⏩ C a p í t u l o || QUATRO ⏪

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Canadá, Toronto – 04h:30m AM

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Canadá, Toronto – 04h:30m AM

O despertador soou, estridente sob o criado mudo, fazendo Max despertar. O mesmo sempre foi acostumado a acordar cedo. Olhou para o lado, tendo a bela imagem daquele moreno adormecido, nem ligando para o despertador, que ele logo tratou de desligar. Teria que se acostumar que agora conviveria com um garoto ao seu lado. Isso era ruim. Muito ruim. Sua preocupação agora vinha em triplo: precisava se preocupar com a proteção de seu noivo, que já se mostrou ser alguém bem diferente do que todos pensam. Precisava se preocupar com o pai doentio que tinha, que certamente tentaria fazer mal a Dejota, e tinha que se preocupar com si mesmo, aguentar as torturas com todas as forças que ainda lhe restavam. A vida de sua família e de seu noivo dependiam disso.

Max observou Dejota, ainda adormecido. Estava de bruços, descoberto, com a perna direita dobrada, totalmente alheio à realidade. Max escaneou o corpo do menor vagarosamente, parando em sua bunda empinada e branquinha, e que por causa de ontem, merecia umas boas palmadas. Max suspirou, balançando a cabeça, tentando espantar aqueles pensamentos impróprios. Ele nunca foi do tipo que sai com muitas mulheres. Sua rotina dura e cansativa não o permitia se divertir, muito menos aliviar o estresse. E se ele mesmo não se enganava, fazia mais ou menos 1 ano e meio que o rapaz não transava. Não por falta de oportunidade, afinal, as mulheres caíam em cima querendo conquistá-lo, mas até nisso Max havia perdido o interesse. Ele não tinha mais ânimo para nada. Apenas desejava ter um pouco de paz, queria manter sua mãe e sua irmã longe das maldades de Bento, e agora... tinha seu noivo para se preocupar. Um problema a mais.

Com um longo suspiro de insatisfação, ele se levantou, sentindo sua cabeça latejar de dor. Nem ao menos às noites eram tranquilas para o rapaz. O estresse o dominava e isso estava lhe tirando até mesmo as poucas horas de sono. Seguiu para o banheiro, fazendo suas necessidades e parando de frente para o espelho, encarando seu reflexo. Por mais que ele odiasse, seu rosto lembrava o de Bento, e ali, Max se via se tornando a cópia do pai. Não totalmente, mas boa parte. Principalmente no quesito de impaciência. Ambos tinham pavio curto, e esse era um dos fatores para brigarem tanto.

Max novamente sacudiu a cabeça, voltando à realidade. Pegou sua escova e creme dental, começando a escovar os dentes, notando o detalhe de que agora sua escova dividia o espaço com a escova rosa de Dejota. Max revirou os olhos com aquilo. Ele realmente era quase uma menina, apenas tinha um pau entre as pernas.

O garoto parecia ter morrido ou entrado em coma na cama. Nada no mundo o acordaria naquele horário, e Max até o invejou por isso. Ele não precisava se preocupar com nada. Seu café certamente já estaria pronto e na mesa quando ele acordasse. Suas roupas estariam lavadas e passadas no mesmo momento em que ele sujasse. Qualquer segurança da casa estaria disponível para atender às suas vontades bobas. E ele não precisava se preocupar nem mesmo com a própria segurança, porque os outros fariam isso por ele. Riquinho mimado! Max logo pensou, cuspindo o creme dental e lavando a boca. Tomou um banho rápido e se vestiu com uma roupa casual e confortável. Talvez hoje, só hoje, ele poderia ter uma folga.

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora