⏩ C a p í t u l o || CINQUENTA ⏪

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Max gemeu de dor, caindo no chão. Porém, Bento não estava ileso. Ambos machucados no mesmo nível.

— Cansei dessa brincadeira! — Bento exclamou, se levantando e chamando os soldados. Vitor e mais dois entraram. — Acabem com ele. Mas não tenham pressa. Eu quero apreciar isso. — Ordenou, olhando com desgosto para Max.

— Desgraçado... Não consegue me derrotar sozinho? — Max resmungou, sentindo dores suportáveis em seu corpo. Vitor foi o primeiro a chutar o estômago de Max com toda a força, e logo estava sendo segurado por outros dois, impossibilitado de lutar.

— Quem vai acabar com quem, seu idiota? — Vitor zombou, socando pela incontável vez o rosto de Max, que sangrava, já cansado, zonzo.

— Vai para o inferno, seu desgraçado! — Max ralhou, recebendo um soco no estômago que lhe tirou o ar por alguns segundos.

Max caiu ajoelhado, quase esgotado, sem forças.

— Eu disse que você não iria sair dessa. — Bento zombou, se acomodando na poltrona, acendendo um novo charuto.

Max gemeu de dor, sentindo seus ossos estalarem. Seu celular vibrou no bolso da bermuda. Ele pegou, lendo a mensagem recebida há um minuto.

Friederich:
“Seu filho está nascendo. Eles dois precisam de você.”

Max suspirou, guardando o celular novamente, fitando o chão fixamente.

— Sabe qual foi seu erro, Bento? — Max questionou, erguendo seu olhar vagarosamente, até bater contra o olhar amargo de Bento.

— Qual?

— Ter me treinado... para ser uma máquina de matar. — Max se levantou rapidamente, os dois soldados vieram em sua direção, pronto para atirar, mas Max agarrou a ponta das duas armas, acertando o estômago dos dois com a mesma, e em seguida acertando a cabeça de ambos com a arma, causando uma cratera inconsertável, que foi o suficiente para matá-los. Bento se levantou rapidamente, se afastando.

— GUARDAS!!! — Bento gritou, e não demorou para os soldados invadirem o quarto, partindo para cima de Max, que apenas via vermelho em seu olhar, queria acabar de vez com sua fúria e descontar ia em qualquer um que ousasse entrar naquele maldito quarto.

Ao fim, Max parou em pé, no meio do quarto, o corpo completamente ensanguentado, mas aquele sangue não lhe pertencia. Arrastava dois corpos sem vida, uma em cada mão. Um tinha um buraco no peito, com as pernas quebradas, e o outro com os dentes quebrados, assim como o pescoço.

Max ergueu o olhar, encarando Bento. Soltou os corpos à sua frente, fazendo Bento recuar um passo para não ser atingido por eles. Havia 50 homens mortos naquele quarto, e para a paz de Max, faltavam os dois principais.

— Eu deveria elogiá-lo? — Vitor zombou, brincando com o longo chicote de couro em sua mão direita. O mesmo chicote que usava para torturar Max na infância.

— Deveria correr. — Max rebateu. Sua voz saiu baixa, porém, em um tom assustador, grosso, sem intimidação. Certamente, ninguém iria querer estar de frente com aquele versão assassina de Max. E os que presenciavam, não iriam sair vivos para contar história.

Vitor sorriu, usando seu chicote para atingir o rosto de Max, porém, ele impediu ao segurar o chicote antes que o atingisse, enrolando em sua mão e o puxando com força, fazendo Vitor desequilibrar para perto de si, na qual ele aproveito u para desferir um forte soco no rosto do homem, o derrubando.

Largou o chicote para longe, subindo sobre Vitor, segurando o queixo do homem com força, o obrigando a encará-lo.

— Quem vai acabar com quem, seu idiota?! — Max rebateu a mesma frase de Vitor, com acidez em seu tom, desferindo socos atrás de socos, afundando a cabeça de Vitor, deixando a sua mão vermelha, coberta por sangue. Ele podia ouvir os ossos de sua face se quebrando, mas nem por isso parou, continuou, descarregando sua ira, descontando todos os dias que sofreu tortura nas mãos de Vitor.

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora