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Canadá, Toronto

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Canadá, Toronto. - 18h:23m PM

Max Lippmann, fitava a cidade no Canadá pela enorme janela envidraçada de seu quarto. Sua mente estava um turbilhão de dúvidas e não sabia o que fazer. Estava prestes a se casar com alguém que nunca vira na sua vida. Tudo por causa do maldito dinheiro e a ganância de seus pais, que por estarem na falência, arrumaram um jeito de mudarem a situação antes que ficassem na pior.

Max é um homem feito, corpo bem cuidado... cabelos negros e de olhos lindamente azuis. O problema, não é ele não querer se casar, o problema é ele ter que se casar, afinal... Isso colocaria em risco a vida de seu "esposo". Sim, para piorar tudo, a única opção era ele ter que casar com um homem, sendo que nem gay ele era. Seu trabalho não é um dos mais honestos que se possa imaginar. Um assassino de primeira categoria e acostumado a conviver com sangue dos outros bater em sua pele depois de uma morte súbita. Ele aprendeu isso com o pai, nasceu já sendo treinado das piores formas possíveis, e hoje... se tornou o que não queria ser, mas acabou sem escolhas.

Bento Lippmann sempre fora um homem com um grande poder de ambição, sempre querendo mais e mais... Conseguiu formar a Máfia Scorpions e agora pretende fazer seu filho, Max, seguir o mesmo caminho sendo ele o seu primogênito. Bento casou-se com Angellina Deliver, uma mulher conservada, alta e loira de olhos castanhos. Teve dois filhos com Bento, Max e Elisa, a mais nova ainda nos seus 17 anos.

Max tenta manter a lei da "boa convivência", mas com o ódio que herdou de seu pai, essa lei acabara sendo pisada por ele. Por tudo que ele já tivera que passar e sofrer amargamente por caprichos do pai, nasceu a raiva e só considera sua mãe e sua irmã como família. Porém, é obrigado a obedecer às ordens de Bento, já que ele é o CEO tanto na casa, como na Scorpions. Então, ou Max o obedece, ou sofrerá as consequências.

Ainda fitando as luzes da cidade a noite, Max ouve a porta de seu quarto ser aberta. Com os passos de sola do sapato batendo contra o piso de mármore, ele já saberia quem era. Bebeu mais um gole do seu copo de Everclear e apoiou as mãos no gradil.

- Max! - Bento chama, autoritário. Max torce o nariz tentando manter a paciência, coisa que não era muito comum na sua personalidade. Ele se vira lentamente, enrijecendo o corpo. Exala o ar de seus pulmões e estreita o olhar encarando Bento, que mantinha a expressão séria e desafiadora. - Vim lhe avisar que seu futuro esposo chegará daqui a uma semana. Portanto mude essa cara e trate de treinar para quando for assumir o meu lugar na Scorpions. - Diz Bento, friamente. A questão é que ele não estava nem aí se seria um casamento gay ou não. Ele apenas queria se salvar da falência. Max se mantém calado e vira às costas voltando a olhar a cidade afora. O movimento dos carros estavam insanos nas rodovias. - Não ouse virar às costas para mim, garoto! - Bento exaspera. Max suspira, frustrado, e segura o gradil com força.

- Eu já entendi, Bento. - Max diz, o olhando por cima dos ombros.

- Espero que sim. Se arrume e vá para a sala de treinamento, ainda não está pronto o suficiente para assumir meu posto. Você tem dez minutos. - Diz e sai sem esperar respostas. Era sempre assim... Ele nunca o escutava, como iria ver um homem desses como um pai? Max não teve infância, teve lutas, não recebeu amor, recebeu castigos. Castigos severos de um homem que devia educá-lo, dá carinho e atenção, como toda criança merece, mas isso... não foi concebido a Max, ele sempre fora um corpo treinado para matar, um saco de pancadas por muitos anos até aprender a se defender sozinho. E agora... Iria se casar, com um desconhecido e sem amor. Afinal... Ele nunca soube o significado de tal palavra.

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora