⏩ C a p í t u l o || QUARENTA E SETE ⏪

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— Ele não consegue ficar sossegado em casa?! Mas que porra! — Max resmungou, mandando incontáveis mensagens e ligações para Dejota, porém, o mesmo não respondia. Então decidiu rastrear o celular, reconhecendo o edifício abandonado no centro da cidade. Dejota era particularmente um viciado em celular, e se não estava respondendo, nem atendendo as ligações, certamente algo havia acontecido.

Max pegou apenas uma arma, a colocando no cós da calça, sem muita paciência, e logo adentrou o seu carro, seguindo para o edifício o mais rápido que podia, até ultrapassando alguns sinais vermelho.

De longe, ele podia ver que Dejota não estava sozinho. E logo se apressou em subir as escadarias, até chegar ao terraço, reconhecendo o português que havia o atacado há algum tempo, e os dois amigos de Dejota, que estavam encurralados, na ponta, quase caindo dali de cima. Seu coração se comprimiu ao ver Dejota ainda desacordado, com uma vermelhidão em seu braço que ia sumindo vagarosamente.

— Merda! — Max praguejou, não sabendo a quem recorrer primeiro. Mas sabia que Dejota iria ficar bem. Ao menos assim ele esperava. Então correu na direção do português, pulando em seu pescoço, o derrubando. — Tirem Dejota daqui! — Max ordenou ao dois que estavam ali, e prontamente eles obedeceram, carregando Dejota até o canto, tentando acordá-lo à todo custo.

Max se descuidou, recebendo um soco no rosto, mas isso não o abalou. Ele não estava com medo, estava irritado. E nem mesmo ele podia entender o nível de fúria que lhe consumia no momento em que viu Dejota desacordado, machucado.

— Max Lippman! Você é tão burro de aparecer aqui sozinho? Agora você facilitou demais para mim! — O português zombou, formando uma nova bola de fogo.

— Eu vou acabar com você, seu português desgraçado! — Max rosnou, em fúria. O homem riu, arremessando a bola de fogo na direção de Max, porém, Max apenas rebateu com a mão, fazendo a bola sumir no ar.

— O quê? — O Português murmurou, espantado, é rapidamente jogou outra bola de fogo, porém, Max fez o mesmo processo, não sendo afetado por isso. — Como você...? — O português murmurou, espantado, vendo Max vir em sua direção.

— Nunca mais chegue perto do meu esposo! — Max exclamou, o alcançando, socando setu rosto com toda a força, o deixando zonzo por alguns segundos. Depois veio outro, mais outro, e outro, até tê-lo caído no chão, sangrando. Max finalizou acertando o ponto que localizava o chip, arrancando um grito alto do português, que se contorcia de dor, até apagar completamente.

— Max...! — Dejota chamou, ainda meio tonto. Max o olhou, sorrindo ao ver que seu menino estava bem. Não esperou nenhum instante para ir até o garoto, o abraçando fortemente, o beijando, não se importando com a presença de Isaac e Yuri, que ainda estavam ali.

— Você está bem? E o bebê? Se sente mal? — Max questionou, segurando o rosto de Dejota com ambas as mãos, o observando minuciosamente, com preocupação. Dejota sorriu, envergonhado.

— Estou bem. Desculpa... não conseguia prolongar o time dos meus poderes. Acabei sendo atingido. — Confessou, entristecido.

— Não importa! Nada importa. Apenas você e o nosso filho. Você me encheu de preocupação, sabia?! — Max reclamou, o puxando para um novo abraço, prendendo o garoto contra seu peito. Dejota retribuiu.

— Como conseguiu rebater aquelas bolas de fogo? — Dejota murmurou, com a voz abafada, no peito de Max.

— Amor, eu sofri coisas muito piores do que fogo. Digamos que meu corpo se adaptou.

— Vou pedir para Friederich examinar você. — Dejota ditou, ignorando o argumento de Max, que apenas riu, abraçando mais forte o garoto.

— Por um momento achei que iríamos morrer. — Yuri confessou, ainda tremendo após tudo que presenciou. Isaac suspirou, o olhando.

— É tudo minha culpa...

— Isaac, não! Não é sua culpa.

— Claro que é! Eu que chamei a atenção, atirando para o nada, só pro raiva.

— Isaac, eu refaço minha proposta. Venha morar comigo. Vai ficar livre de tudo isso. — Yuri pediu, pousando sua mão sob a de Isaac, que não se importou. Estava com um olhar baixo, triste.

— Não. Ele me caçaria até no inferno. Não quero te colocar na minha bagunça. — Murmurou, cabisbaixo. Yuri o olhou, sorrindo.

— Está preocupado comigo? — Questionou, timidamente.

— O quê? Não! Claro que não! — Negou, mas seu tom não fora tão convincente.

— Por que continua negando? Você também gostou quando nos beijamos, não foi?

— Japonês... não me provoca! Eu estava bêbado, okay?

— Vai colocar a culpa na bebida? Qual é, Isaac?

— É a verdade. O que você quer que eu diga?

— Que gostou de ficar comigo. — Isaac desviou o olhar, mas logo Yuri puxou seu rosto, o fazendo o encarar. — Pode tirar a prova agora se ainda tem dúvidas.

— Pare de ficar me provocando, japonês! Pode se arrepender disso.

— Não vou me arrepender. E eu tenho certeza que você também não. — Não precisou de mais nada. Yuri o puxou para um beijo calmo, saboreando cada segundo e cada centímetro de sua boca. Ambos envolvidos.

Dejota assistiu a cena, cobrindo a boca para não estragar o momento dos dois. E então se levantou, chamando Max e pedindo para não fazerem barulho. E então ambos saíram dali, deixando Isaac e Yuri sozinhos, que nem ao menos perceberam a fuga dos dois.

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora