Não se apegue.

36° Capítulo

Renzzo...

Acho que já falei de quanto gosto de vê-la dormir relaxada, preferencialmente quando ela faz meu peito de travesseiro, é meu irmão estou me aposentando encontrei o amor e não quero largar.
Estou repetitivo ultimamente, mas é muito válido, essa mulher é demais, e pra ser franco estou ficando muito bem acostumado em sentir o calor de sua pele ao deitar e melhor ainda ao acordar, ela é toda minha.
Logo pela manhã meu telefone começou a vibrar sobre a mesa ao lado da cama, me estiquei para pega-lo fazendo de tudo para não interromper o sono gostoso da minha dengosa.

- Alô!! sussurrei mais baixo que pude..

- Bom dia meu príncipe, desculpe estar ligando cedo, mas Judh me disse que não dormiu em casa, meu filho mamãe precisa de você aqui...

- Calma mãe, o que houve?!

Dona Olga tentava manter sua calma aparente, era algo que vinha praticando a anos..

- Renzzo, seu pai não está bem meu filho, está escondendo isso de todos, nem Gahel consegue arrancar isso dele..

Por um instante até esqueci que Fernanda estava diante de mim, realmente parecia algo grave jamais mamãe me ligaria se realmente não fosse algo preocupante.
Não me dei conta que talvez minha voz estava em um tom mais alto, tentei acalma-la e dei certeza que estaria embarcando ao Brasil novamente nos próximos dias, infelizmente não dá maneira que eu havia planejado.

Edgar e eu nunca tivemos um bom relacionamento eu talvez seja um grande desgosto para ele, mas eu jamais viraria as costas para ele, é meu pai e tive influências de sua criação, e por mais que tentamos neguar isso com veemência somos idênticos na personalidade.
Desliguei o telefone e me mantive pensativo tentando absorver tudo o que foi me dito, desde quando isso estar acontecendo, a festa para minha mãe, seu jeito um tanto mais calmo diante de nós?!...

- Amor, o que houve?!

- Desculpa, te acordei meu amor...

Fernanda estava a me olhar com preocupação, não era dessa forma que eu queria acorda-la.
Mas a vida me trouxe a realidade, o tempo ali de trás da porta não parou.
Gentilmente acariciou meu rosto sem desviar os olhos curiosos de mim.

- Tudo bem, me conte o que está acontecendo?!

- Mamãe está preocupada com a saúde de Edgar.. quer dizer meu pai.

- E ela falou, o que ele tem?!

- Não, não sabe e está me pedindo para ajudá-los a descobrir.

Me dei conta que Fernanda não sabia muito a respeito da minha vida e muito menos do meu histórico familiar, aproveite o momento de calmaria pra conversar mais a respeito, via em seus olhos que também sentia necessidade de se abrir, mas a deixei livre para falar me contive e não fiz perguntas, mentalmente me fazia algumas perguntas, juntando algumas coisas que ouvi dela desde que a conheci.

- Renzzo, eu não sei se te disse isso mas eu te amo, e se eu puder ajudar em alguma coisa estarei sempre a disposição.

- Eu lhe amo muito mais do que imagina minha dengosa, eu só quero fazer o bem pra gente.

- Me promete que nada e nem ninguém vai nos afastar?!

- Somos amigos, hoje noivos e seremos uma só carne, eu confio em você e quero que se sinta confiante em mim.

- Eu te amo!

Lágrimas de repente rolaram no rosto de Fernanda, mas a emoção em seu rosto e principalmente em seus olhos eram bem diferente, e não tinha como não me perguntar o porquê, e eu também queria entender porque essa dúvida estava se formando em minha mente.