Capítulo 60°

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Foram dias incríveis, cada pedacinho das cidades visitadas, nós aproveitamos bem e comemos muito, fiz lindas fotos das minhas meninas, o barrigão agora estava chegando na frente, Linda parecia querer se exibir, já estava prevendo problemas futuros, ainda mais se puxar a beleza estonteante da mãe, lembro-me que me deixou enfeitiçado na noite que nos conhecemos, eu sinto que minha pequena fará o mesmo comigo, estou literalmente fodido.

— Posso saber o motivo desse sorriso bobo aí, senhor Suett? — Curiosa como sempre, estava ela a me observar.

— Bem, aqui estou eu lembrando como fiquei hipnotizado com sua beleza, na noite que eu a conheci, e estou aqui imaginando que será o mesmo efeito quando essa mocinha nascer. — Minhas  mãos afetuosamente passeava por sua barriga, minha parecia já conhecer meu toque, sempre mexia ao ouvir minha voz e isso me deixa ainda mais babão.

— É estranho quando paro pra pensar nas datas, parece que estamos juntos a uma vida inteira. — Isso sem sombra de dúvidas era verdade, éramos tão íntimos que o tempo não acompanhava.

— Eu também tenho essa sensação, como se o meu amor estivesse destinado somente para você, eu nunca senti isso antes.

— Eu nunca tinha sido amada assim, eu sei que é de verdade, e eu sei que amara nossa filha da mesma maneira única que me ama, promete que se eu faltar na vida dela você irá preencher.

— Ei, você nunca irá faltar, vamos ama-la juntos.

Odiei ouvir essa palavra faltar, vi medo nos olhos de Nanda,  abracei forte queria dicipar essa dolorosa sensação.
Ela e Linda estava nos prestigiando com vida, recomeço de vida, esperança para toda família.

Nosso último dia na Itália, combinamos de ficar pelos pontos turísticos mais próximos do hotel para as minhas meninas não se cansarem muito.
Fernanda não parava de comer sorvete, e cada mistura mais louca que a outra, e a sua favorita abacaxi com cocô, me fez comer juntinho quase todos os dias o favomoso Gelato.

Fotos, tantas fotos de cada momento mais lindo que o outro, as minhas favoritas foram as distraídas, até fotos minhas ela capturou.
Vivemos intensamente nossa primeira semana de lua de mel, as vezes eu percebia um comportamento diferente de Feh, mas sempre me tranquilizando dizendo ser os hormônios aflorados e como não intendo nada eu só apóio.
Em casa tudo corria muito bem, nos deixando ainda mais relaxado, aproveitei as oportunidades para fazer contatos profissionais, isso sem tirar o foco principal, o nosso momento, Fernanda também fez questão de conhecer a Vogue Itália, fizemos uma reportagem curta, mas significativa pra ela, como uma Leoa, mostrando que ainda estava de frente no seu papel de editora Chefe de Nova York, um mulherão da porra!
Já deixando claro que o fato de se tornar mãe não iria atrapalhar sua vida profissional, assim se manteve firme nas perguntas feitas.
Na volta ao hotel, paramos no restaurante para jantar por lá mesmo, estávamos exausto, fui ao banheiro e na volta Fernanda estava com um olhar assustado, as mãos bem geladas, mas como sempre a resposta era a mesma, e isso me incomodava cada vez mais, tentei arrancar algo mais foi em vão, tomamos um banho juntos, aos poucos ela relaxou um pouco e logo adormeceu.
Decidi encurtar nossa Lua de Mel e voltar antes para Nova York, não estava me sentindo tão seguro em vê-la assim longe de casa e da nossa médica, o problema seria convencê-la na manhã seguinte.
Ao acordar entrei em contato com San, expliquei o que estava acontecendo, e conversei com Abgail, se mostrou preocupada, e concordou com a minha decisão.
A campainha soou, despertando Fernanda, estava recostado sobre o batente da porta, joguei um beijo em sua direção e caminhei para o segundo cômodo, me despedi dos meus cunhados enquanto o garçom entrava com serviço de quarto, dei uma gorjeta e agradeci, arrumei uma pequena bandeja e levei até a cama, a dorminhoca já estava apagada novamente, aproveitei então para levar um papo sério com minha Linda.

— Ei mocinha, bom dia... Está tudo bem aí dentro? Papai está muito curioso pra saber como você é, mesmo já tendo a certeza que é Linda... Se não for vão ser obrigados a chamar né minhoquinha hahaha..

— Aí amor não acredito que está falando isso pra ela... — Fernanda estava contendo riso mas não aguentou por muito tempo.

— Pro papai ela sempre vai ser linda, mas papai ama tá filha, ama muito. — Quanto mais eu tentava explicar mais eu me embolava e Nanda se contorcia de tanto rir, Linda também dava seus pulinhos na casinha.

Minha família estava formada, era um misto de sentimentos, me vi ali bem completo e também inseguro, será que eu vou dar conta de ser um bom pai, eu quero dar o que eu não tive emocionalmente, apoio, intendimento e não somente ser o provedor.

— Ei, o que foi agora porque está com esse olhar perdido amor?  — Eu ainda tinha que entender muitas coisas, e não havia se quer parado para pensar.

— Eu quero ser um bom pai pra ela, eu quero que ela seja minha amiga.

— Você já é um bom pai amor, você é um bom marido, você é um homem maravilhoso, eu tenho certeza que desda da barriga eu já perdi ela pra você, olha como mexe em ouvir sua voz, ela te ama tanto quanto eu Renzzo.

Eu sentia firmeza em suas palavras e emoção também, estamos nos tornando bons nisso, parceiros.
Pensei que estragaria o momento falando sobre a decisão de voltar antes, mais certeza de que algo estava acontecendo eu tive quando ela concordou rápido demais, tentou explicar que estava sentindo falta de casa e a gravidez estava deixando mais cansada que o normal, a fiz marcar uma consulta de emergência assim que chegasse.

Seria nosso último dia na Cidade resolvemos sair para fazer umas fotos dela com o barrigão a mostra, usou um vestido bem esvoaçante, estava linda, me enfeitiçando a cada sorriso, acho que foi mais um dos nossos programas favoritos além de transar é claro, registrar pra nossa filha o sinônimo de felicidade.

— Precisamos voltar ao Hotel. — Adorava esse olhar dela, era tão infantil tão puro, parecia que estava arrancando um doce de sua boca quando anunciei o o horário, mas a prometi que voltaríamos aqui e faríamos quantas Luas de Mel fossem necessárias para eu devolver seu sorriso.

Algumas horas depois recebi uma mensagem de meu irmão me atualizando o quadro real do Papai e como eu imaginei minha mãe estava nos poupando informações.
Estava estressado e sobrecarregado, fiquei surpreso em saber que Gia estava ausente da empresa, eram muitas informações, realmente estava na hora de voltar.

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Sem promessas aqui estou eu, organizando tudo para um fim descente.
Forte Abraço Vulgo Sr Suett.

Não se apegue.Onde histórias criam vida. Descubra agora