capítulo 45

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Fernanda...

Eu nunca pensei que a família de Renzzo fosse tão influente e importante agora estou pensando sempre fui tão cuidadosa e metódica depois de Marllon como mergulhei de cabeça assim, acho que não nos demos a chance de nos conhecermos melhor, mal sei de seu passado e nunca nos perguntamos muito ou melhor eu não quis falar muito também, mas chega ser estranho como podemos ser tão íntimos se na verdade não dividimos fatos sobre nossas origens.
Renzzo é muito melhor do que eu imagino e estou vendo a batalha que está travando consigo mesmo para tentar deixar nossos problemas para depois, não se isso é bom ou ruim nessa altura do campeonato, seus sentimentos e nervos estão a flor da pele, tenho medo de seus rompantes.
Já no aeroporto e com nossas bagagens em mão, fomos avisados que o motorista da família estava nos aguardando, Ghael insistia para que fossemos direto para casa dos pais.

Foi horrível quando ele propôs que eu fosse sozinha no banco de trás do carro, é como se voltasse a estaca zero e para desviar do acontecido parecia conversar o máximo que pudesse com o motorista Roberto poucas vezes durante o trajeto trocamos olhares pelo espelho retrovisor eu ainda conseguia ver a dor e pela primeira vez pareceu não querer sustentar o olhar, fiquei muito lisonjeado com os elogios do jovem senhor, Renzzo apesar de ser  influente e viver cercado por pessoas importantes é sempre Cortez com todos e principalmente com as pessoas que participaram de sua infância como os empregados da família, sempre humilde isso é muito bacana e admirável a primeira vista logo vai imaginar que é um playboy hesnobe, mas apesar de esbanja marcas etc e gostar de luxo é muito simples em geral , trata todos de igual para igual.
Como no momento estava me sentindo totalmente excluída, respondi alguns áudios do trabalho mas também aproveitei para reclamar como uma menina mimada para minha irmã sem falar que Cássio me encheu de perguntas que eu nem podia responder no momento, estou tão fragilizada que estamos invertendo os papéis, quero chorar e não posso.

Não demoramos muito a chegar em um luxuoso condomínio de  casas belíssimas, fiquei encantada bairro nobre do Morumbi.
Logo grandes portões se abriram e avistei minha sogra e a noiva de Gahel, lindas  e bem vestidas minha sogra parece irmã mais velha de Renzzo parecia muito entusiasmada com nossa chegada, Renzzo decidiu deixar pra depois não sei se respiro aliviada ou se surto.
Apesar de ter dormido boa parte do vôo, estou me sentindo exausta e ficar sorrindo forçado hoje vai ser um tanto complicado.
Como imaginei Olga é um amor de pessoa, conversamos por um tempo mas a mesma foi super delicada, deixou o quarto de Renzzo preparado para que possamos descansar antes do almoço e nos dar um certo tempo de organizar as malas resumindo foi maravilhosa e senti sinceridade está muito feliz pelo filho está em casa e por nossa relação que fez questão de dizer que super aprova e conta com netos, agora sei de onde vem a beleza e o caros, foi muito bem educado, essa mulher é incrível.

Acho que já relatei que estou aliviada de ter contado logo tudo, mas estou me sentindo perdida,  minha irmã tem razão se ele não me quisesse mais teria me posto em outro vôo direto pra casa, é difícil ficar em silêncio e dar espaço nessas horas, tenho que me conter eu quero gritar mas não é o momento certo, no tempo dele vai acontecer, outra coisa que me deixou momentaneamente tranquila é não ter encontrado aquela penosa, mas sei que isso mais cedo ou tarde irá acontecer.
O que me tranquiliza no momento é Marllon bem longe de nós, espero que ainda esteja em Nova York e pior de tudo que não tem nem como saber, se eu pedir Cássio para se informar com Mell ela vira atrás de mim e não quero contato no momento.

