⏩ C a p í t u l o || TRINTA E QUATRO ⏪

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Canadá, Toronto – 04h:00m

Dejota suspirou, fitando o céu ainda escuro pela varanda do quarto. Em suas mãos, sustentava uma caneca personalizada de alguma série que ele gostava, cheia com chocolate quente. O tempo estava gelado e tomar algo quente naquele frio não tinha melhor. Mas não era o frio que o incomodava. Depois de uma noite quente com seu marido, Dejota não fechou os olhos. Depois do prazer, veio a preocupação. Não sabia quem era aquele homem misterioso que o atacou e que declarou com todas as letras que iria destruir Max, o homem por quem Dejota já assumiu internamente estar completamente apaixonado.

Mas como ia proteger o homem que amava? Se nem ao menos conseguiu proteger a si mesmo? O homem parecia ser forte, tinha o mais pleno controle do seu dom. Mas Dejota não. Nem ao menos conhecia todos os seus poderes. Usava apenas o básico, com receio de acabar machucando alguém.

Mais um suspiro escapou de seus lábios, tomando um pouco do seu chocolate quente, como se aquele líquido pudesse te dá todas as respostas, como se aquilo fosse capaz de tranquilizá-lo, de fazê-lo não ter mais medo.

Dejota fechou os olhos ao sentir braços fortes envolvendo sua cintura, beijando seu pescoço. Nem havia se dado conta do momento em que Max havia se acordado.

— Por que levantou tão cedo, bebê? — Max questionou, dando um leve aperto na bunda do garoto, que usava somente um robe preto, cobrindo sua nudez.

— Estou sem sono... — Respondeu, simples, com um sorriso fraco. Max aspirou seu perfume doce, beijando o rosto do garoto.

— Ainda está preocupado com aquele homem? — Dejota assentiu, abaixando a cabeça.

— Tem alguém querendo matar você, e eu não sei se sou capaz de te protejer. — Max sorriu, revirando os olhos.

— Bebê, muitos querem me matar desde que nasci. Não é novidade para mim.

— Mas é para mim! Estou com medo, Max! — Exclamou, chateado. Max apenas sorriu, o abraçando, beijando sua orelha.

— Vamos voltar para a cama, hm? E mais tarde, vamos falar com Friederich. Não esquenta a cabeça com isso. — Dejota assentiu, sorrindo fraco, sendo guiado por Max de volta para a cama, onde se deitaram de conchinha. Max afagava os cabelos do marido, vez ou outra distribuindo beijos no rosto e pescoço do garoto. Era raro vê-lo carinhoso e não bruto e selvagem.

— Me sinto meio impotente... — Dejota confessou, preocupado. Max novamente o beijou, abraçando a cintura do garoto e o puxando para mais junto de si, se é que isso era possível.

— Você é muito melhor do que ele, bebê. Só não sabe disso. Não se sinta assim. Tenho certeza que o que quer que ele tenha, não é mais forte que você. — Garantiu, desatando o nó do robe de Dejota, o puxando do corpo do garoto.

— Max, eu estou dolorido. — Dejota avisou, de imediato. Max riu, assentindo.

— Não vou fazer nada, só prefiro ver você assim, sem usar nada. É tão gostoso sentir sua pele macia... — Sussurrou, arrancando um suspiro de Dejota.

— Você sabe muito bem como me derrubar, não é? — Murmurou, molhando os lábios com a língua.

— Você ainda não viu nada. — Max rebateu, brincalhão. — Agora vamos dormir, porque estou com sono e ainda são quatro da manhã. — Dejota soltou uma fraca risada, se cobrindo com o edredom e sendo agarrado mais ainda por Max. E dessa vez, ambos adormeceram rapidamente. Ambos sentiam-se seguros nos braços um do outro.

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora