⏩ C a p í t u l o || TRINTA E TRÊS ⏪

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Canadá, Toronto – 23h:02m PM

— Se não foi você, quem foi? — Max questionou, se afastando e olhando em cada box dali, mas não havia ninguém. Dejota desceu da pia, apurando sua audição. Ouvia conversas aleatórias, pensamentos de chateação e passos cautelosos próximo do corredor, bem perto da porta do banheiro.

“Esse lugar vai abaixo!”

Dejota escutou, e então correu para fora do banheiro, ouvindo os passos aumentarem e começarem a correr. Passou pelo salão, olhando em volta. Avistou do outro lado, uma pessoa, usando uma longa capa marrom, de capuz, olhando de soslaio para Dejota, e começando a correr.

Dejota apressou o passo, correndo entre os convidados e saindo para fora do salão, pulando sobre o causador daquela confusão. Ambos bolaram no chão, e Dejota logo foi arremessado para longe, batendo as costas em um poste. O garoto gemeu de dor, erguendo o olhar e vendo a pessoa misteriosa se aproximar, o observando.

— Quem é você? — Dejota questionou, confuso.

— Eu sou... a pessoa que vai destruir o seu querido marido. — Era uma voz masculina, jovem, talvez da mesma faixa etária que Dejota.

O garoto se levantou, arremessando naquele homem misterioso uma bola de fogo, mas ele conseguiu desviar facilmente, sorrindo.

— Você pode ser muito poderoso, mas não sabe usar nem um terço do seus poderes, o que te torna um completo inútil perto de mim. — O homem ditou, empurrando Dejota a quilômetros de distância em fração de segundos.

— DEJOTA!!! — Max gritou, correndo até o marido, o vendo caído no chão, gemendo de dor. Max olhou para o homem de capuz, e não pensou duas vezes em sacar a arma e descarregar o cartucho nele, porém, o homem apenas estendeu a mão, juntando as balas e as fazendo parar, deixando-as cair no chão em seguida.

— Conversamos depois, Maxwell. Uma conversa bem dolorosa. — O homem de capuz falou, calmo, virando às costas e indo embora.

— Dejota! Dejota, acorda! — Max chamou, o puxando para seu colo.

— Como... como isso é possível? — Dejota murmurou. — Foi uma experiência particular... não era para ser repetida...

— Vem, consegue levantar? — Dejota assentiu, recebendo a ajuda de Max para ficar de pé. — Quem era ele?! Eu descarreguei minha arma nele, e é como se não valesse de nada!

— Eu não sei... Mas ele quer te fazer mal, Max. Ele quer matar você. — Dejota falou, o abraçando.

— Seria novidade se ele estivesse do meu lado. — Brincou, abraçando Dejota, afagando os cabelos do garoto. — Fica calmo, o importante é que você está bem.

— Não, Max! — Exclamou, se afastando. — Eu não estou bem, não estou nada bem! Eu não consegui nem sequer ferí-lo. Ele está muito na minha frente. Ele conhece os poderes dele, e eu... sei o básico. Só aprendi a controlá-los.

— Então está na hora de aprender a usá-los, em vários níveis. — Max sugeriu.

— O que quer dizer?

— Você faz bolas de fogo, lê pensamentos, causa terremotos, usa telecinese, mas... em causas pequenas. Precisa expandir seus poderes, conhecer do que você próprio é capaz. Mas... eu não posso ajudar você nisso...

— Então, quem?

— O seu criador. — Afirmou, arrancando um sorriso de Dejota.

— Friederich! — Exclamou, animado. Mas logo seu sorriso sumiu. — Mas... você não tinha prendido ele?

MAX - O Mundo é Nosso (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora