⏩ C a p í t u l o || TRINTA E CINCO ⏪

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Canadá, Toronto – 14h:35m PM

— Fiquei feliz quando marcou horário comigo, meu menino. — Friederich comentou, sorrindo.

Dejota para você. — Max intimou, com um olhar ameaçador e não gostando nem um pouco da forma como aquele cientista chamava por Dejota. Friederich sorriu, balançando a cabeça.

— Minhas criações são como meus filhos. E não precisa ficar com ciúmes, senhor Lippman, não vou roubá-lo de você. A não ser que não cuide bem do meu menino. — Rebateu, em um tom calmo. Max já ia rebater, mas foi impedido por Dejota, que apenas o segurou pelo braço, fazendo um gesto com a mão, pedindo calma. Max bufou, se afastando, caminhando pelo laboratório.

— Certo. Uma das razões que me trouxe aqui, não é somente a minha inexperiência com meus poderes, mas... há outro de mim, Friederich. — Dejota falou, com um tom preocupado.

— Não! Como você não. — Negou imediatamente, gesticulando com uma caneta entre os dedos.

— Então você que o desenvolveu?! — Dejota se irritou, o encarando bravamente.

— Sim. Não me entenda mal, sei que você faz parte da máfia canadense agora, mas eu fui ameaçado pelos portugueses. — Max o olhou, assim que o escutou.

— Portugueses? Que história é essa?

— A máfia portuguesa. Eles estiveram aqui. E trouxeram, se não me engano, o filho do capo para a tal experiência que andavam comentando em uma fofoca interna, entre as facções. Era isso ou iriam destruir meu laboratório. Tudo que tenho de mais precioso está aqui, eu não poderia permitir que eles destruíssem nem um frasco sequer. — Dejota suspirou, se aproximando.

— Mas esse homem quer matar Max, e consequentemente a mim também! — Friederich riu, caminhando pelo laboratório.

— Ele não pode matar você, porém, você pode matar ele. É fácil. — Disse, dando de ombros.

— Fácil?!! Ele me jogou há uns 100 metros de distância! — Dejota exclamou, impaciente.

— Então o jogue por 1000 metros. — Friederich rebateu. — Meu menino, ele limitado, você não.

— Como assim? — Dejota questionou, já não tendo mais paciência para pensar e quebrar cabeça com aquele homem que surgiu do nada.

— A substância que injetei em você, foi diretamente para o sangue, artérias, veias... Faz parte de você, desde quando era pequeno. Naturalmente foi se desenvolvendo, se expandindo dentro de você. Tudo que o envolve, tudo que o mantém vivo, é o seu poder, que se tornou muito mais precioso que o coração. Se atingirem seu coração, você tem uma forma de regeneração muito veloz, que vai reconstruí-lo em fração de segundos, mas se por acaso, esgotar toda a sua fonte de poder, como já chegou perto de acontecer... — fez uma pausa, olhando para Max, que apenas ignorou, mexendo em algumas coisas e olhando tudo ali, encontrando coisas bizarras até. — você morreria em questão de minutos. Dependendo da escassez do seu dom, poderia facilmente morrer em milésimos de segundos.

— Mas o que ele...

— Aquele rapaz tem um chip programado, que instalei em sua têmpora esquerda, mandando comandos para o cérebro e que faz ele ter alguns recursos a mais que um ser humano normal. Força, agilidade e terra... Mas tudo no chip é limitado. Ele não precisou de muito esforço para controlar, já que o poder dele não é expansivo. O seu vem diretamente do sangue, do seu corpo, faz parte de você. Compreende a diferença? — Dejota assentiu, com um suspiro cansado.

— Como faço para derrotá-lo?

— O chip é altamente sensível a pancadas. Se quebrá-lo... ele morre. — Ditou, deixando Dejota de certa forma, apreensivo.

— Não há outra forma?

— Não. Apesar de tudo, o chip é reforçado, e que protege seus pontos vitais. Fazer o quê? Não consigo criar coisas de baixa qualidade. — Max respirou fundo, colocando de volta no lugar um frasco qualquer e caminhando até Dejota, envolvendo sua cintura.

— Okay, agradeço as informações. Vou mandar alguns dos meus soldados fazerem sua proteção, mas até agora não nos disse como Dejota pode aprender a expandir seus poderes. — Ditou, impaciente.

— Simples: na prática. Busque por um lugar amplo, crie alvos, níveis de força e precisão... Meditação também é muito bom. Tente sentir cada pedaço do seu corpo, cada célula viva em você. Tente sentir cada intensidade de um poder diferente. Você deve ter milhares e nem ao menos sabe disso. Como já falei, é questão de prática. — Dejota assentiu, sabendo que seria um trabalho árduo e difícil, mas isso seria bom, muito bom. Assim ele não se sentiria tão impotente. Poderia ajudar e proteger seu marido. Apesar de que ele sabia se defender muito bem sozinho.

— Vamos, Deh. — Max chamou, o puxando para fora, indo em direção ao carro.

— Do que está com raiva? — Dejota questionou, pondo o cinto de segurança, enquanto Max dava partida.

— Não estou com raiva.

— Sua aura está vermelha. — Dejota afirmou, chamando a atenção de Max, que o encarou como se ele fosse um extraterrestre. Bem, não estava muito longe disso.

— Consegue ver isso também?! — Exclamou, fazendo Dejota ri pela reação do marido.

— Consigo. Sempre vi. E você está mais irritado ainda. — Observou, com um semblante torcido. Max suspirou, voltando sua atenção para a estrada.

— Não gosto daquele cara. — Resmungou, com um bico formado nos lábios. Dejota sorriu, malicioso.

— Isso é ciúmes? — No mesmo instante recebeu um olhar fulminante de Max.

— Claro que não! Por que diabos eu ficaria com ciúmes daquele velho maluco?!

— Um velho bem conservado diga-se de passagem... — Provocou, com um sorrisinho de canto. — Homens de uniforme são muito atraentes... — Comentou, deixando Max somente mais irritado do que antes, o que arrancou uma risada gostosa de Dejota. — Você fica muito lindo quando está todo bravinho e enciumado, sabia? — Dejota brincou, apertando as bochechas do marido, que bufou, empurrando as mãos dele.

— Não me chame no diminutivo, e nem me trate como criança! — Resmungou, mas Dejota só sabia ri. Não conseguia levar a sério.

— E por que não? É um bebezão que só sabe resmungar. Ou diria que é um velho ranzinza? — Max revirou os olhos.

— Nem um, nem outro.

— Ah, claro! Você é um amor de pessoa. — Max sorriu, assentindo.

— Lógico que sim! Tem alguém mais amoroso, carinhoso e amigo do que eu? — Questionou, forçando um sorriso que era para ser adorável.

— Se brincar, até Hitler era mais amoroso que você. — Brincou, vendo Max arregalar os olhos.

— Agora sim você me ofendeu legal. — Ditou, mantendo sua atenção na estrada. Dejota sorriu, sapeca.

— Eu sei como mudar isso... — Murmurou, retirando o cinto de segurança, levando suas mãos para a braguilha da calça de Max, que logo o olhou.

— Dejota, estamos no trânsito, você nem pense em... — Max tentou alertar, mas Dejota nem esperou ele terminar de falar, em segundos, já tinha todo o sexo de Max coberto por sua boca, arrancando um grunhido de Max, que tentava se concentrar no trânsito, sentindo aquela boca pequena caber tanta coisa, passando a língua por toda a extensão e parando um tempo para brincar somente com a cabeça rosada, arrancando suspiros de Max.

— Eu posso parar se quiser... — Dejota sugeriu, provocando, tentando sair. Mas Max o puxou de volta pela nuca, fazendo o garoto voltar a chupá-lo.

— Nem pense nisso! Começou, agora termine. — Ordenou, controlando os movimentos de Dejota, empurrando a cabeça do garoto para mais fundo, enquanto sua atenção se mantinha na estrada.

E Max nunca desejou tanto que aquele caminho demorasse mais que o normal.

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora