momento, sua vida estava um pouco calma demais pra isso.
Sophia arrumou o almoço, colocou a mesa e sentou-se tomando um suco de maracujá natural, pensou em mandar mensagens a Micael mas também desistiu, tinha o deixado trabalhar.
Flashback Sophia.
- Eu não sei vocês mas, estou morrendo de vontade.
- De que? - Alisson segurava cinco sacolas com sapatos importados.
- De dar - as três gargalharam.
- Sophia, você precisa maneirar. Está indo ao médico?
- Pra que medico, Karen? Transar faz parte da vida, a boceta é minha e eu dou pra quem eu quero - entraram dentro de um café pegando uma mesa.
- O que você quer de verdade, amiga?
- Um moreno, lindo, gostoso, que me sufoque até o último - cochichou com as amigas que riram fazendo algazarra dentro do local - imagine um pau, como eu queria.
- Você está muito louca pra dar - Alisson morreu de rir - querem um café?
- Quero beijar a boca daquele garçom, olhem lá - viram o garçom pegando duas comandas levando até a mesa.
- Sophia...
- O que foi? Me deixem - a loira saiu da mesa indo até o garçom.
Parou em frente ao homem que agora voltava com sua bandeja vazia.
- Algum pedido, moça?
- Pode me chamar de sua - puxou o garçom pra dentro, pararam em uma dispensa totalmente vazia.
Sophia tirou a blusa deixando seus seios cobertos com o sutiã à mostra, foi até o fecho tirando sem nenhuma vergonha, passou o shorts pelas pernas junto com a calcinha. Estava nua em segundos ao garçom que a comeu com os olhos.
- Moça...
- Me come, vai - mordeu os dedos - eu sei que você quer.
O garçom tateou o zíper da calça tirando junto com a cueca, abaixou até a metade da coxa se encaixando em Sophia, ela ficou contente quando o homem se vestiu com a camisinha e esperou pra recebê-lo, era até bom como tinha pensado, gemeu baixinho quando ele segurou em seus seios metendo na mesma.
- Mais forte, mais forte - o incentivou.
O garçom foi mais forte ainda, estava sorrindo sabendo que o orgasmo era garantido, adorava fazer essas adrenalinas.
Sua tarde de compras tinha acabado de começar ali, transando com um desconhecido em uma dispensa, era isso que ela queria.
E Sophia conseguia tudo o que ela queria.
Flashback Sophia.