⏩ C a p í t u l o || VINTE E DOIS ⏪

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(Não revisado)

Canadá, Toronto – 14h:25m PM

A nova mansão na qual Dejota e Max iriam conviver de agora em diante era realmente algo de outro mundo. Angellina era privada de muitas coisas, e como seu melhor passatempo era gastar, ela não poupou esforços para gastar uma fortuna em uma belíssima mansão no centro da cidade, composta por 5 pavimentos e com um jardim imenso, cheio de plantas de vários tipos, árvores grandes, flores exóticas e belas, e as três piscinas na área de lazer. A suíte principal ocupava o quinto andar inteiro, recebendo uma vista incrível de quem ficasse lá. Porém, os demais quartos não ficavam por fora. Eram grandes, espaçosos, carregados de luxo e decorações valiosas.

Max de certa forma, odiou o “presente”, afinal, seriam somente duas pessoas que viveriam ali. Sempre gostou da simplicidade. Para mapear e saber onde ficava tal ambiente, seria certamente semanas andando para lá e para cá até decorar onde ficava cada coisa.

Já Dejota não se admirou. Estava acostumado com aquilo, e para ser sincero, ele gostava de luxo, e se sua família tinha condições, então... por que não?

E como vou ficar agora? — A ama Sarahy questionou, meio perdida, já que agora Dejota viveria com o marido.

— Ama, pode voltar para a França se quiser. Mamãe e papai te adoram, certamente ficarão felizes com sua volta. — Dejota sugeriu, pousando a mão no ombro da garota. Mas, senhor, eu fui mandada para cuidar do senhor! — rebateu, controlando seu tom.

— Bom... então... o que acha de ajudar a dona Marta na cozinha? Eu amo sua comida e assim terei você por perto para quando eu precisar. — Dejota sugeriu novamente, sorrindo. A garota abriu um largo sorriso, encantada com o seu patrão. Sempre fez todos os gostos do rapaz, desde quando eles eram crianças, já viviam juntos. E isso acarretou em uma paixão platônica, na qual ela sempre sofreu calada, justamente por saber que Dejota não era hetero, e agora ele estava casado com o Capo da máfia. Era inalcansável, mas ela sempre se contentou em ficar perto dele, cuidar dele, tocá-lo raramente. Dejota era tão doce, tão simpático e tão gentil, que a garota não pedia nada mais que sua presença. Só em vê-lo, ela já se sentia bem. Acreditava ter nascido para serví-lo eternamente.

— Sim! Eu aceito! — Sarahy concordou de imediato, sorrindo. Dejota contornou um lindo sorriso para ela, que logo se derreteu toda com o gesto simpático do rapaz.

— Mãe! Qual é?! Eu já sei, okay?! — Dejota ouviu Max resmungar, na entrada da mansão, ouvindo inúmeras interjeições de sua mãe.

— Não se esqueça de se alimentar no horário correto, e nada de comer porcarias! — Exclamou, fazendo Max revirar os olhos.

— Mãe, eu não vou me mudar para outro País. Ainda poderemos nos vermos a hora que quisermos. Então... tchau! — Max pegou as malas, as levando para dentro.

— Ei, seu bunda mole! — Dejota reconheceu a voz inconfundível de Isaac. O garoto correu, pulando nos braços de Dejota, em um abraço de urso. — Nunca pensei que fosse dizer isso, mas porra! Senti sua falta, mano. E que lua de mel flash foi essa? O negócio é tão rápido assim, é? — Brincou, recebendo uma cotovelada no estômago por Dejota. Ele gemeu de dor, rindo em seguida.

— Você é um completo idiota! — Dejota resmungou, revirando os olhos.

— Nossa, é assim que se recebe um amigo? Aliás, eu vi uma coisinha que é a sua cara. Vamos lá?

— Agora?

— Não, no dia 35 de fevereiro! É claro que é agora, lerdeza! — Ironizou, já puxando Dejota pelas ruas até ambos pararem em frente a uma loja de animais. Dejota encarou o amigo, confuso.

— Por que me trouxe aqui?

— Bem, é o meu presente de casamento. Espera aqui. — Isaac falou, já entrando na loja e não esperando nenhuma resposta. Dejota suspirou, não vendo escolhas se não atender ao pedido de Isaac, que longos minutos depois, saiu da loja com um cachorrinho nos braços.

 Dejota suspirou, não vendo escolhas se não atender ao pedido de Isaac, que longos minutos depois, saiu da loja com um cachorrinho nos braços

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— Dejota, conheça o pequeno Orbez. — Isaac falou, entregando o pequeno cachorrinho nos braços de Dejota, que estava encantado com aquela criaturinha.

— Isaac... ele é tão... lindo! — Exclamou, fazendo um carinho na cabeça do cachorro. Estava vestido com uma roupinha e lambia o rosto de Dejota, demonstrando alegria.

— Já que seu casamento não é lá essas coisas, então que ao menos não se sinta sozinho quando estiver em casa. Então... este é o meu presente. — Isaac falou, rindo. Dejota sorriu largamente, encarando Isaac.

—  Muito obrigado, Isaac!!! — Agradeceu, o abraçando fortemente.

— Aii!!! Menos força aí! — Exclamou, gemendo de dor. Dejota se afastou rapidamente, o olhando.

— Desculpa, te machuquei?

— Ah, talvez deslocou o ombro, nada demais. — Exagerou, fazendo drama. — Vai me pagar um X-tudo por conta disso. E também... me explicar sobre aquela coisa irado que você fez na igreja. Cara, você me fez gostar de ir em casamentos. Vamos! — Exclamou, e ambos riram, seguindo juntos para a lanchonete mais próxima, juntamente com o novo Pet de Dejota.

— Dejota?!! — Dejota olhou para trás, ficando surpreso e confuso ao ver Yuri, carregado de malas e o mesmo livro da viagem em mãos. Os fones nunca saindo do seu pescoço, parecendo finalmente ter um descanso.

— Yuri?!! O que faz aqui? Achei que passaria em Califórnia. — Comentou, surpreso, vendo o garoto se aproximar.

— E eu ia. Estava com as passagens compradas. Mas meus tios disseram que estavam entrando em uma colônia de férias e que não daria tempo de eu chegar lá nem para dizer oi. Então, eu peguei um metrô e saí procurando um lugar para comer. Estou meio perdido, sabe?

— Que ótimo então! Nós vamos comer algo na lanchonete. Quer vir com a gente? — Dejota convidou.

— Não sou fã de fast-food, mas uma vez não vai matar, né? Quero sim.

— Ótimo. E antes que eu me esqueça, Yuri, este é meu amigo, Isaac. Isaac, este é o Yuri, o conheci no Japão.

— E por que não ficou por lá? — Isaac rebateu, com descaso.

— Isaac! — Dejota repreendeu. Yuri sorriu, sarcástico.

— Porque consegui uma bolsa para estudar na melhor faculdade do Canadá, e logo estarei formado em Patologia Forense. — Orgulhou-se, e Isaac ergueu uma sobrancelha em questionamento.

— Pato... o quê?!

— Patologia Forense. A área que estuda...

— Tá, tá! Chega, não me interessa saber sobre seja lá o que você disse. Já estou ficando com sono. Vamos logo, porque minha fome está aumentando. — Ditou, puxando Dejota. Yuri os seguiu, já não gostando do jeito desleixado e desinteressado de Isaac.

Ambos eram como água e óleo, não se misturam.

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora