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 Canadá, Toronto – 23h:30m PM

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Canadá, Toronto – 23h:30m PM

Max e Dejota se despedem, adentrando no avião. Iriam ao Japão, para a viagem de lua de mel na qual Angellina havia preparado para os dois. Dejota se acomodou na poltrona, próxima à janela. E Max se acomodou na poltrona ao seu lado, respirando fundo.

— O que pretende fazer, agora que é o Capo? — Dejota puxou assunto, tentando diluir o pensamento de que a viagem era por conta da lua de mel. Max o olhou.

— Primeiramente, mudar algumas regras idiotas. — Suspirou.

— Como por exemplo... consumar o casamento? — Dejota questionou, virando o rosto para a janela. Max o fitou, notando que Dejota tocava muito naquele assunto. Ele ainda estava chateado, mas não podia fazer nada.

— Dejota... desculpa se fiz você passar por isso, mas...

— Max, não precisa me dá lição de moral. Você já deixou bem claro que é hetero. Penso eu que meus pais poderiam ter feito acordo com uma pessoa mais sensível. — Comentou, sem olhá-lo. Max suspirou, não obtendo resposta para aquilo, então apenas se calou o restante da viagem.

Japão, Tokyo – 18h:45m PM
Four Seasons Hotel Tokyo at Marunouchi

— Este é o quarto que vamos ficar. Uma bela suíte. — Max falou, conferindo sua agenda. Dejota olhou em volta. Tudo era muito lindo e luxuoso. Um dos melhores hotéis 5 estrela de Tokyo, porém, não fazia sentido ele estar ali.

— Tanto faz. Vou tomar um banho... — Dejota murmurou, deixando sua mala no canto e seguindo para o banheiro, onde tirou a roupa, as luvas, e entrou na banheira, já cheia e com pétalas perfumadas na água. A água quente conseguiu relaxar seu corpo da tensão que sentia, pôde livrá-lo do estresse ao menos por um tempo. Era disso que ele precisava, de um descanso, sem pessoas o cobrando o tempo inteiro. Dejota suspirou, fechando os olhos e afundando na banheira. Aquilo era definitivamente revigorante.

Max fitou a cidade pela varanda, tudo lindo e movimentado. Tokyo era de fato espetacular. Não havia lugar melhor para uma lua de mel. Mas isso quando o casamento tem amor, quando ambas as partes se amam de verdade. Ele sabia internamente que não podiam viver no escuro para sempre. Uma hora ou outra, algo teria que acontecer entre os dois. Max sabia que Dejota era muito ético. Não iria ser infiel no casamento, mesmo que isso o fizesse ficar virgem pelo resto da vida. Pensava muito nos outros, mas pouco em si mesmo. Era uma responsabilidade que Max sabia que teria que aceitar e botar para jogo. Ele prometeu fazer esse casamento valer à pena, mas não imaginou que na prática fosse tão difícil, ainda mais quando se envolve outro homem na relação. Talvez se fosse uma mulher, tudo seria mais simples, talvez ele até poderia se apaixonar de verdade. Mas com um homem não era tão simples assim.

Dejota terminou seu banho uma hora depois, sentindo-se novo e revigorado. Saiu do banheiro com o roupão de banho, secando os cabelos com uma toalha branca. Max o observou atentamente. Dejota mal o encarava. Max não queria aquele clima em seu casamento, não foi assim que ele imaginou que seria, então pensou que teria que se sacrificar, não deveria ser tão ruim assim, certo?

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora