Dia seguinte

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Mais um dia de trabalho, tinha chegado à pouco ao quartel e ainda não tinha visto o Severide com certeza adormeceu.

Meu pai depois de eu chegar a casa fez-me um interrogatório e eu acabei por dizer que tinha passado a noite com um rapaz, mas que não ia dizer quem era pois não era nada de sério neste momento. Claro que ele não gostou mas não disse nada. Ele não é aqueles pais autoritários que não deixa fazer nada. Ele pode não gostar mas não o diz e deixa-me decidir o que faço e o que quero da minha vida.

Sinto que lhe disse a verdade pois é isto que está a acontecer com Severide. Eu tenho sentimentos por ele, o que julgava ser uma atração é muito mais que isso, mas tenho receio que o mesmo não sinta o mesmo por mim e eu acabe magoada. O melhor seria terminar isto enquanto é tempo, mas sinceramente não consigo.

Severide entra na cozinha e nem me vê sentada na mesa, vai buscar uma caneca com café e sai da cozinha sem ver-me. Decido ir atrás dele e o mesmo está sentado na sua famosa poltrona a ler o jornal. Quando vou a chegar à sua beira entra uma mulher no quartel e vai ter com ele e senta-se no seu colo. O mesmo sorri para ela, aquilo está a deixar-me bastante irritada e triste ao mesmo tempo.

- Nova conquista do Severide? - meu pai pergunta-me quando aparece ao meu lado.

- Parece que sim. - digo sem parar de olhar para Severide.

O Severide nota que estamos os dois ali e olha para nós e sorri. E aquela mulher não sai do colo dele.

- Bom dia. - Severide diz para nós.

- Bom dia. - meu pai responde.

- Bom dia. - digo com uma cara nada boa.

Altifalante " Camião 81, Esquadrão 3,Tanque 51, ambulância 61, incêndio empresarial, rua..."

Vamos pra o camião, visto e equipamento e entro. Saímos do quartel e eu bufo irritada.

- Quem era a mulher que estava com o Severide? - Otis pergunta.

- Também não sei mas aposto em mais uma das suas conquistas. - meu pai diz.

- Aquele homem é demais. - Mouch comenta.

- Devia ganhar juízo. - digo

- Ele quando encontrar a pessoa ideal irá deixar de ser assim vão ver. - meu pai comenta.

Depois de o meu pai dizer aquilo sinto-me ainda pior do que já estava. Se ele mesmo depois de estar comigo ainda continua com outras mulheres, com certeza a pessoa ideal não sou eu. Também que raio esperava eu? Que um homem como Severide se apaixonasse por uma miúda como eu.

Chegamos a fábrica onde está a haver o incêndio de grandes dimensões. Um dos homens diz ao chefe Boden que ainda estão muitas pessoas lá dentro por essa razão somos divididos em equipas de dois e entramos no local. Eu fiquei com Otis, desta vez meu pai confiou nas minhas capacidades para não fazer par com ele.

- Bombeiros gritem. - digo bastante alto para todos ouvirem. E sucesso pois ouvimos a gritar.

Eu e o Otis vamos em direção às vozes e vemos dois homens deitados no chão. O Otis pega num e eu pego noutro, o homem era bem pesado, deve ter o dobro do meu peso, mas tenho de conseguir. Caminho para fora da fábrica e quando chego ao exterior pouso o mesmo numa maca.

- Estás bem? - Otis pergunta.

- Sim - respiro fundo

- Pessoal têm dois minutos para sair daí. - Boden diz para seu rádio.

Olho em volta e vejo Severide ao lado de outra ambulância com mais feridos, procuro por meu pai mas não o vejo. Há uma explosão na fábrica sem ninguém contar o que nos assusta a todos.

Chicago Fire - A Verdadeira Paixão de SeverideOnde histórias criam vida. Descubra agora