Canadá, Toronto – 18h:55m PM
— Dejota... — Max aproximou seu rosto de Dejota, ambos com a respiração dificultada. E faltava tão pouco... Seus lábios estavam a um centímetro de se encostarem. Max ergueu o dedo, passando no canto da boca de Dejota, e se afastando em seguida. — Estava sujo de bolo. — Ditou, deixando Dejota confuso à princípio. O garoto bufou, subindo o short e se levantando da cama, indo até a varanda e ficando lá, observando a cidade à noite e sentindo o frio bater contra seu corpo. Dejota cruzou os braços, a expressão fechada e insatisfeita. — Algum problema?
— Só sabe me perguntar isso? — Dejota rebateu, ácido. Max suspirou, se aproximando do noivo e apoiando as mãos na varanda.
— Se pergunto, é porque quero saber. Dejota... Bento maltratou muito minha mãe e minha irmã. Não quero que aconteça o mesmo com você. Ele é perigoso e quer te fazer mal. — Dejota se encostou no gradil, respirando fundo.
— Você quer ser diferente do seu pai?
— Claro que sim.
— Seu pai já traiu sua mãe?
— Todos os dias.
— E o que você está fazendo agora? — Dejota rebateu, seguindo para o banheiro, apenas encostando a porta e retirando a roupa. Max continuou parado, refletindo sobre o que seu noivo havia dito. E constatou que Dejota estava mais que certo. Aquilo de certa forma, o deixou mal. Tudo que Max queria era ser diferente de Bento, ele odiava o pai e fazia de tudo para fazer as coisas do jeito certo, diferente do que seu pai fez. Mas nem ao menos parou para pensar que estava agindo tal qual igual a ele. Traindo Dejota na frente dele e nem ao menos parando para pensar no que o garoto sentia sobre isso.
— Dejota! — Max chamou, se sentindo culpado. Entrou no banheiro sem se preocupar, indo até o noivo e o abraçando pela cintura, acabando por ficar molhado também. Dejota rapidamente o afastou, pondo suas luvas que estavam sob a pia, visivelmente nervoso. Max o olhou, desconfiado. — Por que colocou as luvas?
— Eu... eu... Eu já falei que tenho agonia em ficar sem luvas. — Disse, nervoso. Max suspirou, resolvendo não questionar mais sobre isso. Ao menos, hoje não. Mas não deixaria essa passar por muito tempo. Agonia até mesmo no banho? Já seria frescura demais.
— Que seja! Me perdoa. É que fazia tanto tempo que eu não me envolvia com alguém que... Bárbara logo me encantou, de certa forma. Mas não se preocupe, não estou gostando dela para valer. É só... atração carnal.
— Você não me deve satisfações.
— Devo sim. Eu prometi a mim mesmo que iria zelar por esse casamento. Mesmo que seja somente por alianças, não existe divórcio. E se vamos viver juntos para o resto das nossas vidas, então... eu tenho que pensar em você também. Desculpa. Eu não pensei direito. Fui egoísta. — Dejota suspirou, pegando a toalha e enrolando na cintura.
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MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY)
Romance"Eu me apaixonei pelo jeito que você me tocou, sem usar as mãos". PLÁGIO É CRIME! CRIE, NÃO COPIE :3