Meus amores estão tão preocupados comigo que se pudessem viriam correndo, aí bem que eu precisava de uma noite de meninas hoje, parece até um capítulo de um livro.
Quarto dele é incrível, tons de cinza e branco e uma linda vista, deixei minha bolsa sobre uma poltrona vaga e fui ver a linda vista, muito verde o condomínio parecia mais um floresta com casarões modernos ao longe avistei um lago.
Mal nos olhamos mas ele sabia que eu o respeitaria dessa vez, e meu coração acelerou quando inspirei o ar puro e seu cheiro inconfundível invadiu minhas narinas, me mantive calada e deixei que fizesse o que quisesse, seus braços fortes seu peitoral firme, senti-lo tão perto quase me fez chorar e suas palavras finalmente era o começo da nossa paz.
O dia estava tão lindo e fresco, ficamos abraçados apreciando a paisagem.
Depois de um tempo começou a contar sobre sua infância e sentia um pouco de dor quando o assunto era voltado para Edgar, não sei muito sobre a relação dos dois mas sei que não é das melhores.
Escutei com atenção, adoro seu timbre de voz rouco e quando está despreocupado parece mesmo um menino, como o motorista o chamou menino Renzzo, suas mãos firmes e fortes me acariciavam enquanto falava me virei para encontrar seu olhar, logo estava beijando meu rosto o topo de minha testa como sempre fazia, mas dessa vez desceu os beijos vagarosamente até chegar em meus lábios, não teve urgência mas sim delicadeza deliciosa, cada movimento seu me deixando tonta e cada vez mais apaixonada, seus dedos invadindo meus cabelos, logo senti leves puxões, me dominando.

Como eu amo seus toques, é incrível como me faz perder o controle e me deixar dominar por ele, lentamente me beijou como se tivesse saboreando algo muito bom, em meio aos beijos deixei escapar gemidos sôfregos sinônimo de um medo muito grande de perder tudo isso.
Mãos firmes me apertando, sentia seus corpos másculo e forte roça no meu, como uma boneca me guiava em uma dança louca se esfregando em mim, me trazendo de volta para o quarto e me jogando em sua cama ainda nos beijando fui acariciando, virando meu corpo de maneira que pude montar no seu antes de voltar a beija-lo olhei fixamente em seus olhos e me declarei apaixonadamente mas antes que o clima pegasse fogo fomos interrompidos por uma ligação de seu irmão nos avisando que já tinham chego e que o almoço saia em quarentena minutos, Renzzo até que quis dar uma rapidinha tentadora a proposta mas achei melhor tomarmos um banho e descer logo.
Contra sua vontade tomamos banho sim, só banho sem safadeza dessa vez e troquei minha roupa pondo um vestido floral bem fresquinho e ele vestiu uma camisa pólo azul marinho, acho que essa cor fica tão linda nele, aproveitou o calor para pôr uma bermuda clara e chinelos de dedo, coisa que era raro de ver, me olhei no espelho e notei que meu cabelo já havia crescido bastante e nesse vestido aparecia umas gordurinhas a mais, meu Deus estou me descuidando.

— Está pronta?!

Renzzo estava meio ansioso, acho que por conta da situação do pai, dessa vez estava voltando para casa para tentar ajudar e com uma noiva a tira colo.

— Só um batom, e estou pronta..

— Está linda.

Me olhou de cima para baixo, sorriu lindamente de um jeito que me enfeitiça.

— Você que está lindo, e não precisa ficar nervoso vai dar tudo certo amor..

— Eu sei, você será o centro das atenções.

Como a cara mais lavada lançou essas palavras pra mim, me arrastando pelo corredor e me deixando apavorada, ai meu Deus será que vai ter muitas pessoas no almoço, ou será que a vadiane estará presente?!...
Descemos as escadas de mãos dadas, a minha gelou em segundos logo entramos em uma sala de jantar Edgar estava sentado a cabeceira da mesa e Olga acariciava sua mão falando algo que o fazia sorrir, logo nossa presença foi notada, meu Deus que genética Gahel é tão bonito e alto como Renzzo logo se juntou a nós rindo e abraçando o irmão, como se fossem dois meninos, observei seu pai sorrir discretamente ao ver a cena e Olga com os olhos brilhantes.

— Venham crianças... Venham

Apesar do abraço caloroso meu noivo não soltou minha mão, caminhou comigo até aonde estava os pais e apenas apertou a mão de Edgar, sinceramente eu não sabia como agir, então eu o abracei e beijei seu rosto como fazem os brasileiros,
Acho que ele não está muito acostumado com essas intimidade, meio duro sem jeito sorriu e me fez um elogio, deixando Renzzo todo pomposo.
Fiz o mesmo com Gahel, Carol já tinha conhecido a poucas horas atrás, fiquei aliviada ao perceber que seríamos só nós no almoço nos sentamos a mesa como uma grande família, eu nem sei qual foi a última vez que fiz isso, a lembrei quando conheci Miranda e sua linda família.
Posso se dizer que foi tudo em paz, poucas palavras trocadas entre pai e filho mas graças a Deus nenhuma ofensa.

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Voltei!!!
Antes do que vocês imaginavam né, eu estou ansioso para finalizar o livro e confesso vai ter um final.... Não sei descrever..
Boa leitura galera, não deixem de curtir e expor a opinião de vocês..

Forte abraço, vulgo Sr Suett.

Não se apegue.Onde histórias criam vida. Descubra agora