Erro

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Olho para trás e vejo o homem caído no chão, olho para a frente e Jay está próximo de mim percebo que foi ele a disparar. Vou até ele e abraço-o.

- Está tudo bem. - Jay aperta-me em seus braços.

- És o meu herói. - digo quando o largo.

- Vai para o carro do Severide, ele leva-te até ao quartel.

- Bem não me agrada a ideia mas está bem. - não agrada-me mesmo.

Dou-lhe um beijo na bochecha e vou para o carro do Severide, quando entro meto o cinto e fico a olhar para o vidro sem dizer nada. Ele liga o carro e arranca. Ele sai na saída mais próxima e volta para a auto estrada, mas desta vez íamos no sentido para Chicago.

- Estás bem? - ele quebra o silêncio.

- Sim. - falo simplesmente isso.

O silêncio constrangedor volta.

...

Chegamos ao quartel e quando vou abrir a porta para sair do carro a mesma está trancada.

- Destranca as portas. - peço a ele.

- Não. - ele diz e eu olho para ele.

- Porquê?

- Com a neve ninguém consegue ver para dentro do carro. - ele diz e eu fico sem entender.

- Que queres dizer com isso?

Severide puxa o seu banco para trás e depois puxa-me para o seu colo. Tento sair dali mas ele não me larga. Acaba por virar-me de frente para ele e meter as minhas pernas uma de cada lado da sua cintura. Ele começa a beijar o meu pescoço e eu acabo por ceder mesmo sabendo que aquilo é errado, a saudade que sinto dele naquele momento é maior. Roço o meu corpo contra o seu amiguinho e sinto o mesmo a ficar animado. Severide para de beijar-me o pescoço e olha para mim, ele acaricia-me o rosto e depois beija-me. O beijo fica mais intenso e massajo o seu amiguinho por cima das calças. Severide desaperta as minhas calças e eu levanto-me e saio do seu colo para ele as tirar junto com as cuecas. Volto para seu colo e desaperto as dele e puxo-as até aos joelhos junto com os boxers. Não íamos tirar a roupa toda por causa do frio, mas por incrível que pareça eu sentia meu corpo a arder neste momento. Severide segura no seu membro e o coloca na minha entrada, eu desço o meu quadris de uma vez só e ele preenche-me por inteiro. Começo a saltitar no seu colo e ele segura-me e ajuda-me a aumentar o ritmo.

- Como eu tinha saudades tuas. - ele admite.

- Isto é errado. - falo entre gemidos.

- Não é errado pois eu amo-te.

Paro os movimentos e olho para ele.

- Se amas-me porque estás com ela? - pergunto.

- Não sei, simplesmente ela estava lá quando não estava bem, acho que a tento usar para te esquecer apesar de isso ser errado, mas não consigo te esquecer.

Volto a movimentar-me a passado um tempo chegamos os dois ao nosso ápice. Saio do colo dele e sento-me no banco de passageiro e visto minhas cuecas e calças. Severide puxa os seus boxers e calças para cima.

- Ver-te com ela dói. - admito.

- Ainda amas-me? - ele pergunta e eu olho para ele.

- Acabei de fazer sexo contigo no carro correndo o risco de alguém nos ver, o que achas?

- Então porque acabaste comigo?

- Tu sabes que só acabei contigo para evitar discussões por estares do lado dela.

- Sabes que essa razão para terminar não fez sentido.

- Eu sei mas eu na altura estava com raiva de a apoiares, eu era a tua namorada e tu defendias a mulher que mais me fez sofrer.

- Ainda sentes isso?

- Sim, mas também sinto tristeza pois tu foste logo te envolver com ela, fizeste-me pensar que isso poderia acontecer mesmo se continuasses comigo. digo o que sempre pensei este tempo todo.

- Eu nunca te trairia.

- Amas-a?

- Acabei de dizer que te amo a ti e que só a usei para te esquecer.

- E para ter sexo.

- Katniss ...

- Não isto foi um erro, as coisas devem continuar com estão. - digo de uma vez.

- Para continuarmos a sofrer?

- Vais continuar do lado dela?

- Só quero que percebas que ela não é tão má pessoa como pensas. e continua a defende-la.

- Ok, isso respondeu a tudo, abre a porta. - peço.

Severide destranca as portas e eu saio do carro e vou para o quartel, ao chegar lá todos vêm ter comigo e depois de muitos abraços vou para o dormitório do meu pai descansar. Deito-me na cama e olho para o teto. A minha cabeça está uma confusão, eu não devia ter feito sexo com Severide, aquilo tinha sido um erro de todas as maneiras. Eu o amo e ao fazermos aquilo fez com que criasse falsas esperanças. Ele pode dizer que me ama e que só a usou mas no fundo eu sinto que ele sente algo por ela pois ele a continua a defender.

- Posso? - Gabby diz à porta.

- Claro.

Sento-me na cama e Gabby senta-se na mesma de frente para mim.

- Disseste milhares de vezes que estás bem, mas pareces bastante abatida.

- A situação foi complicada mas estou bem. - digo.

- Não estou a falar do que aconteceu hoje, noto que andas triste à algum tempo, mas hoje pareces pior, sei que a situação da Stella te deixa assim mas sinto que é outra coisa, uma coisa chamada Severide.

- Ele era meu melhor amigo e está do lado dela.

- Ele é a pessoa que amas? - ela diz e eu olho para ela boquiaberta e para disfarçar começo às gargalhadas.

- Gabby que loucura é essa?

- Não é loucura nenhuma só não nota quem não quer, conheço Severide aos anos e nunca o vi a olhar para uma mulher como olha para ti. Quando ele está com Stella e ela o beija vejo que te controlas para não chorar.

Gabby sabia decifrar bem os sentimentos das pessoas. Ela era muito boa nisso. Eu confio nela mas tenho receio que ela contasse ao meu pai, pois a relação deles sempre foi um livro aberto, eles nunca tinham segredos um para o outro.

- Nada disso são coisas dessa cabecinha. - minto.

- Sei que tens medo que conte ao Casey podes confiar que o que me contas eu não conto, apesar de não termos segredos os assuntos que não são meus e sim das minhas amigas ele não precisa de saber, pois esses não são segredos meus.

- Eu e Severide estivemos juntos. - decido não mentir mais a ela depois do que ela diz.

De todas as reações que eu pensava que Gabby ia ter nunca pensei que a mesmo ficasse tão feliz.

- Ele era o teu namorado secreto? - ela pergunta para confirmar.

- Sim.

- E acabou tudo por causa da Stella?

- Sim.

- Sinceramente não sei onde estava com a cabeça quando a apoiei. - ela admite.

- Ela é falsa.

- É mesmo, eu vou te ajudar. - ela diz convicta.

- Ajudar? - pergunto sem entender.

- Vamos mostrar ao Severide quem é aquela mulher.



Até ao próximo capítulo.

Chicago Fire - A Verdadeira Paixão de SeverideOnde histórias criam vida. Descubra agora