⏩ C a p í t u l o || DEZENOVE ⏪

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Japão, Tokyo – 22h:48m PM

— Céus, eu estou exausto! — Max exclamou, assim que retornou ao hotel juntamente com Dejota, que ainda estava elétrico e animado. Haviam andado por tantos lugares, que nem sabia se sobraria lugares para conhecer nos próximos dias da sua lua de mel.

— Imagino. Desculpa te fazer andar tanto. É que eu fiquei empolgado com a cidade. — Dejota comentou, risonho.

— Eu percebi. Mas que bom que se divertiu. Eu vou... tomar um banho. — Avisou, seguindo para o banheiro. Dejota apenas assentiu, retirando o cachecol, as luvas e o sueter, seguindo para a varanda e observando a linda cidade à noite. Tudo ficava mais lindo e encantador ainda. Dejota sorria, porém uma dor forte em seu peito o fez gemer de dor, se apoiando no gradil. Era uma sensação ruim, algo que o avisava de que algo não estava certo à sua volta. Um aviso de perigo. — Dejota? — Max se aproximou, preocupado. Dejota tossiu, fazendo sangue escorrer pela sua boca. — Dejota!!! O que você tem?! — Max questionou, o segurando pelo braço e checando sua temperatura.

— Uma sensação ruim... Tem alguma coisa errada... — Murmurou, não compreendendo o que estava acontecendo consigo mesmo.

— Vem, vamos deitar. — Chamou, o guiando até a cama, o fazendo se deitar. — Quer tomar alguma coisa? Um remédio, um chá...? — Dejota apenas negou, suspirando.

— Vai passar... — Max apenas assentiu, deitando-se ao lado do marido.

— Qualquer coisa, pode me chamar, tudo bem? — Dejota apenas assentiu, massageando o peito. Max se acomodou na cama, virando às costas para o marido e fechando os olhos. Dejota olhou para Max, confuso. Aquela dor só surgia quando estava perto de pessoas que iriam lhe fazer mal. Era um aviso do seu corpo. Mas a única pessoa que ele tinha por perto era seu marido. Dejota se levantou, pondo suas luvas, um sueter preto e um sobretudo azul royal, seguindo para fora do quarto, descendo para o lado de fora do hotel, sentando-se em um banco público que havia ali perto. A dor já não estava mais tão presente, o que só constatava o fato de que aquilo fora causado por Max. Mas por quê?  Isso Dejota se perguntava a todo momento, sem saber a resposta.

Kon'nichiwa! — Um homem se aproximou de Dejota, o cumprimentando. Era alto, moreno, e bastante elegante.

— Desculpa, não falo japonês. — Dejota murmurou, não querendo muita conversa. O homem sorriu.

— Ah, americano? — Questionou, na linguagem do garoto.

— Na verdade, sou francês. — Ditou, fazendo o homem sorrir.

— Franceses são quentes... E o que um francês veio fazer no Japão?

— Lua de mel. — Respondeu, meio incerto. Já não sabia se era uma lua de mel de verdade ou não.

— Oh! Meus parabéns!

— Ou meus pêsames... — Dejota sussurrou, somente para si.

— O que disse?

— Hm? Não, nada. Sente-se, por favor. — Pediu, educadamente. O homem sorriu, agradecido, sentando-se ao lado do garoto.

— Prazer, Yuri. — Se apresentou, sorrindo. Um lindo sorriso.

— Dejota.

— Ah, Dejota-kun! Já conheceu um pouco de Tokyo?

— Sim, é um lugar maravilhoso! — Respondeu, com sinceridade. Yuri assentiu, olhando em volta e sorrindo que nem bobo.

— Não é porque vivo aqui, mas... é de fato um lugar extraordinário. As pessoas fazem as coisas por amor, com prazer. E o respeito é primordial. — Falou, o que fez Dejota sorri fracamente.

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora