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 Canadá, Toronto – 05h:47m AM

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Canadá, Toronto – 05h:47m AM

Dejota suspirou, se sentindo horrível. E rezou internamente que aquele pobre homem da balada estivesse vivo, mesmo que o mais provável é que não. Como explicaria isso? Bom, Max não estava presente, mas certamente ficara sabendo do ocorrido. E ele não era burro. Já estava desconfiado. O garoto abraçou o travesseiro gordo e macio, abafando sua respiração e fechando os olhos. Não havia dormido bem, mas sua imunidade estava normal. Assim como sua energia. Ao menos isso era um dos seus privilégios de ser o que era.

— Dejota? — Logo o garoto reconheceu a voz de Max do outro lado da porta, seguido de batidas na mesma. — Por que a porta está trancada? — Max questionou, girando a maçaneta, mas sem sucesso para abrir a porta. Dejota suspirou, se levantando e buscando o máximo de oxigênio possível. Ensaiou um sorriso e abriu a porta.

— Oi! Desculpa, eu tenho esse costume de me trancar nos cantos. Hm... se divertiu? — Max sorriu, assentindo. Aquilo era raro de se ver. E realmente, Max parecia ter tirado uma boa parte do peso de suas costas. Estava de bom humor e tranquilo.

— Sim. Me diverti. Você foi embora da balada? Por quê? — Max o encarou mais atentamente.

— Eu... não quis esperar você. E eu estava com a razão. Olha a hora que você veio chegar. Já é grandinho, não precisa de babá na sua cola. —Dejota brincou, forçando um sorriso e que aos olhos dos demais, aparentava ser verdadeiro. Ele já estava acostumado com isso.

— Uhum, sei... E por acaso você soube o que aconteceu com um homem da balada? — Questionou, e Dejota quis se bater por dentro.

— O que aconteceu? Eu voltei muito cedo. Só disse que ia para ter a desculpa de te levar e apresentar Bárbara. Aliás, gostou dela? — Mudou o assunto. Max sorriu novamente. Aqueles sorrisos eram curtos, mas estavam cada vez mais frequentes.

— Sim! Gostei muito dela. Conversa bastante e é... — Suspirou. — maravilhosa na cama.

— Não preciso dos detalhes. — Dejota fez uma careta, o que fez Max ri.

— Foi mal. Mas, Dejota, valeu mesmo! Conte comigo para o que precisar. — Ditou, abraçando Dejota, que se surpreendeu com o ato. O garoto não ousou se mexer, apenas sorriu fracamente.

— Obrigado... — Agradeceu, mesmo que internamente, ele saberia que não poderia contar com Max, nem com ninguém. Apenas com si mesmo.

 Apenas com si mesmo

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MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora