⏩ C a p í t u l o || QUARENTA E NOVE ⏪

7.6K 825 109
                                    

Max respirou fundo, olhando atento ao Galpão enquanto se aproximava. Bento realmente não estava para brincadeiras. O lugar estava cercado por soldados fiéis e a maioria, traidores, que viraram às costas para Max e continuam obedecendo Bento.

Max abandonou o veículo, e logo estava sendo abordado por três soldados completamente armados.

— Armas no chão! — Max ergueu o olhar, reconhecendo a voz nojenta de Vitor, que sorria amarelo, vitorioso.

— Eu sabia que você seria um dos traidores. — Max falou, seco, não parecendo se intimidar. Passou seu olhar por cada soldado ali presente, gravando cada rosto na memória. E faria questão de lembrar futuramente. Alguns se retraíram, intimidados com o olhar cortante de Max.

— Eu nunca fui seu aliado. — Vitor rebateu, com desgosto.

— Espero que lembre-se disso quando eu for quebrar todos os seus ossos. — Max sorriu falso, com o tom ácido.

— Anda! Armas no chão! — Vitor ordenou, cansado daquele bate-boca. Max se viu obrigado a obedecer. No mínimo, havia 100 soldados presentes ali, isso somente por fora do Galpão. Max colocou as armas no chão, chutando na direção de Vitor.

— Não preciso delas para acabar com você, Vitor. — Max afirmou, tranquilo. Ele parecia inabalável.

— Acho bom rever os seus conceitos. Não está em posição de ameaçar ninguém aqui.

— Não estou ameaçando! — Rebateu rapidamente. — Estou afirmando o que vai acontecer. Ao contrário de você, eu cumpro com minhas promessas.

Vitor bufou, irritado, e então puxou Max pelo braço, o empurrando para dentro do Galpão gigantesco. Andaram por alguns corredores, até chegarem em um dos quartos, onde Bento estava sentado em uma poltrona negra, fumando um charuto tranquilamente. Max foi empurrado para dentro, e a porta logo fora trancada, deixando os dois à sós.

Bento o observou.

— Eu disse para trazê-lo. — Bento comentou, tragando seu charuto.

— Não vai tocar um dedo podre seu no Dejota. Eu jamais irei permitir. — Max rebateu, imponente. Bento suspirou, levantando da cadeira, derrubando o charuto no chão e pisando no mesmo.

— Tudo bem. Acabo com você e o pego depois.

— Solte minha mãe e minha irmã! Onde elas estão?! — Exclamou. Bento revirou os olhos, batendo duas palmas. Dois soldados entraram, trazendo Angellina e Elisa junto.

— Filho! — Angellina e Elisa o abraçaram fortemente.

— Mãe, irmã. Vocês estão bem? — Questionou, olhando as duas da cabeça aos pés, procurando qualquer ferimento que seja.

— Sim. Estamos... — Angellina falou, chorosa. — Bento, não faz mal ao nosso menino. — pediu, assustada.

— Vão embora daqui. Eu me resolvo com ele. — Max ordenou.

— Max, não! Você não precisa fazer isso. — Angellina suplicou, abraçando o filho, se recusando a sair dali.

— Eu preciso. Saiam! — Max ordenou novamente, tentando não fraquejar com as duas mulheres da sua vida.

— Deixem-nas ir. — Bento ditou aos soldados, voltando seu olhar para Max. — Já tenho o que eu quero. — comentou, enviando um sorriso sarcástico para o filho. Os soldados prontamente o obedeceram, colocando Angellina e Elisa para fora do Galpão, não permitindo a entrada das duas. — Dejota está grávido, não está?

— Como soube disso? — Max rebateu, não gostando de ouvir o nome do seu menino sair de uma boca tão nojenta quanto Bento.

— Tenho minhas fontes. Não se preocupe. Vou cuidar muito bem dessa criança, assim como cuidei de você. — Ironizou, soltando uma risada debochada.

— Primeiro, consiga sair vivo daqui. Enquanto eu estiver respirando, na minha família você não chegará nem perto!

— Não se preocupe. Sempre foi fácil derrubar você! — Em segundos, ambos se atracaram em uma briga física, rolando pelo chão molhado e sujo.

— Friederich

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Friederich... por favor... meus pulsos estão doendo. Eu quero sair daqui... — Dejota choramingou, caído no canto da parede, com os olhos doendo de tanto chorar.

— Não vou soltar até tudo estar seguro. — Friederich declarou, mexendo em alguns fracos e testando algumas misturas. Dejota parou de chorar ao sentir seu corpo formigando, de forma estranha, o deixando completamente arrepiado.

— Friederich... tem algo estranho acontecendo... — Comentou, olhando para seu próprio corpo, vendo várias bolinhas de luzes azuis emanando de si. Friederich o olhou, assustado.

— Será... mas está tão cedo!

— O-o que está acontecendo?

— Eu acho... acho que chegou a hora do nascimento.

— O quê?!

— Merda! — Friederich rapidamente correu para soltá-lo. — A turmalina negra está bloqueando seus poderes, e, consequentemente, o nascimento da criança.

— Também está impedindo que eu ajude meu marido, porra! — Dejota exclamou, irritado. Friederich o encarou seriamente.

— Eu vou te soltar, mas nem pense em colocar os pés para fora desse laboratório! Você vai focar em ter essa criança primeiro. Max está lutando por você, então também lute por ele e tenha essa criança em segurança. É isso que ele quer. — Dejota prendeu o choro, assentindo, sabendo que não tinha mais escolhas.

Foi levado até a maca, onde deitou. Uma grande quantidade de energia emanava do seu corpo. Uma luz forte, porém, bonita. Sob sua barriga, surgiu uma pequena bolinha branca, onde o feto foi se desenvolvendo lentamente, o que certamente demoraria algum tempo. Dejota estava desacordado, tendo toda a sua energia absorvida pelo bebê. A bolinha de luz ia crescendo de acordo com o crescimento do bebê. Friederich assistia a tudo com espanto e encantamento. Nenhum dos seus estudos imaginou que o nascimento seria de uma forma tão lustrosa e poderosa. Tão... anormal.

 anormal

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora