Canadá, Toronto – 15h:35m PM
— Sente enjoos? — Friederich questionou, enquanto mantinha seu olhar no pequeno televisor, passando o aparelho sob a barriga de Dejota, que estava coberta por um gel gelado.— Hm... não. — Dejota respondeu, meio indeciso.
— Certo. Seus poderes estão normais? — Friederich perguntou, sério. Quando era para ser profissional, ele fazia isso melhor do que ninguém. Já fora taxado de louco, maluco, psicopata, solitário e outros adjetivos naturalmente ofensivos. Mas nada o tirou do seu laboratório, nada o afastou de suas experiências. Ele amava o que fazia e não precisava escutar opinião alheia para construir seus sonhos.
— Não. Ontem eu causei uma descarga elétrica sem querer. Ficamos sem energia o dia inteiro. — Dejota respondeu, fazendo bico.
— Hm... okay. Vamos para algumas informações necessárias para não deixá-los preocupados. Limpe-se. — Falou, desligando o aparelho e entregando lenços de papel para Dejota, que aceitou, limpando o gel em sua barriga e se sentando na cama, ao lado de Max, que preferia ficar calado durante toda a consulta.
— Está tudo bem? — Dejota questionou, preocupado. Friederich sorriu.
— Está tudo em perfeita ordem. Não se altere. Bom, vamos lá. Primeiro: eu já falei que esse bebê virá de uma gravidez nenhum pouco convencional, como as pessoas normais têm.
— Então... como?
— Saberemos na hora. O fato é que essa gravidez provém especialmente dos seus poderes e... bem, do sêmen. Então, naturalmente, seus poderes lhe entregaram a criança. Algo que posso afirmar, é que sua barriga não irá crescer, porém, isso não vai impedir o desenvolvimento do bebê, então fiquem tranquilos. Seu metabolismo é muito rápido e impede que gorduras a mais surjam. Então, fique tranquilo quanto a isso.
— E... vai doer? — Dejota questionou, hesitante.
— Eu sinceramente não sei dizer, meu menino. A hora do seu parto ainda é um mistério para mim. Mas garanto que virá com saúde e muito, mais muito poderoso, igual ao pai. — Comentou, risonho. Dejota sorriu, olhando para Max, que devolveu o sorriso.
— Obrigado, Friederich.
— Não me agradeça. Vocês estão multiplicando a minha criação. Não há nada mais gratificante que isso. Então, continuem! E que já venha o próximo! — Brincou, rindo. — Bom, eu preciso ir. Cuidem bem do bebê. Aliás, a pequena menina está aqui?
— Pequena menina? — Max questionou, confuso.
— Sim. A doce menina que trabalha aqui.
—Ah! A Sarahy. Deve estar na cozinha. Por quê? — Dejota falou, o encarando.
— Oh, por nada. Eu preciso ir. Até. — E então se retirou do quarto, deixando o casal a sós. Dejota suspirou, caindo para trás e jogando seus braços para cima, ficando estrado no colchão.
— O que você acha que vai ser? Menino ou menina? — Max refletiu, o olhando.
— Quero que seja menina. — Max falou, deitando ao lado do marido.
— Por quê?
— Para criarmos uma mulher forte e independente, que tem um senso crítico e não aceita ordens de qualquer um. — Comentou, com um tom sério.
— Fala assim por causa da sua mãe e sua irmã...? — Dejota questionou, baixinho. A resposta demorou a vir.
— Eu quero tirá-las daquele inferno... Eu sei que elas estão sofrendo o dobro depois que saí de casa. E aquele desgraçado faz isso porque sabe que me machuca. Sabe que me afeta.
— Chega, Max! — Dejota se levantou, irritado. — Não vou permitir que isso continue assim! Eu farto desse canalha machucar você, mesmo que não esteja presente para fazer isso! Eu vou lá agora mesmo e tiro sua família das mãos daquele desgraçado! — Dejota exclamou, já querendo sair, mas antes que alcançasse a porta, Max o puxou pelo braço, o prensando contra a porta.
— Não faça isso! Você é louco?! — Exclamou. Dejota bufou, com uma expressão chateada.
— Eu não aguento mais isso, Max. Não aguento mais te ver tão preocupado por causa dele! Amor... eu quero te ajudar. Eu vou lá, acabo com ele e acabou! Estaríamos livres de mais um problema. — Max suspirou, abaixando a cabeça e negando.
— Não, Dejota. Só iríamos arrumar um problema maior ainda. Posso ter me tornado o Capo, mas ainda é recente. Todos ainda estão sob efeito de Bento. Esse infeliz ainda é idolatrado por muitos. Se você matá-lo, a máfia nos aniquila. Entende?! Isso é visto como traição. E traidor bom, é traidor morto. Espere. Apenas espere. Tudo vai se ajeitar. Um dia... um dia... — Max murmurou, puxando o garoto para um abraço apertado. Dejota fungava baixinho, querendo chorar.
— Eu o odeio. Eu o odeio com todas as minhas forças! — Exclamou, choroso, com os olhos marejados. Max o abraçou mais forte.
— Eu sei, bebê. Também o odeio de todas as formas possíveis, mas não podemos agir por impulso. Precisamos ir com calma. A máfia ainda está com um pé atrás depois de descobrir do que você é capaz, e eu ainda não adquiri total credibilidade com os soldados. Tudo tem seu tempo. Só mais um pouco, sim? — Dejota assentiu, mesmo que a contragosto e com um bico formado nos lábios.
— Tudo bem... — Murmurou, mas internamente, planejava mil e uma formas de acabar lentamente com Bento.
— Ótimo. Venha cá. — Chamou, o abraçando carinhosamente. Dejota suspirou, erguendo a cabeça e colando seus lábios nos de Max, iniciando um beijo calmo.
Dejota grunhiu baixinho, sendo prensado novamente contra a parede, sentindo as mãos de Max apertar sua cintura com força, juntando seus corpos, enquanto o beijo tornava-se avassalador, agora ambos necessitando daquilo.
Max o ergueu do chão, fazendo as pernas do garoto rodearem sua cintura.
— Eu sei como te fazer esquecer dos problemas. — Max sussurrou, mordiscando a orelha do menor.
— Como...? — Dejota questionou, no mesmo tom, embriagado de desejo.
— Te fodendo de todas as formas possíveis. — Respondeu, o jogando na cama com tudo. Dejota sorriu, vendo o marido indo em direção à gaveta dos brinquedos especiais, na qual Max faria bom uso naquele momento...
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MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY)
Romance"Eu me apaixonei pelo jeito que você me tocou, sem usar as mãos". PLÁGIO É CRIME! CRIE, NÃO COPIE :3