— Então está tudo bem mesmo entre vocês? — Yuri questionou, tomando um pouco do seu milk-shake. Dejota assentiu.
— Acho que sim. Faz um bom tempo que não brigamos, e voltamos a dormir juntos. — Comentou, com um leve sorriso nos lábios.
— Dormir em que sentido? — Isaac questionou, curioso.
— Só dormir, Isaac. — Dejota rebateu, com um olhar repreensor.
— Então você dois estão sem sexo? Que tipo de relacionamento é esse?!
— O tipo de relacionamento onde juntam um gay e um hetero. — Isaac revirou os olhos, chateado.
— Esses heteros são um saco! Que inferno. Só complica para o nosso lado! — Isaac resmungou, tomando um generosa quantidade de whisky.
— Independente de ser hetero ou gay, o que importa é o respeito. E ao que parece, Dejota e Max estão se respeitando. — Yuri comentou, casualmente. Isaac o encarou, com descaso.
— Me diz uma coisa, japonês, você ficaria com uma pessoa o resto da vida sem haver sexo? — Questionou, arqueando uma sobrancelha.
— Não. Quer dizer, não sei. Depende do que ambos sentem. Se é um amor forte, pode superar qualquer coisa, e o sexo não é o mais importante. — Isaac revirou os olhos, negando com a cabeça.
— Esse papo de amor é papo furado. É ilusão. As pessoas só sabem brincar com as outras. Não sabem dá valor. — Resmungou, desviando o olhar, cabisbaixo.
— Isaac... — Dejota murmurou, sentido, sabendo que o garoto ainda sofria por conta das atitudes frias de Vitor.
— Perdi alguma coisa? — Yuri questionou, confuso.
— Perdeu uma bela história. — Dejota comentou, sorrindo fraco.
— Isaac! — Alguém gritou, de longe. Os garotos seguiram o som da voz, vendo Vitor se aproximar, com certa raiva.
— Pai? O que faz aqui? — Isaac questionou, engolindo em seco.
— Você estava de castigo, moleque! Lembra o que fez?! Vou te dá uma lição que você nunca mais vai esquecer! Vamos! — Vitor o puxou pelo braço, mas Dejota puxou o amigo de volta, tendo mais força que Vitor para isso.
— Ele não vai a lugar nenhum com você! — Dejota exclamou, se colocando na frente de Isaac, com um olhar desafiador.
— Não se envolva! Ele é meu filho, dele cuido eu! — Vitor exclamou, irritado.
— Acho bom baixar esse tom de voz. Eu não sou surdo e muito menos idiota. Sei muito bem o que você faz na máfia e na sua própria família. Pode ter certeza, Vitor, seus dias na máfia estão contados. — Vitor não respondeu, apenas olhou irritado para Isaac e logo em seguida virou às costas, saindo.
— Espera aí... você disse “Máfia”? — Yuri questionou, chamando a atenção de Dejota e Isaac. Ambos se entreolharam, não sabendo como explicariam aquilo para Yuri.
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