Não se apegue.

24° Capítulo

Na verdade não fiz questão de disfarçar minha insatisfação e raiva, interagir muito pouco enquanto Cássio e Ab não paravam de tagarela e repreender meu comportamento, eu sei que estava com muitos ciúmes ao ponto de estar descontrolada, no momento eu só queria ficar um pouco sozinha, não tinha condições mental de voltar a revista, e ainda tinha algumas horas pra fechar o expediente e então dei as coordenadas para Cássio deixei minha parte do café mal acabado sobre a mesa e me despedi deles, minha irmã já sabia que eu precisava de silêncio pra organizar minha mente, ela me explicou sobre a falta de carga no telefone dele mas pra mim continuava ser falta de consideração.
Caminhei pela Times Square, Central Park até chegar em meu Lofit, o céu já estava alaranjado anunciando o cair da tarde não me dei conta que meus passos foram de tartaruga.

Chegando a portaria de meu prédio me deparo com senhor George o porteiro sorridente, como Abgail costuma chama-lo né... Nossa seu sorriso chegava ser algo contagiante veio em minha direção animado..

-Senhorita como foi o dia??!! Me olhava de uma forma tão fraterna que me remetia as lembranças de meu avô...

-Boa Tarde senhor George, foi um tanto cansativo.. respondi soltando pesadamente o ar.

-Acho que tenho algo que irá lhe devolver o sorriso aos seus belos lábios.

-Não me diga que já são as dolorosas...

Caminhou junto a mim até seu balcão me olhou se entender mais não tirou seu sorriso da face envelhecida, dificultando a minha visão o pequeno homem deu a volta e se abaixou para pegar algo, meu celular não parava de chegar mensagens, rapidamente olhei os contatos e decidi responde-los só depois de um bom banho.
Olhei em meu pulso buscando as horas em meu relógio, mentalmente fiz os cálculos a festa da mãe de Renzzo já deveria estar a todo o vapor no Brasil, a imprensa brasileira deveria está cobrindo o evento senti vontade de fazer busca em sites de fofoca, mas joguei novamente o celular na bolsa me recusando.
Quando ergo a cabeça vejo o olhar do velhinho brilhante e em suas mãos um enorme buquê de rosas gigantescas vermelhas.
A única coisa que pensei ao ver essa lindeza, filho da put... As peguei e cheirei ainnn que ódio tinha o seu perfume, me deu uma saudade violenta de beija-lo e ama-lo vorazmente, agradeci ao homem e ele tinha razão lá fui eu sorrindo para o elevador.