⏩ C a p í t u l o || VINTE E OITO ⏪

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(Não revisado)

Canadá, Toronto – 23h:05m PM

— Reuni todos aqui, porque quero passar um comunicado importante, e que eu realmente espero que ouçam com atenção. — Max falou, imponente, enquanto tinha todos os seus soldados da máfia com a atenção para si. Ele olhou para Dejota, o chamando para perto de si. Assim Dejota fez, e nem mesmo usava mais as luvas. Estava confiante e destemido. — Juntamente com algumas regras que mudei na facção, uma delas é que terei à partir de hoje, Dejota Vermont ao meu lado, me auxiliando e comandando a máfia junto comigo. — Informou, e os murmúrios e reclamações não demoraram a surgir. Dejota sorriu, passando seu olhar atenciosamente para cada um ali. Sabia exatamente o que cada um estava pensando sobre aquilo. E pôde ouvir coisas horríveis, mas ele não se importava, muito pelo contrário, ele amava causar uma discórdia, adorava receber atenção, seja de qual for. E amava ainda mais ser temido, sem precisar esconder o que era. Ele estava finalmente livre para ser ele de verdade, para ser útil para a máfia.

— Ele não pode atuar na máfia! Deixaram bem claro que essa mulherzinha tem que ser uma submissa! — Um soldado exclamou, mas em segundos, ele havia virado carvão, queimado pela bola de fogo que Dejota havia arremessado no homem. Todos gritaram, se afastando do corpo tostado. Até mesmo Max o encarou perplexo.

— Mais alguma reclamação? — Dejota questionou, tranquilo, com um olhar superior. No mesmo instante, não foi ouvido uma letra sequer. Todos estavam calados, assustados.

— Okay... meu marido já deu o recado. Bem, deixo avisado, que algumas mudanças vão acontecer à partir de agora. Incluindo, novos integrantes que chegarão em menos de 24 horas. — Novos murmúrios começaram, alguns de desgosto.

— NÃO QUEREMOS ESSA ABERRAÇÃO NA MÁFIA! NÃO É JUSTO!!! — Um dos soldados gritou, arrancando um sorriso presunçoso de Dejota. Aquele adjetivo já não o incomodava mais. O garoto estalou os dedos, fazendo surgir uma bola verde, eletrizada.

— A única aberração aqui é você. — Dejota rebateu, atingindo o homem com a bola verde, que lentamente, foi o destruindo por dentro, quebrando seus ossos, corroendo sua carne, o fazendo se contorcer, gritando de dor. — Eles não aprendem... — Dejota murmurou, balançando a cabeça em negativa e cruzando os braços.

— Okay, chega de matar nossos soldados. — Max falou, abaixando as mãos de Dejota, que apenas sorriu com inocência, como se não tivesse feito nada de errado. — Bem, o recado está dado. Gostem ou não, é assim que será de hoje em diante. E quem não gostar, bom... acho que já receberam uma demonstração do que pode acontecer, não é? — Olhou sugestivo para Dejota, o que fez o garoto sorri. — Podem voltar para seus postos. Vamos, Dejota. — Ambos retornaram para dentro da casa, indo diretamente para o quarto.

— Muitos odiaram sua regra. — Dejota comentou. Max sorriu, assentindo.

— Eu já imaginava que seria assim. Mas estou feliz que está controlando seus poderes. — Comentou, o que fez Dejota sorri.

— Sim! Não é demais?! Não vivo com mais tanto medo de machucar alguém, não preciso mais das luvas, e consigo fazer coisas incríveis que antes eu não fazia ideia que eu era capaz. Me sinto muito melhor. — Comentou, suspirando.

— Fico feliz por você. E se quer saber... eu não imaginava que você fosse tão...

— Tão...? — Incentivou.

— Sangue frio. — Respondeu, o que fez Dejota gargalhar, caindo de costas na cama.

— Não sou sangue frio, eu sou um anjinho, Max. Eu jamais faria mal a alguém. — Brincou, fazendo uma expressão de inocente e uma voz doce, o que fez Max estreitar o olhar.

