⏩ C a p í t u l o || TRINTA E SEIS ⏪

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Canadá, Toronto – 19h:23m PM


— Isaac, estou ocupado! — Dejota resmungou, sendo puxado para fora do quarto pelo amigo, contra a vontade, já que estava em seu momento de meditação, mesmo que estivesse certo de que o quarto não era o melhor lugar para isso, mas no momento, ele achava melhor assim.

— Anda logo, resmungão! — Isaac exclamou, o levando até a sala. E Dejota estancou assim que viu Yuri, parado no meio da sala, com as mãos nos bolsos e um olhar arrependido.

— Yuri? — Dejota murmurou, surpreso.

— Posso dá um abraço no meu... amigo? — Pediu, com um sorriso confortante nos lábios. Dejota sorriu largamente, assentindo, e correndo em direção ao amigo. Ambos se abraçaram fortemente, como se tivessem passado anos sem se verem. — Desculpa, Dejota-kun. Não devia ter me afastado.

— Tudo bem. Você teve seus motivos.

— Okay, chega de melação! — Isaac interveio, separando os dois. Dejota riu.

— Isso é ciúmes? — Provocou.

— Prevenção. É diferente. Sou mais amigo seu do que ele. — Ditou, seguro de si.

— Aliás, que milagre é esse de vê-los juntos e não estão se matando? — Dejota observou, estranhando. Yuri suspirou, coçando a cabeça.

— Eu tentei vir falar com você há alguns dias, mas como não pude, fui procurar Isaac, já que é o mais próximo de você. Conversamos e... demos uma trégua. Por você. — Explicou, arrancando um sorriso de Dejota.

— Fico feliz que tenham feito isso.

— Pois eu não! A pedrada que ele me deu ainda está doendo! — Isaac resmungou, cruzando os braços.

— Era uma pedra pequena. E já faz dias. Você só está fazendo drama. — Yuri rebateu, indiferente.

— E sobre vocês terem dado uma trégua...? — Dejota interveio, irônico. Isaac bufou, revirando os olhos.

— Okay! — Isaac resmungou, puxando um cigarro do bolso. — Acende aqui. — Pediu, estendendo o cigarro para Dejota, que olhou duvidoso para Yuri. — Relaxa, já contei dos seus poderes para ele.

— Você contou?! — Dejota exclamou, surpreso.

— No começo, achei que fosse invenção dele. Sou meio cético em relação a isso.

— Vai, Deh. Mostra para ele. — Disse, estendendo novamente o cigarro. Dejota suspirou, nervoso. Estalou os dedos, fazendo surgir uma pequena bola de fogo, na qual Isaac encostou a ponta do cigarro, o acendendo e levando à boca, tragando vagarosamente. Yuri olhava a tudo com surpresa, meio incerto do que via.

— Como você...?

— Fui fruto de uma experiência quando criança, e isso me trouxe incontáveis poderes, na qual nem mesmo eu consigo controlar às vezes.

— Uau! Isso é... no mínimo, inacreditável. Primeiro máfia e agora poderes?! Eu tenho amigos estranhos... — Comentou, risonho.

— Ah, então me considera como seu amigo? — Isaac provocou, o olhando.

— Um amigo complicado e muito mal educado, mas sim, Isaac. Te considero meu amigo. — Ambos se entreolharam, sorrindo. Dejota observou os dois, meio duvidoso.

— Tem certeza que é só amizade? — Dejota provocou, chamando a atenção dos dois.

— Brinca com isso de novo e não vai ter poder no mundo que me impeça de fazer você engolir os próprios dentes! — Isaac ameaçou, com a expressão séria. Yuri sorriu. Sentiu falta de ter Dejota por perto, e até mesmo da forma desbocada de Isaac.

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora