MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY)

⏩ C a p í t u l o || TRINTA * Especial - Parte I * ⏪

Dejota Vermont

Canadá, Toronto – 02h:45m AM

Eu estava inquieto. Isso era um fato. Não estava conseguindo dormir de nenhuma forma. O fato de Yuri ter descoberto sobre a máfia, me deixou preocupado. Ele chorou, se desesperou, e disse que precisava de um tempo para pensar. Talvez ele nunca mais olhasse na minha cara e isso estava realmente me incomodando. Yuri e Isaac são meus dois únicos amigos que consegui fazer quando vim para cá. São os únicos em quem confio para falar das minhas frustrações. E Yuri sempre tinha uma visão ampla de tudo, ele sempre tinha a resposta certa para cada problema.

Olho para meu lado na cama. Max ainda dormia. Ele devia estar muito cansado. Hoje ele foi receber e treinar os novos soldados. Mais de 500 pessoas para ele comandar e treinar sozinho. Eu não entendia disso, não passei e não preciso passar por essa questão de treinamento. Mas assisti a tudo e Max realmente precisava de um descanso. O coitado estava dando o dobro de si para subir e manter a máfia. Certamente traidores nos cercam. Os seguidores fiéis de Bento.

Ando me sentindo tão inquieto ultimamente... Meu sono cessou nas noites tranquilas. E eu realmente não faço ideia do que está acontecendo comigo.

Levanto da cama, descendo para a cozinha e pegando um copo com água, bebendo o líquido. Meu corpo estava quente. Suspiro, passando a mão em meu pescoço, me arrancando um segundo suspiro e um arrepio na espinha.

Guardo o copo, subindo de volta para o quarto, ligando o ar-condicionado. Estava calor, mesmo que lá fora estivesse frio. Deito na cama, me revirando no colchão. Fecho meus olhos, tentando dormir, mas algo embaixo me deixou incomodado. Porra, eu estava duro feito pedra! Mas por quê?!

Eu não estava pensando em nada excitante ou que me agrade. Muito pelo contrário, eu estava cheio de problemas para resolver.

— Dejota? Está acordado? — Ouço a voz rouca e sonolenta de Max, vendo ele se remexer na cama. Me cubro rapidamente com o edredom, forçando um sorriso assim que ele me olha.

— Hm... e-estou sem sono... — Murmuro, respirando com certa dificuldade. Max se aproximou, analisando meu rosto com curiosidade. Chegou tão perto que quase nossos lábios se tocam.

— Por que está tão vermelho? — Questionou, tocando meu rosto. — Você está quente... Está tudo bem? — apenas assenti, não sabendo o que responder. Ele respirou fundo, abaixando o olhar, agora parecendo pensativo.

— E você? O que você tem? — Questiono, chamando sua atenção.

— Nada...

— Você também está vermelho. — Comento, o observando. Ele sorriu, balançando a cabeça.

— Estou há dias sem sexo, Dejota. É por isso. — Murmurou, o que me deixou curioso.

— O que isso tem haver? — Ele me encara, me olhando como se eu tivesse acabado de falar a pior coisa do mundo.

— Dejota, até onde você entende sobre o assunto do sexo?

— Até onde aprendi com você... — Murmuro, envergonhado. Ele suspirou, se sentando na cama.

— Dejota, se já é difícil para uma pessoa virgem ficar sem sexo, imagine para alguém que já praticou o ato. Especialmente em homens. As mulheres aguentam, mas os homens não. Sofrem abstinência, entende? Principalmente para quem faz sempre e do nada passa dias sem fazer nada.

— Então, eu... — Paro de falar, ainda sentindo meu membro pulsar na cueca preta, já dolorido.

— É por isso que está tão vermelho? — Max questionou, com um sorrisinho de canto.

— E a Bárbara? Achei que vocês estavam se dando bem... — Murmuro, mudando de assunto, chateado ao lembrar disso.

— Parei de falar com ela. Bárbara... me pediu para me divorciar de você. — Disse, e eu o olhei rapidamente.

— O quê?!

— Pois é. Então eu cortei qualquer laço com ela. — Falou, sério. E por dentro eu sorri, satisfeito com aquilo. — Dejota, eu estou disposto a tentar. — Max falou, chamando minha atenção.

— Tentar o quê? — Pergunto, confuso.

— Nós dois. Eu quero que seja verdadeiro. Entende? — Não, eu não havia entendido. E nem tive tempo para responder nada. Tudo que vi, foi Max se aproximando de mim, me olhando com aquele mesmo olhar de quando ele havia sido afetado pelo meus poderes. Me afasto rapidamente, antes que ele me beijasse. Olho para as minhas mãos, preocupado. Será que fiz besteira?!

— Eu achei que estava conseguindo controlar meus poderes... — Murmuro, falando comigo mesmo. Max me encarou, confuso.

— Acha que estou sob efeito dos seus poderes? — Questionou, me deixando mais confuso do que antes.

— Não está? — Pergunto, olhando para as minhas mãos. Max sorriu, vindo novamente até mim, segurando meus pulsos e os abaixando.

— Não, Dejota. Não estou sobre efeito de nada. — Ele praticamente sussurrou, ajoelhado sobre mim, erguendo meu queixo com a ponta dos dedos, me fazendo olhá-lo. Max mergulhou suas mãos em seus cabelos, de uma forma tão suja e sensual, que eu poderia gozar somente com aquela visão. Ele usava somente uma cueca boxer vermelha, marcando seu volume, o que complicava para o meu lado. Ele inclinou o corpo, tocando meu rosto, me observando. — Mas lembro de uma coisa que eu disse quando estava sobre efeito dos seus poderes, e que só agora me dei conta de que é a mais pura verdade... — sussurrou, passando os lábios levemente pela minha boca, em provocação, passando o nariz e boca por meu pescoço, me deixando mais excitado e nervoso do que já estava.

— Ah, é...? O quê? — Pergunto, quase sem voz. Max voltou a olhar em meus olhos, tão profundamente, a poucos centímetros de distância, que eu pude me perder naquele olhar matador e sensual que ele me lançava.

— Que é impossível qualquer homem ser hetero perto de você... Me desculpa por ter sido um idiota. — Murmurou. Eu não tive tempo de reagir, ele grudou nossos lábios, me beijando lentamente, sem pressa, com uma ponta de timidez de ambas as partes.

Max foi me deitando com cuidado, devagar, não parando de me beijar. Suas mãos foram passeando por meu corpo, e eu pude sentir o peso de Max sobre o meu corpo, me esmagando de uma forma gostosa, me passando o calor do seu corpo.

Eu não aguentaria.

Não resistiria.

Max era a minha fraqueza.

E esse jogo eu já perdi.