— Okay, agora sim você me deu medo. Eu vou tomar banho e logo o jantar será servido. — Dejota assentiu, vendo Max se dirigir para a porta, saindo do quarto. O garoto suspirou, chateado. Por mais que ambos não se dessem bem, já estava acostumado a dormir ao lado de Max, mesmo que ambos não se encostassem, não se falassem, não se olhassem, estavam ali, juntos. Agora não havia mais isso. E mesmo que Dejota não soubesse, aquilo estava perturbando os dois.

A hora do jantar foi um tanto quanto silenciosa. Ambos queriam falar, mas a voz não saía, então o silêncio prevalecia.

— Dejota/Max. — Ambos chamaram o outro ao mesmo tempo, o que causou uma curta risada entre os dois.

— Pode falar primeiro. — Dejota falou, risonho.

— Bom... não era nada importante... É que fomos convidados para um jantar beneficente, onde o dono que dará a festa é o Capo italiano. — Max falou, dando de ombros.

— Hm... Legal. — Respondeu, baixo.

— E o que você queria me dizer? — Max questionou, deixando Dejota hesitante.

— Eu... não quero dormir sozinho... — Murmurou, um tanto quanto envergonhado e com receio da reação de Max. O maior o encarou, fixamente.

— Podemos dormir juntos novamente se quiser... — Max sugeriu, meio sem jeito. Dejota apenas assentiu, e depois disso, o jantar fluiu normalmente.

— Senhor, precisa de mais alguma coisa? — Sarahy questionou, assim que ambos terminaram o jantar. Dejota encarou Max, na qual devolveu o olhar, não precisando de palavras.

— Bom, eu vou mudar minhas coisas para o seu quarto. Tudo bem? — Max falou, e Dejota assentiu, sorrindo. Max se levantou, saindo da sala de jantar e seguindo para o quarto.

— Sarahy, precisamos conversar. — Dejota avisou, não sabendo ao certo como começar aquilo. Não queria magoar a garota.

— Fiz algo de errado? — Questionou, com um olhar preocupado. Dejota suspirou, sentindo que era mais difícil do que pensava.

— Não. Não fez nada de errado, mas... como eu posso falar isso...? Sarahy, você sabe que eu te tenho como minha irmã, não sabe? — A garota assentiu, meio incomodada. — E você tem o mesmo sentimento por mim? — ela se calou por um tempo, não sabendo o que responder.

— C-claro que sim...

— Eu posso ler seu pensamento, Sarahy... — A garota começou a chorar, envergonhada, e rapidamente se ajoelhou, abaixando a cabeça.

— Me perdoa, senhor! Juro que tentei ignorar! Mas... foi muito mais forte do que eu. — Dejota suspirou, observando a garota.

— Levante-se. — Ordenou, em um tom baixo. Ela prontamente obedeceu, secando as lágrimas. — Sarahy, eu realmente não sei o que fazer. Não quero que se sinta dessa forma. Talvez seja melhor para você voltar para a França.

— Não!! — Ela novamente se ajoelhou, abraçando a perna de Dejota. — Por favor, deixe-me aqui! Eu prometo agir somente como empregada, eu vou esquecer esse sentimento! Eu prometo!

— Sarahy, não é tão simples assim. Não vai ser fácil para você estando perto de mim.

— Não é problema, senhor. Eu me conformo em somente poder obedecê-lo. Por favor, não me mande de volta para a França. Eu imploro! — Dejota suspirou, assentindo.

— Tudo bem. Se você quer assim, então eu vou permitir. Pode se retirar. — Ela assentiu, saindo rapidamente do cômodo. Dejota se levantou, subindo para seu quarto, vendo Max terminando de dobrar algumas roupas.

— Como foi? — Max questionou, o olhando.

— Difícil.

— Eu imagino. Cansado? — Dejota sorriu, assentindo. Retirou a roupa, vestindo apenas uma samba-canção vermelha, deitando na cama e se cobrindo com o edredom. Max deitou ao seu lado, e Dejota se assustou quando sentiu os braços de MAX envolverem sua cintura, juntando seus corpos.

— Max...?

Boa noite, Dejota. — Foi tudo que Max falou, deixando um beijo casto na nuca do marido, fechando os olhos em seguida. Dejota custou a dormir, mas logo se acomodou, deixando que Max o abraçasse, e assim ambos adormeceram, sabendo que estavam no lugar certo, com a companhia certa. Mesmo que estes, ainda não tenham se dado conta disso.

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora