Canadá, Toronto – 02h:30m AM
Max gemeu, cuspindo sangue, cansado, conseguindo chegar na porta de seu quarto, se apoiando na mesma para não cair. Hoje o treinamento saiu mais para tortura, com Bento usando a desculpa de que Max não estava conseguindo controlar Dejota corretamente, já que Bento havia descoberto sobre a saída do garoto para uma boate qualquer. Foi uma ótima desculpa para torturar Max até deixá-lo quase inconsciente.
— Max? — Dejota acabou acordando, com o barulho de algo caindo no chão. Dejota logo se levantou, assustado, achando ser algum invasor, mas ao olhar para o chão, viu Max desmaiado, sangrando em várias partes do corpo. Aquilo lhe tirou o ar por alguns segundos, e ele rapidamente se levantou, indo até Max e tentando levantá-lo. Uma missão impossível, já que Max era praticamente uma muralha de músculos e Dejota não trabalhava sua força. — Max, acorda! O que aconteceu com você?! — Exclamou, em desespero, dando leves tapinhas no rosto do noivo. Dejota estava tremendo de medo. Imaginou que poderia estar acontecendo uma guerra lá fora, era a única razão para Max chegar desse jeito. De repente, Max acorda, agarrando o pulso de Dejota e o derrubando no chão, ficando por cima, ameaçando atacá-lo. — Hey!!! Sou eu, Dejota! O que está fazendo?! — Exclamou, assustado. Max suspirou, percebendo que era apenas Dejota, então o soltou, saindo de cima e se forçando a ficar de pé. Dejota correu até ele, entrando em sua frente. — O que aconteceu com você? Por que está assim? — Questionou, mas Max apenas o puxou para o lado, seguindo para o banheiro e fechando a porta, antes que Dejota pudesse entrar.
É claro que o menor estava preocupado, estava confuso e perdido. Decidiu que esperaria Max sair do banheiro, e assim ele falaria. Sentou na cama, se cobrindo com o edredom até a cintura, pois como bem acostumado, ele não dormia com roupa.
Duas batidas na porta o assustou. Dejota pensou chamar Max, mas ele estava muito machucado e provavelmente cansado.
— Quem é? — Perguntou, receoso. A porta logo se abriu, revelando Bento. Dejota enrijeceu o corpo, segurando o edredom com mais força. Talvez internamente ele preferisse que fosse qualquer inimigo, menos aquele homem. Dejota realmente não gostava dele.
— Onde está Max? — Bento questionou, com o olhar preso no corpo de Dejota. O garoto engoliu em seco, torcendo internamente que seu noivo voltasse logo para o quarto.
— Ele está no banheiro... — Murmurou, atento em cada movimento de Bento. O homem sorriu, fechando a porta, olhando diretamente para Dejota, que naquele momento queria gritar, mas sua voz não saía. Estava com medo.
— Ótimo. Ele não vai sair nem tão cedo. Isso é... se sair. — Bento se aproximou da cama, e Dejota se afastou um pouco, tentando se cobrir ao máximo. — Sabe, Dejota... a Scorpions tem regras, e elas precisam serem seguidas. Eu sei o que você fez hoje de tarde, e para um futuro esposo do Capo, isso é inadmissível.
— Desculpe... — Dejota murmurou, vendo Bento se sentar na beirada da cama. Sua respiração falhou, assustado.
— Não é assim que funciona. Há um castigo para todos que desobedecem as regras.
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MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY)
Romance"Eu me apaixonei pelo jeito que você me tocou, sem usar as mãos". PLÁGIO É CRIME! CRIE, NÃO COPIE :3