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 Canadá, Toronto – 05h:03m AM

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Canadá, Toronto – 05h:03m AM

Dejota fora o primeiro a ficar de pé, vendo que Max ainda dormia. Ambos passaram a noite conversando e se conhecendo. Assistiram filmes e até iniciaram uma série para verem juntos, seria rotina ver no mínimo um episódio por dia.

O garoto se levantou, observando o movimento da casa pela janela. Os convidados ainda estavam no jardim, alguns bebendo, outros comendo aperitivos. Certamente, estavam aguardando a exposição do lençol com sangue, para terem certeza de que o casamento fora consumado.

Dejota suspirou, pegando o lençol branco na qual dormia e cortando o pulso com uma lâmina de barbear, passando o corte no lençol, o manchando com o sangue do ferimento. E em segundos, aquele ferimento sumiu, como se nada tivesse acontecido.

As batidas na porta o assustou, e Dejota logo constatou que devia ser alguém mandado para pegar o bendito lençol. O garoto abriu a porta, vendo a sua ama Sarahy o aguardando. Ela estava visivelmente envergonhada.

— Senhor... eu vim buscar o lençol. — Pediu, cabisbaixa.

— Imaginei. Aqui. — Entregou o lençol com a mancha de sangue. A mulher o pegou, se retirando logo em seguida. Dejota fechou a porta novamente, seguindo até a varanda e apoiando as mãos no gradil, vendo o seu lençol ser exposto em um varal. Todos aplaudiam e comemoravam novamente. Era uma tradição tão antiga e nojenta que Dejota sentiu vontade de acabar com aquela palhaçada toda de uma vez só, mas não faria nada. Agora não podia usar seus poderes sem que as pessoas soubessem que era ele o causador.

— O que você fez? — Max apareceu ao seu lado, sonolento e com os cabelos bagunçados. Dejota suspirou, contornando um curto sorriso.

— Eles não especificaram de onde o sangue deveria sair. — Insinuou, movendo o braço esquerdo, na qual ele havia feito o corte, mas já não havia mais marcas ou vestígios de ferimento ali. Max sorriu, um tanto quanto aliviado. Mas ainda preocupado com Dejota. Ele estava fazendo aquilo por ele, mas não para si mesmo.

— Dejota... De qualquer forma, não precisava fazer isso. — Max murmurou, mas Dejota sorriu, o encarando.

— Está tudo bem, Max.

— Por que você faz isso?! — Alterou a voz, o encarando irritado.

— Isso o quê, Max?

— Porque diz que está tudo bem quando está óbvio que você não está?! Droga, Dejota! Eu odeio isso! É tão difícil para você falar o que sente?! — Dejota respirou fundo, o encarando.

— Max, em toda a minha vida eu não podia dá opinião da minha própria existência. Tudo que eu queria, era errado. Fui criado fazendo a vontade dos outros, dos meus pais, dos meus irmãos, da máfia. E se eu falo o que penso sobre algo, eu sou ameaçado ou então sou repreendido. Para você deve ser fácil. Agora que é o Capo pode fazer o que quiser. Mas eu não! Todos querem ver um capo e a porra de um submisso! Eu... eu não sei lidar com isso, Max... — Confessou, baixinho. Max suspirou, sabendo que ele tinha razão. Todos esperavam o mínimo de Dejota. Queriam ver um garoto assustado, obediente e calado. Tal qual igual deveria ser o papel da mulher na máfia.

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora