Análises

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A entrada da sala de tratamento está Stella. Ela olha para nós a espera que falássemos algo.
O medo consumia o meu corpo, ela ouviu Severide a dizer que me ama.

- Como eu fui tão burra? Como não percebi que era ela? - Stella diz como se agora na cabeça dela tudo fizesse sentido.

- Stella não é o que pensas. - Severide tenta que ela não pense o que está a pensar.

- Não me tentes fazer de burra. - ela diz a ele.

Stella vai embora sem dizer mais nada nem nos deixar falar. Eu tinha certeza absoluta que ela vai dizer a todos o que ouviu.

- Ela vai contar a todos o que ouviu. - digo a Severide.

- Pode ser que não.

- Como não? Severide ela não é propriamente a pessoa que guardará isso para si.

- Que queres fazer?

- Não sei, eu tenho medo, medo da reação deles, medo de te perder. - mal eu digo aquilo Severide abraça-me.

- Ei tu nunca me irás perder, porque pensas isso?

- Não sei, sinceramente acho que tenho medo de que quando souberem tentem fazer-te ver que não é certo estarmos juntos. - eu tinha mesmo medo disso.

- Se disserem isso eu não irei ouvir, se me derem concelhos para terminar contigo eu nunca o farei. Podem aparecer mil obstáculos que eu nunca deixarei de te amar.

Sorrio para o mesmo com algumas lágrimas nos olhos e o puxo para mim e abraço-o.

...

Estou quase a adormecer quando Connor entra na sala de tratamento onde eu estou. Neste momento só estou lá eu, eu basicamente obriguei todos a voltar para o quartel e acabar de comer a ceia de Natal, claro que meu pai é Severide refilaram mas eu ameacei não falar com eles amanhã. Stella pelo que me pareceu até aquele momento ainda não contou nada.

- Sozinha? - Connor pergunta-me.

- Obriguei-os a voltar para o quartel.

- E obedeceram? - ele pergunta sem acreditar.

- Claro.

- Boden que tenha cuidado, tem aqui uma potencial chefe a altura. - ele diz a rir-se.

- Nem brinques, não queria nada o trabalho dele.

- Muito stress?

- Isso mesmo.

- Bem eu vinha avisar-te que há um problema no laboratório e as análises vão demorar mais um bocado.

- Ok, não há problema.

- Consegues andar?

- Sim bem pelo menos depois de ser atacada conseguia.

- Então a menina gostaria de acompanhar-me até ao bar? - ele pergunta.

- Claro.

Connor ajuda a levantar-me da cama e tira-me o soro que já tinha acabado. Vamos até ao bar e Connor pede duas fatias de bolo.

- Os outros pacientes se me vissem iam ficar com inveja. - digo na brincadeira.

- Não vou deixar uma amiga no Natal deitada sozinha numa cama de hospital.

- Espera já é meia noite? - pergunto enquanto como.

- Sim mais precisamente 00:17. - ele diz ao olhar para seu relógio.

- Feliz Natal. - digo

- Para ti também.

-Por esta é que eu não esperava. - admito.

- Espera, não entendi?

- Passar a noite de natal no hospital

- É o que dá seres a heroína da história. - ele diz e eu rio-me.

- Muito engraçadinho.

Depois de acabar de comer volto para o quarto e o Connor volta ao trabalho. Incrível como na noite de Natal as urgências estão tão cheias. Como meu pai diz nem no dia de hoje Chicago tem sossego. Sinceramente apesar de tudo o que acontece nesta cidade e de não ser uma cidade pacífica acho que não conseguia ir viver para outra cidade, eu amo esta cidade e vejo-me perfeitamente a envelhecer aqui.
April aparece e senta-se na cadeira ao meu lado.

- Tenho 15 minutos para te fazer companhia, já não aguentava mais te ver aqui sozinha. - ela diz.

- Começo a achar que estou a ser mais privilegiada que os outros pacientes.

- Ao contrário dos outros pacientes tu és uma amiga e toda gente aqui gosta e se preocupa contigo.

- Bom saber. - sorrio mais.

- Tens dores? - April pergunta.

- Estou um bocado dolorida mas é normal.

- Toda gente aqui no hospital diz que foste uma heroína. - fico surpreendida com o que ela diz.

- Só fiz o que qualquer pessoa faria.

- Acredita eu não o faria, deixava-o fugir.

- Sabes se ainda demora muito as análises? - pergunto.

- Ainda há pouco o Dr. Rhodes mandou-me ligar para lá e eles me disseram que ainda ia demorar um bocado, pelo que sei alguma maquineta deu o berro.

- Ok.

- Tenta dormir um bocado, quando soubermos os resultados te acordamos. - ela aconselha-me.

- Acho que vou seguir o teu conselho pois estou de rastos.

April tapa-me melhor e sai da sala de tratamentos e fecha as cortinas e a luz para eu conseguir descansar. Era uma missão quase impossível dormir com tanto barulho mas eu como estou muito cansada acabo por adormecer logo.

...

Acordo com Connor a chamar-me.

- Desculpa acordar-te. - ele diz.

- Não tem mal, então já tens os resultados das análises? - pergunto enquanto sento-me na cama.

- Sim, finalmente tenho.

- E?

- Os valores estão todos bem, mas há uma coisa que vi nas análises que deves saber e não te preocupes não é nada de mal.

- Diz logo?- pergunto curiosa.

- Há aqui um valorzinho que está mais alto e isso acontece quando uma mulher está grávida. - ele diz e eu fico sem reação.

Como assim grávida? Eu tomo a pílula logo só podia ser algum engano.

- Eu tomo a pílula. - digo sem acreditar.

- Sabes que há sempre aquele 1% que pode falhar.

- Posso fazer um teste de gravidez assim vemos se é verdade? - peço a ele.

- Há uma maneira mais rápida e eficaz de confirmarmos.

- Como?

- Ecografia e por sorte a máquina está mesmo aqui. - ele aponta para a mesma.

- Ok, vamos lá então.

Connor liga a máquina e depois de passar o gel na minha barriga encosta aquela merda gelada que não sei o nome à mesma. Os minutos que ele fica a olhar para o monitor parecem horas. Ele estava com uma expressão serena a olhar para o monitor.

- Então? - pergunto nervosa.

- Katniss estás grávida de oito semanas.

Olá, olá a nossa Katniss está grávida 😍😍😍

Até ao próximo capítulo.

Chicago Fire - A Verdadeira Paixão de SeverideOnde histórias criam vida. Descubra agora