⏩ C a p í t u l o || TRINTA E NOVE ⏪

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Canadá, Toronto – 18h:39m PM

— Dejota?! — Max exclamou, assustado, assim que entrou em seu quarto e viu seu marido sentado no meio da cama, com vários pratos de comida diferentes em sua volta. Alguns sacos de salgadinhos já estavam vazios, assim como pacotes de bolachas e latas de refrigerante.

— Quê? — Indagou, com a boca suja de chocolate, cheia de bolacha, na qual comia.

— Você...! Que bagunça é essa?! Deu uma festa e eu não fiquei sabendo? — Exclamou, recolhendo os pacotes jogados em uma tentativa falha de tentar deixar aquilo limpo.

— Que exagero! É só um lanchinho. — Dejota rebateu, voltando seu olhar para a grande TV, na qual ele assistia uma de suas séries favoritas: Lúcifer.

— Um lanchinho?!! Desde quando você come tanta porcaria?! Não era o ético saudável que não come comidas gordurosas e que fazem mal?! Agora olha isso aqui! Parece um lixeiro! — Exclamou, irritado. Dejota revirou os olhos, ignorando as reclamações do marido e abrindo um pacote GG de salgadinhos, sem contar o prato fundo e cheio de mini coxinhas de frango e carne que estavam em seu colo, na qual ele comia um juntamente com outra comida. — Dejota! Venha limpar isso aqui agora mesmo! — Max ordenou, com a expressão franzida.

— Tem empregados para isso. — Dejota respondeu, com a boca cheia. Max o encarou, como se pudesse matá-lo somente com o olhar.

— Com quem eu estou falando? Com meu marido ou uma criança?! Anda, venha logo! — Dejota bufou, estendendo a mão livre, fazendo com que todos os pacotes vazios e sujeiras do quarto sumissem em frações de segundos.

— Prontinho, senhor limpeza. Mais alguma coisa ou eu posso assistir minha série em paz? Aliás, que série! Você deveria assistir. O diabo é realmente uma tentação, diga-se de passagem... — Comentou, dando um sorrisinho malandro, contribuindo para deixar Max mais irritado.

— Você vai já saber quem é o diabo de verdade! Eu vou tomar um banho. — Ditou, seguindo para o banheiro. Dejota riu, voltando novamente sua atenção para sua série, não parando de comer em nenhum segundo. Tudo parecia ter um sabor tão gostoso, tão... fora do normal, que ele simplesmente não queria parar de comer. Como o seu dom cobria qualquer barreira para qualquer doença que surgisse, ele não precisava se preocupar com sua saúde, nem mesmo o fato do medo que muitos têm de engordar. Seu metabolismo é muito veloz, o que impede de surgir aqueles quilinhos a mais que é o horror de muitas pessoas.

— Meu Deus! Eu amo esse homem! — Dejota exclamou, rindo sozinho feito um louco, enchendo a boca com mini coxinhas e tomando uma boa quantidade de refrigerante, abrindo mais uma latinha para isso. Max saía do banho, com a toalha enrolada na cintura e outra na mão, sacudindo os cabelos molhados.

— Quem você ama? — Max questionou, chamando a atenção de Dejota, que engoliu de uma vez o que ainda mastigava.

— Eu amo... então... né? Você sabe. — Falou, forjando um sorriso inocente. Max sorriu, revirando os olhos. Não conseguia ficar bravo com aquele pequeno ser humano. Ou seria um pequeno monstrinho que só tem a cara de anjo? É, a segunda opção era bem mais a cara dele.

Max retirou a toalha, a deixando no cabide, seguindo até a cama e empurrando aquelas comidas para o lado, dando espaço para ele deitar. Dejota o observou, vendo o marido de bruços, mexendo distraidamente no celular. O garoto logo desceu o olhar para a bunda firme de Max, o que certamente vinha de muitos anos de academia e treinamento. Dejota lambeu os lábios, não sabendo mais se prestava atenção na comida, na série ou no seu marido, deitado ali, completamente nu e terrivelmente sexy. Dejota grunhiu, insatisfeito.

— Não vai fazer nada? — Dejota questionou, chamando a atenção de Max, que o olhou sem entender.

— Fazer o quê? — Perguntou, confuso.

— Amor... — Dejota gemeu, manhoso, como uma criança implorando por algo. O garoto logo deixou as comidas de lado, subindo nas costas de Max e ousando apertar a bunda do marido, que naquele momento, era o que Dejota mais tinha vontade. Max rapidamente se virou, agarrando os pulsos do garoto.

— Ei! O que pensa que está fazendo?

— O que é? Masculinidade frágil, amor? — Dejota provocou, o olhando por cima do ombro. Max bufou, o empurrando para frente, o fazendo cair de quatro.

— Uma coisa de cada vez, bebê. — Ditou, puxando a samba-canção de Dejota para baixo, o deixando exposto para si.

— Ei!! Não! — Dejota exclamou, se levantando rapidamente.

— O que foi? — Max questionou, confuso.

— Eu... não estou no clima. — Disse, meio envergonhado. Max o olhou mais confuso do que antes.

— Você acabou de me provocar, Dejota.

— É, mas eu não quero mais. Além disso, estou enjoado. — Disse, fazendo uma careta.

— Óbvio que está! Olha o tanto de porcaria que comeu!

— Mas não enjoado assim... Enjoado.

— Você é enjoado desde que nasceu, Dejota. Dá um tempo! — Max rebateu, puxando o edredom e se acomodando entre os travesseiros, voltando sua atenção para o celular.

— Besta! Vou tomar um banho e... enfim. Não precisa saber o que vou fazer no banheiro, né? Por que continuo falando? Que inferno! — Dejota resmungou, seguindo para o banheiro e trancando a porta. Max apenas riu, achando realmente uma comédia o estado confuso e bipolar de Dejota.

Dejota realmente demorou no banho, e quando saiu, viu uma cena rara e bastante incomum: Max lia um livro, usando óculos de leitura para isso. Era um dos livros de sua coleção das obras de Stephen King. Muitos não sabiam, ou melhor, ninguém imaginava o quão fanático Max era por leitura, e que aquela biblioteca imensa dentro de sua casa não era colocada à-toa. Ele realmente amava ler, mas seu gênero preferido eram os gêneros de terror e ficção científica.

Dejota estancou na porta assim que o viu, tão concentrado e absurdamente sexy com aqueles óculos de leitura. E o garoto pensou que Max poderia usar aqueles óculos sempre.

Dejota sorriu, travesso, seguindo até a cama e deitando ao lado de Max. As comidas já haviam sido retiradas por alguém, dando espaço para o casal. O garoto retirou a toalha, se cobrindo com o edredom até cintura e se deitando no peito de Max, que apenas continuou sua leitura, sem se importar com as atitudes contraditórias de Dejota. O garoto suspirou, passeando sua mão pelo abdômen de Max, subindo para o peito e logo descendo até a sua virilha, o que chamou a atenção de Max, mas nada falou, apenas tentou voltar a concentração para seu livro.

Dejota novamente soltou um suspiro alto, colocando a mão embaixo do edredom e agarrando o membro de Max, que olhou para o garoto como se ele fosse um louco.

— Achei que não queria.

— Mudei de ideia. — Dejota rebateu, risonho, enquanto masturbava o marido vagarosamente. Max suspirou, marcando a página em que parou e deixando o livro de lado. Já ia retirando os óculos, mas Dejota o impediu, negando com a cabeça. — Fique com eles. Te deixa mais sexy ainda.

— Eu desisto de tentar te entender. — Max rebateu, o empurrando para o lado e subindo sobre o corpo do garoto, o olhando fixamente. — Dessa vez, não vou parar se você mudar de ideia. — avisou, com um olhar dominador. Dejota sorriu, com as mãos pousadas na cintura do marido.

— Eu não quero que pare. Eu quero me faça seu. Agora! — Seu tom soou como uma ordem, e Max sorriu, não esperando mais nenhum segundo para devorar os lábios macios de Dejota, transformando aquele beijo em um laço infinito de cumplicidade...

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora