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Japão, Tokyo – 06h:20m AM

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Japão, Tokyo – 06h:20m AM

— Obrigado pela noite. Foi muito divertido! — Dejota agradeceu, cheio de sacolas de compras, já que por onde passava, ele comprava uma lembrancinha.

— Ora, de nada! Sou um cara da noite. Você já tem meu número de telefone, qualquer coisa é só ligar. — Yuri falou, risonho.

— Pode deixar! Até logo, então! — Acenou, na entrada do hotel.

— Até! — Acenou, já indo embora. Dejota sorriu, sentindo-se mais leve depois do passeio. Pegou seu cartão, passando na porta do quarto e a abrindo, vendo Max na varanda.

— Quem era aquele garoto? — Max questionou, vindo em direção à Dejota.

— Eu o conheci na noite passada. Se chama Yuri. — Dejota comentou, sorridente.

— Ah...

— Ele é muito divertido. Sabia que ele também vai morar no Canadá? Não é demais? Ele me mostrou tantos lugares lindos de Tokyo. Certamente vou querer vir aqui mais vezes... — Dejota falava, com um brilho no olhar, enquanto retirava suas compras das sacolas, a deixando sob a cama.

— Sei... Passaram a noite juntos?

— Sim! Nos encontramos por acaso e acabamos por nos tornarmos amigos. Ele é muito legal, devia conhecê-lo. — Dejota comentou, distraído com suas compras.

— Não tenho interesse. Mas achei que estava doente, no entanto passou a noite fora. E se tivesse passado mal?

— Foi só uma sensação ruim, não estou doente. Eu não fico doente. Mas posso fazer com que os outros fiquem. — Insinuou, com um sorrisinho de canto. Sabe... ultimamente, não está tão difícil controlar meus poderes, só preciso controlar meus sentimentos. Especialmente o de raiva.

— Menos mal...

— Uhum. Quer ir para algum lugar hoje? — Questionou, o olhando. Max fez uma careta, negando.

— Não estou muito afim.

— Tudo bem. Você que sabe. Eu vou passar em algumas lojas que vi no caminho para o hotel. Foi tanta coisa que nem tive tempo de ver as lojas aqui perto. — Comentou, com um sorrisinho de animação.

— Você não vai nem descansar?! Dejota, você passou a noite fora. Acabou de chegar e já vai sair de novo?!

— Ora, Max, não estou cansado. Tenho energia de sobra.

— Claro... — Murmurou, pegando o celular. — Vou resolver algumas coisas e volto logo, okay? — Dejota o olhou.

— Resolver o quê, Max? Estamos em lua de mel. Não tem que se preocupar com nada agora.

— Você sabe muito bem que essa lua de mel não é...

— Não é o quê?!! — Dejota o interrompeu, o encarando. — Fala, Max! Não é o quê?! — Max suspirou, resolvendo não esconder mais. Afinal, nem mesmo ele já estava aguentando fingir que tudo estava bem.

— Dejota, você sabe muito bem que nosso casamento foi por alianças, e que somos obrigados a ter essa lua de mel.

— Então por que transou comigo? — Sua voz saiu em um sussurro. — Responde. Por que diabos você transou comigo?!! — Alterou o tom, irritado.

— Você queria isso! Tocava toda hora no assunto e eu não quero que você se prenda só por minha causa! — Exclamou. Dejota o encarou, perplexo.

— Você... O QUE INFERNOS VOCÊ ACHA QUE SOU?!!! — Gritou, furioso. O chão e as paredes começaram a tremer, as lâmpadas piscarem e o vento ficar mais forte.

— Dejota, você precisa ficar calmo. — Max pediu, tentando se equilibrar.

— Me acalmar?!! VOCÊ ME USOU! Por acaso pensou em como eu ia me sentir?!! VOCÊ AO MENOS SE COLOCOU ALGUMA VEZ EM MEU LUGAR?!! — Max suspirou, não conseguindo proferir uma palavra. — Eu achei que... você tivesse mudado de ideia. Que... estava gostando de mim.

— Você sabe muito bem que eu não sou gay, Dejota.

— ENTÃO NÃO FIQUE POR AÍ TIRANDO A VIRGINDADE DE HOMENS!!! — Dejota gritou, aos prantos, saindo do quarto, batendo a porta. Por onde passava, causava destruição, já não conseguia mais controlar seus poderes, nem mesmo estando com as luvas. O garoto entrou em um beco qualquer, sentando-se no chão e abraçando as pernas, se acabando no choro. O sentimento de que fora usado predominava e naquele momento, Dejota havia se tocado de que realmente estava apaixonado por Max, por um homem que jamais olharia para ele. Entre ser rejeitado por vários Capos e se casar com um hetero que havia o usado, não havia muita diferença.

Japão, Tokyo – 01h:41m AM

Max suspirou, já não sabendo mais onde procurar Dejota. O garoto havia sumido por três dias seguidos. Max estava preocupado, quase entrando em desespero, até imaginou que o garoto poderia ter fugido ou até mesmo ido embora do País. Já tinha rodado a cidade de Tokyo inteira e nada de encontrar o marido.

Porém, a onda de alívio bateu quando Max viu Dejota passando pela porta do quarto, com uma roupa diferente da que havia saído. Max correu até o marido, parando em sua frente.

— Onde infernos você se meteu?! Te procurei em tudo quanto é lugar! — Max exclamou, tentando tocá-lo, mas Dejota desviou, passando por ele e retirando o cachecol, juntamente com o casaco. — Dejota... desculpa...

— Não volte naquele assunto. É passado. Toma. — Dejota entregou um envelope para Max, virando às costas para o marido e sentando-se na cama, retirando os sapatos.

— O que é isso?

— As passagens de volta para o Canadá. Sairemos amanhã à noite. — Avisou, em nenhum momento encarando o marido. Max bufou, sabendo que as coisas ficariam piores do que já estavam.

— Dejota, iríamos passar um mês aqui. Você estava adorando o Japão.

— Já aproveitei mais que o suficiente. Além disso, posso muito bem viajar outras vezes para cá. Sozinho, claro. — Ditou, retirando a camisa e se cobrindo com o edredom.

— Dejota, até quando vai agir assim?! Eu tentei agradar você!

— Mais uma palavra sobre esse assunto e eu coloco esse hotel abaixo! — Ameaçou, virando às costas para Max. Max suspirou, sabendo que não haveria mais como consertar aquilo. Dejota estava machucado, mas não queria demonstrar. Então usava e abusava da frieza, que naquele momento, era a sua melhor defesa.

— Se você quer assim... então que seja! — Max rebateu, saindo do quarto, batendo a porta com força. Dejota olhou para a porta, sabendo que não teria mais como salvar aquele casamento. E se Max havia visto ele como um objeto para ser usado, então ele não iria se importar com o velho Dejota. Aquele que sai para festas sem se importar, que fica com o primeiro que aparecer.

Naquele momento, Dejota não queria saber de mais nada.

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora