— Oh, minha pequena porcelana, cuidado! — Friederich exclamou, pegando as bandejas das minhas mãos e seguindo comigo até a cozinha.
Tudo não poderia estar mais certo! Eu nutri um sentimento quase doentio por anos por Dejota, meu patrão, que sempre deixou claro que eu não passava de uma amiga, uma irmã. E hoje, depois de tanto tempo, depois de suportar a dor que era ver Dejota nos braços de outro, eu simplesmente devo agradecê-lo por tudo. E acredito eu que, ao ficar presa nessa paixão platônica por tanto tempo, era simplesmente uma forma de me guardar para quando Friederich aparecesse na vida.
E, nossa, ele surgiu tão de repente! Me devastando sem nem perceber. A primeira vez que o vi, foi no laboratório, quando ele fazia seus experimentos com Dejota, o transformando naquilo que ele é hoje. Mas eu ainda era uma criança, eu nem sabia o que era amar alguém dessa forma.
Lembro que ele me pegou nos braços, sorrindo docemente e me incentivando a acalmar Dejota, que não iria doer. Friederich me beijou o rosto e me presenteou com um ursinho de pelúcia. Disse que eu fui uma boa garota. Foi a única vez que o vi, até vir parar aqui e ele surgir anos depois, muito mais maduro e bonito. Ele é vaidoso, dá para notar.
Desde do momento que me toquei de que realmente o amava, e que finalmente havia esquecido Dejota, eu achei que iria sofrer de novo. Que um homem daqueles nunca que iria olhar para mim. Mas ele olhou. Ele me deu essa chance de ter um amor correspondido.
E agora, eu sei o que Dejota passou com Max, eu sei o que é amar de verdade, saborear esse sentimento sem pressa alguma. É tão gratificante!
— Hm... Está delicioso! — Friederich falou, risonho, experimentando um dos biscoitos de forno que eu costumo fazer como lanche da tarde. E descobri que Dejota grávido é uma máquina destruidora de comida. Então eu faço em grande quantidade.
— Amor, é para os patrões da casa! — Falo, batendo de leve na mão dele, que apenas sorriu, dando de ombros.
— Ainda se importa mais com ele do que comigo? — Rebateu, me abraçando por trás e afagando meus cabelos e beijando minha nuca. Suspiro, tentando não cair na tentação. Essa casa está muito movimentava ultimamente. Depois de todos os perrengues que Max e Dejota passaram, eles estavam finalmente em paz, então quase todo dia a casa era uma festa, recebendo amigos, familiares...
— Friederich, não comece...! — Me viro de frente para ele, tentando empurrá-lo, mas ele me prensou contra a bancada, me beijando docemente. Seu beijo era sempre o meu ponto fraco. Ele podia conseguir fazer o que quiser comigo somente ao me beijar.
E eu sei que já fui muito apontada por terceiros, e muitos me olham com um olhar evidente de julgamento sempre que saio na rua abraçada com Friederich. Já fui chamada de interesseira, puta, e muitas outras coisas... mas eu ignorei. Ninguém tem nada haver com minha vida. E eu não quero nada de Friederich a não ser o seu amor incondicional.
Ele estava tão feliz! E eu mais ainda por vê-lo sorrindo pelos corredores, como um bobo. Ele estava tão derretido de amores com a Jude depois que ela nasceu, e quando Dejota anunciou a segunda gravidez, eu achei que ele teria uma parada cardíaca de tão feliz que ele ficou. Seus olhos sempre estão brilhando e isso não tem dinheiro no mundo que compre.
— Sarahy! Friederich! Rápido! Rápido! — Max apareceu na cozinha, ofegante. Me separei rapidamente de Friederich, meio envergonhada de ter sido flagrada, mas acho que pelo estado que Max estava, ele nem se importou com isso.
— O que aconteceu? — Friederich questionou.
— O... o... o... bebê. O bebê está nascendo!
É... tédio é o que não iria existir nessa casa...
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MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY)
Romance"Eu me apaixonei pelo jeito que você me tocou, sem usar as mãos". PLÁGIO É CRIME! CRIE, NÃO COPIE :3