36. Agressividade

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No dia 7 de setembro de 1822 Dom Pedro I as margens do rio Ipiranga gritou...

Espero que gostem!

POV Camila

Acordei na manhã seguinte ainda meio desnorteada com o dia anterior. Mas pelo menos hoje era o último dia de aula antes do recesso dos feriados, iria ficar quase duas semanas sem ter que ir para o colégio. Sai me arrastando da cama e fiz tudo no automático, quando percebi já estava me despedindo de Sofi e de papa.

Quando pisei fora do carro, de longe pude ver Lauren saindo de seu carro junto com um garoto que eu presumir ser seu irmão pela semelhança e uma súbita raiva subiu pelo meu corpo. Comecei a andar em direção a porta do colégio e vi uma aproximação perto de mim.

- Bom dia. - Ela disse na maior cara de pau.

Ignorei. Escutei uma pequena risada de seu irmão e logo depois ele passou por nós duas, enquanto eu continuava andando até alcançar a entrada.

Lauren continuava me acompanhando de perto e nessa hora eu já fervia, tinha tanta coisa para falar, tantos xingamentos... Porém, decidir que iria agir com indiferença. Então, simplesmente continuei andando como se ela não estivesse por perto, mas quando eu finalmente conseguir entrar, a morena tocou em meu braço com cautela.

- Deixa eu te explicar o que aconteceu ontem. - Pediu e eu soltei meu braço de sua mão.

Virei a cara para o lado contrário e fiquei muda.

- Camila? - Chamou, continuei sem encara-la. - Posso falar? - Perguntou.

Apertei meus lábios com força, minha língua coçava para dizer um monte para ela.

- Hey... tá me ouvindo? - Questionou. - Eu sei que te deixei chateada, mas você não entendeu que eu... - Neguei com a cabeça e deixei uma pequena risada nasal escapar.

Foi nesse momento que eu resolvi abrir a boca.

- Oh eu entendi muito bem o que você disse. - A encarei, séria. - Então sabe o que eu quero? - Prossegui, irritada a vendo negar com a cabeça. - Que você vá se foder! - Ela tentou segurar em minha mão, mas não deixei. - Idiota!

Dito isso, me afastei dela e segui em passos firmes pelos corredores.

Eu não gostava de ser grosseira com ninguém, ainda mais quando esse alguém tem olhos tão claros que causam um efeito devastador em mim. Porém cansei dela sempre falar besteiras e eu ser a que sempre desculpa. Se isso não fizer muita diferença, pelo menos o resto do meu orgulho permanecerá a salvo.

Ela poderia apenas me pedir desculpas para quem sabe assim amenizar o meu turbilhão de sentimentos, e a vontade que estou de arrancar aqueles olhos verdes com os meus próprios dedos. Simplesmente odiava quando algum estadunidense idiota usava a América Latina como motivo de deboche ou fetiche.

Cheguei no corredor onde ficava meu armário e próximo dele encontrei Ally, Dinah, Troye e Hailee.

- Como você está? - Dinah me abraçou e eu dei de ombros.

Tinha falado para eles sobre o acontecido horas depois de ocorrer.

- E o que ela queria agora? - Troye questiona.

- Não importa o que ela queria! Sequer pediu desculpas! - Respondi irritada. - Aquela idiota precisa baixar a bola dela. Quem diabos ela pensa que é?!

- Tem razão. - Meu amigo assentiu. - Não se desculpou? - Perguntou e eu balancei a cabeça em negação. - Talvez ela não saiba pronunciar essa palavra.

Werewolf - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora