(Não revisado)
Japão, Tokyo – 08h:56m AM
Max foi o primeiro a acordar. Já estava de pé e devidamente arrumado. Seguiu até a varanda, observando o movimento e as pessoas. Tudo era tão calmo. Os japoneses respeitavam uns aos outros, eram educados e sorridentes. Todo mundo falava com todo mundo. Era um outro universo.Dejota suspirou, despertando um tempo depois. Se remexeu na cama, olhando em volta, avistando Max na varanda, distraído com seus próprios pensamentos. Dejota sorriu ao lembrar da noite passada. Por um momento acreditou que foi um sonho, mas a dor em seu corpo não o deixava mentir. Realmente havia acontecido.
O garoto se levantou, seguindo para o banheiro. Necessitava de um banho. Após terminar, seguiu até sua mala, abrindo-a e buscando algo para vestir. Até que optou por uma calça preta despojada, um sueter azul, de gola alta, um cachecol preto e botas pretas de cabo curto. Colocou suas luvas de seda preta e seguiu para a varanda, sorrindo timidamente para Max.
— Bom dia. — Max o olhou, forçando um sorriso.
— Bom dia... Dormiu bem? — Questionou, vendo Dejota assentir.
— Sim! Muito bem. Quer ir tomar café comigo? Poderíamos ir para algum lugar depois. — Sugeriu, animado. Max sorriu, vendo que o humor de Dejota havia mudado drasticamente.
— Pode ser... — E então os dois seguiram para o restaurante do hotel, acomodando-se em uma mesa a dois.
— Aqui é tão lindo... Nunca comi comida japonesa antes. — Dejota comentou, olhando o cardápio, na tentativa de tentar entender o que estava escrito ali, mas só conseguia distinguir pelas gravuras.
— E para onde você gostaria de ir após tomarmos o café da manhã? — Max questionou, mexendo algo em seu celular. Dejota deu de ombros, ainda tentando decidir o que pediria para comer.
— Não conheço nada aqui. Podemos pesquisar e conhecer os pontos mais famosos daqui, o que acha? Tokyo é enorme, não vai faltar atração para visitarmos. — Comentou. Max apenas assentiu, erguendo a mão e fazendo um sinal para a garçonete.
— Kudasai, watashitachiha, batā, sutoroberīyōguruto, burakkukōhī, arugula, purizābudochiri, misueggu to issho ni eigo no pan o shitaidesu. — Max fez o pedido, não parecendo ter dificuldades com a língua japonesa. Dejota o encarou, estupefato.
— O que você disse?
— Estava cantando a garçonete. — Brincou, vendo a expressão de Dejota se fechar. Max sorriu, balançando a cabeça em negativa. — Eu fiz nosso pedido. Pão inglês com manteiga, iogurte de morango, café preto, arugula, pimentão em conserva e ovo mechido. — explicou, o que fez Dejota sorri, assentindo.
— Tudo bem, então... — Dejota pegou o celular, aproveitando a espera para procurar lugares para os dois irem. Acreditava que tudo estava bem e resolvido entre eles dois. Que poderiam ser um casal de verdade. Afinal, já haviam consumado o casamento. — Olha, Max, podemos ir na Tokyo Skytree, o que acha? A visão lá de cima deve ser magnífica. — Dejota comentou, analisando os sites de pesquisa.
— Uhum. Pode ser. — Murmurou, bebericando seu café. Dejota o olhou, desconfiado.
— Você está bem?
— Estou. Por quê?
— Hm... não sei, você me parece um pouco distante... — Max suspirou, forçando um sorriso e meneando a cabeça.
— Imaginação sua. Vamos? Você não quer ir ver a Tokyo Skytree? — Dejota sorriu novamente, assentindo. Ambos se levantaram, seguindo primeiramente para a estação, para então chegar no local desejado.
— Dá para acreditar?! 634 metros de altura, carregando o título da torre mais alta do mundo! Não é incrível?! Aonde vamos primeiro? No primeiro observatório? — Dejota questionou, animado, parecendo uma criança.
— Claro. Aonde você quiser. — Max falou, sem muito ânimo. Dejota o puxou pelo braço, seguindo para dentro da torre, onde foram para o primeiro observatório, com cerca de 300 metros de altura, composto por cafés e restaurantes.
— Se eu soubesse, não teria tomado café da manhã antes. — Dejota comentou, risonho, e ambos seguiram para o segundo observatório, com 450 metros de altura acima do solo. que orgulha-se por ostentar o título de o mais alto observatório do Japão, construído pelo homem. Dele é possível ter uma visão total de Tokyo e até do Monte Fuji. — Olha que lindo!!! — Dejota exclamou, encantado com a vista que a torre poderia proporcionar. E não era para menos. Era realmente de tirar o fôlego.
— Não pensei que fosse tão grande... E tão longe... — Max resmungou, ofegante, se hidratando com uma garrafinha com água. Dejota sorriu.
— Não foi nada. Tem tanta coisa para ver, e só temos 1 mês para isso. Que tal depois passarmos no Rio Sumida? Não fica tão longe. Eu acho... — Sugeriu, com um largo sorriso.
— Você quer mesmo? — Dejota assentiu, sorridente. — Tudo bem. Podemos ir então. Dejota comemorou, o abraçando, alegre. E após passarem mais algum tempo conhecendo a torre, eles seguiram para o Rio Sumida. Max estava mais tranquilo ao ver Dejota aproveitando a viagem, ao menos ele iria se distrair um pouco.
Max queria que ao menos Dejota esquecesse por um momento que esse casamento acontecera somente por alianças, que se esquecesse até mesmo da noite quente que ambos tiveram. Era o que Max tentava fazer: esquecer.
Mas Dejota não pensava assim. Na cabeça dele, tudo estava perfeito. Ele poderia ter um casamento normal e que talvez um dia Max pudesse amá-lo de verdade. Afinal, por que iria consumar o casamento sem motivos? Talvez Max tivesse mudado de ideia e repensado sobre o casamento, e então poderiam ser um casal de verdade e não de fachada. Dejota nunca imaginou que sua primeira vez iria ser com Max, em sua lua de mel, e nem mesmo imaginou que se sentiria tão seguro e desejado nos braços de seu marido. Ele se sentia bem, leve, e... feliz. Antes de tudo, casar não estava nos seus planos, mas agora que havia acontecido, ele poderia aproveitar e deixar se levar pelo o que sentia.
Ambos não se davam conta, mas estavam em universos e estratégias diferentes.
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MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY)
Lãng mạn"Eu me apaixonei pelo jeito que você me tocou, sem usar as mãos". PLÁGIO É CRIME! CRIE, NÃO COPIE :3