42° Capítulo

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O medo de decepcionar Renzzo me domina, é como se me paralisasse  por completo, talvez eu esteja dando importância demais ao meu passado, e daí se Marllon é meu ex noivo, e futuro marido da minha prima ao qual me fez de idiota e quase que a história se repete novamente, e daí né ?!...

Eu simplesmente falava com minha irmã desesperadamente, eu precisava tanto me abrir, Aby apenas me ouviu dessa vez, me deixando ainda mais nervosa.

- Abygail, pelo amor de Deus fala logo.

- Então, eu estava esperando a deixa né Nanda já que me deu vamos lá, acho que ele merece saber, pois vai entender muito o seu comportamento do início, e digo mais todos nós temos um passado não tem como apagar o seu.

- Como se fosse fácil falar né, ainda mais com essa aproximação do Marlon é tão estranho sei que superei mas não esqueci.

- Nanda, sabe muito bem que não confio nele, mas esse imbecil vai estar por perto infelizmente, trabalha pro pai do seu noivo lembra?!

- Eu sei e estar com Mellany e ele vai ser mais estranho ainda, sei que devo contar logo, mas é tantas coisas acontecendo e essa doença do Edgar é prioridade não acha?!

- Fernanda Bianchi, não enrole não é seu estilo e além do mais vai estar no civil da cobra maior, então quanto mais resolvida com seu noivo estiver melhor, só acho.

- Nem me fale, encarar Gia não vai ser nada agradável.

A conversa com minha irmã foi proveitosa e me fez enxergar que eu não tinha que temer a nada, e que eu estava vivendo era algo novo que não podia deixar as lamúrias do passado né atormentar.
Dormimos igual quando éramos crianças, juntinhas e agarradas.
Nosso vôo estava marcado para as 11:00 da manhã então deu tempo de tomarmos café da manhã todos juntos, aliás quase todos Cássio muito do revoltado estava trabalhando por mim.
Mas era estranho demais retornar ao Brasil, deixei um vida toda para trás e me vinha um medo de me perder de volta nela, pouco contato mantive com alguns parentes distantes, a um longo tempo que minha família se resume apenas em Aby e Cássio, talvez seja bom voltar e demarcar certas sepulturas.
Meu querido noivo parecia um menino assustado, por várias vezes tentava disfarçar mas era inúteis as tentativas, pois eu já estava conhecendo até demais.
Nos despedimos quando ouvimos o anúncio que vinha dos portões de embarque.

- Tome conta da minha menina tá cunhado, e juízo vocês!!

Sorri tentando controlar a imensa vontade de chorar, acho que estou de TPM só pode, Sam me abraçou e nos desejou sorte.

- Deixe-a comigo, está em boas mãos..

- Bocas, braços e etc...

- Me poupem disso ok, vamos amor...

- Vamos...

Renzzo segurou minhas mãos firmes e caminhamos juntos, como sempre lindo e cheiroso despertava olhares curiosos por onde passava.
Um homem de presença, quando lembro de tanta coisas loucas que vivemos até aqui, chego a pensar que daria bons capítulos de uma linda história de amor.

- Porque está tão calada?

Perguntou-me despreocupado, já sentado ao meu lado na poltrona do avião, gentilmente me deixou ir na janela, gosto de ver as nuvens, acho que já cheguei a confidenciar isso a ele.

- Estou relembrando algumas coisas que vivemos nesses últimos meses, nunca imaginei que hoje estaria carregando novamente um anel no dedo.

- Novamente... Como assim, por a caso já foi noiva?

Sim acidentalmente falei demais, mas uma hora teríamos de ter essa conversa, sei que não é um dos melhores momentos, mas não tem como fugir daqui né...
Renzzo me olhava espantado e de maneira curiosa, sei que queria explicações, e eu simplesmente puxei o ar para os pulmões sem saber direito por onde começar a narrar a minha dor.
Eu simplesmente vou estar novamente abrindo uma imensa ferida, ao qual não sei se irar fechar novamente.

Não se apegue.Onde histórias criam vida. Descubra agora