⏩ C a p í t u l o || QUARENTA E CINCO ⏪

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Canadá, Toronto – 22h:49m PM

Isaac resmungou, finalmente acordando. A dor de cabeça quase fazendo o garoto querer se matar. Mas Isaac bem conhecia aquela rotina, já era normal beber até não lembrar o próprio nome.

— Que bom que acordou. Eu preparei um chá para você. Vai tirar a ressaca. — Isaac ergueu o olhar, avistando Yuri na beirada da cama, com um leve sorriso no rosto.

— O que estou fazendo aqui? — Questionou, olhando o quarto bem organizado e não tão grande assim.

— Dejota e eu trouxemos você. Estava bêbado e... achei melhor te trazer para cá. — Explicou, com um tom baixo. Isaac suspirou, se sentando na cama.

— Certo, melhor eu ir. — Ditou, calçando os tênis e se levantando, mas Yuri fez o mesmo, se colocando na frente de Isaac.

— Espera! Eu quero falar com você.

— Sobre...? — Questionou, com descaso.

— Sobre... — Yuri respirou fundo, desviando o olhar. — Bom, eu... eu queria te chamar para morar comigo. — disse de uma vez. Isaac ficou em silêncio por dois minutos completos, com a expressão séria, observando Yuri atentamente.

— E por que eu aceitaria isso? — Seu tom saiu ácido, só contribuindo para deixar Yuri mais nervoso

— Porque eu... eu me preocupo com você, Isaac.

— Se preocupa? — Yuri assentiu, receoso. Em um piscar de olhos, Yuri fora jogado brutalmente em sua cama, tendo Isaac por cima do seu corpo, prendendo seus pulsos acima da cabeça.

— Isaac, o que você...?

— Sabe o que vai acontecer se eu vir morar com você, japonês? — Isaac questionou, com um olhar matador. Yuri apenas negou com a cabeça. — Eu vou foder com a sua vida. É isso que eu faço. Então, volta para o teu mundinho de estudos e se torne alguém na vida e esqueça essa história de se preocupar comigo. Eu já sou fodido o suficiente, não preciso de caridade. — Isaac o soltou, se levantando e indo embora, não esperando por respostas.

Assim que chegou em casa, Isaac entrou sem se preocupar se iria fazer barulho ou não. Já nem se importava mais.

— Onde estava até essa hora? — Vitor apareceu na escadaria, chamando a atenção do garoto.

— E você se importa? — Rebateu, amargo. Vitor suspirou, sorrindo maliciosamente.

— Me importo, porque hoje eu estou de folga, digamos assim. — Comentou, se aproximando de Isaac e acariciando seu rosto. O garoto tentou internamente não se deixar render por simples toques que ao mesmo tempo lhe causavam nojo, também lhe causavam arrepios de prazer.

— E por que não está fazendo companhia para as suas putas, ou devo dizer... o seu chefe querido? — Provocou, fazendo Vitor sorri.

— Eu já dei a atenção necessária que a vadia merecia. Agora... só falta você. Sabe muito bem que nenhum se compara a você, amor. — Isaac o olhou, mexido com aquela bendita palavra. E em segundos, Vitor já o beijava despudoradamente, jogando o garoto contra a parede e arrancando suas roupas. Isaac gemeu, não conseguindo resistir, e mais uma vez, se entregou totalmente...

Dejota respirou fundo, passando a mão em sua barriga, não sabendo exatamente quando a criança iria nascer

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Dejota respirou fundo, passando a mão em sua barriga, não sabendo exatamente quando a criança iria nascer. Seu dom ainda era tão confuso. Não saberia dizer se seria no tempo normal de 9 meses ou se seria antes, ou até mesmo depois. Ele não sabia, e nem mesmo Friederich poderia lhe conceder uma resposta concreta. Tudo que tinha certeza é que estava esperando um filho, e que esse filho iria nascer em meio a um caos sem fim.

— Tudo bem, bebê? — Max questionou, saindo do banho, usando apenas uma samba-canção preta e deitando ao lado do marido.

— Tudo. — Dejota respondeu.

— Não estou falando com você. Estou falando com nosso pequeno monstrinho aí dentro. — Max brincou, pousando a mão sob a barriga de Dejota, que revirou os olhos com o comentário.

— Idiota. — Resmungou. Max sorriu, deitando a cabeça na barriga de Dejota.

— Okay, e você, amor? Está com uma carinha tão preocupada desde cedo.

— No começo, quando descobrimos sobre minha gravidez, eu não surtei, eu não tive reação alguma. Na verdade, eu nem ao menos conseguia acreditar. Mas agora que se passaram alguns dias... eu estou ficando com medo. Eu estou muito assustado, Max. — Confessou, chamando a atenção de Max, que se levantou, abraçando o marido.

— Com o quê, amor? — Questionou, beijando o topo da cabeça de Dejota.

— Com tudo. Não sei se serei um bom pai. Não sei se... essa criança poderá ter uma vida normal. Não sei se conseguirei protegê-la dos nossos inimigos que não são poucos e estão mais perto do que imaginamos. Tudo isso me assusta, Max. Eu posso ter todos os poderes do mundo, mas pensar que terei uma criança que depende de mim para sobreviver... me deixa sem chão, entende? — Max suspirou, afagando os cabelos do menor.

— Eu te entendo, Deh. Acha que isso também não me assusta? Mas escuta bem: nós dois vamos dá a melhor vida que essa criança pode ter, e não importa o que aconteça, eu darei minha vida por você e por essa criança. Não se encha de preocupação pensando no futuro. Eu amo você e vou te protejer de qualquer mal. Tudo bem? — Dejota assentiu, choroso. Max o beijou docemente, enxugando as lágrimas do garoto, que insistiam em cair. — Para de chorar, bebê. Não gosto de te ver assim.

— Eu não consigo. Eu estou com vontade de chorar. — Murmurou, fazendo bico.

— Por quê?

— Eu não sei. — Disse, já começando a chorar mais ainda. Max riu, abraçando o garoto que mesmo aos prantos, conseguia ser fofo em todos os níveis.

Eu amo você, seu baixinho manhoso. — Max sussurrou, quando viu que o garoto dormia, acomodado em seu peito após muito chorar. — Ninguém vai te fazer mal. Absolutamente ninguém!

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora