E já era dia de mais um turno, estou com Severide a sair da reunião matinal e fomos para o seu dormitório. Ele está a preencher uns papéis enquanto eu estou sentada na sua cama.
O altifalante anuncia uma chamada para o camião 81 e eu saio a correr do seu dormitório e vou para o camião. Ao chegar ao local da chamada vemos que era um carro que bateu num poste e era preciso tirar a mulher do carro. Depois de a tirarmos, arrumamos tudo e voltamos para o quartel.
Ao chegar lá vejo que Jay está lá. Saio do camião a correr até ele e abraço-o, Severide que está na mesa do esquadrão e assistia a tudo não está com boa cara.
- Que fazes aqui? - pergunto quando o largo.
- Preciso da tua ajuda. - olho para ele sem entender.
- Ok, diz.
- Podemos falar noutro sítio? - Jay pede-me.
- Claro.
Levo Jay até a sala de reuniões. Sento-me em cima de uma das mesas e ele fica em pé a minha frente.
- Que se passa?
- Conheces Mateus Hernandez? - ele pergunta-me.
- Sim ele era da minha turma, mas na verdade não era amiga dele, só falávamos o essencial.
- O pai dele é líder de um gangue.
- Sim e Mateus pelo que sabia apesar de tudo não estava envolvido nos negócios do pai.
- O pai dele matou três crianças. - ele diz e eu olho sem acreditar para ele, sabia que o pai de Mateus era mau mas nunca pensei que fizesse isso.
- O que? - pergunto querendo saber mais.
- Numa disputa de gangues, a coisa correu mal e três crianças inocentes que iam passar na rua foram assassinadas.
- Ok, mas para que precisas da minha ajuda? - pergunto sem entender para que ele queria a minha ajuda.
- Mateus sabe o que aconteceu e ele é boa pessoa pelo que vi até agora.
- Sim isso é verdade, apesar de não me dar com ele, ele sempre foi muito educado comigo. - digo a verdade.
- Acho que és a pessoa ideal, toda gente gosta de ti e te vê como boa pessoa.
- A pessoa ideal para quê? - mais uma vez não entendo.
- Ele está na delegacia e preciso que ele nos diga o que o pai fez, mas como sabes apesar de ele saber que aquilo foi errado, ele nunca nos irá denunciar o pai.
- Queres que eu o convença? - pergunto já entendendo tudo.
- Sim.
- Porque ele havia de dizer a mim e não a vocês?
- Porque ao contrário de nós ele conhece-te.
- Ele nunca iria confessar a mim, mas sei uma pessoa a quem ele diria o que aconteceu. - de repente me lembro dele.
- Quem?
- Kyle. - ele com certeza iria dizer a Kyle, eles eram amigos.
- Achas que ele consegue?
- Eles pelo que sei eram e são amigos.
- Ok, tens o número de Kyle?
- Sim. - pego meu telemóvel e passo o número de Kyle para Jay.
- Vou falar com ele então, obrigada.
- Sempre aqui para tudo.
Abraço-o e Jay vai embora.
...
Já era de noite e estou do lado de fora com o meu pai quando vejo um carro a parar em frente ao quartel e o Kyle a sair do mesmo. Vou até ele.
- Oi Kyle. - digo enquanto aproximo-me dele.
- Obrigada. - abraça-me.
- Porquê?
- Se tu não te lembrasses de mim e eu não fosse falar com Mateus ele seria preso por algo que não fez só para proteger o pai.
- Pensava que Jay só queria que ele entregasse o pai, que não tinha nenhuma acusação contra ele.
- E não tinha mas antes de chegar lá Kyle tinha confessado que tinha sido ele para ilibar o pai. - ele conta-me.
- Meu deus. - digo sem acreditar que ele se ia sacrificar pelo pai, mas se fosse eu talvez fizesse o mesmo.
- Felizmente consegui fazê-lo ver que mais uma vez não poderia estragar a sua vida por causa daquele homem que nunca quis saber dele.
- Fico feliz que tenha acabado tudo bem. - sorrio para Kyle.
- Já que estou aqui queria pedir desculpa por aquele dia.
- Tudo bem. - está mesmo tudo bem.
- Amigos?
- Amigos. - concordo com ele.
Kyle vai embora e eu volto para a beira do meu pai que está a fumar um charuto encostado ao camião.
- Que ele queria? - meu pai pergunta curioso.
- Nada demais.
- Por favor diz-me que não te reconciliaste com ele? Diz-me que ele não é o teu namorado secreto?
- Não é, somos só amigos.
- Ufa, nunca gostei muito dele. - ele diz aliviado.
- Eu sei.
Severide aparece a nossa beira com um charuto e também encosta-se ao camião.
- Então de que falam? - ele pergunta-nos.
- Estávamos a falar do ex namorado da minha filha, ele esteve aqui e eu tive receio que tivessem voltado. - meu pai diz a ele.
- Ah, que fazia aqui? - Severide pergunta-me.
- Veio agradecer por causa de uma coisa, não foi nada demais. - digo.
- Bem tenho de ir preencher papelada, até já. - meu pai diz.
- Até já. - eu e Severide dizemos ao mesmo tempo.
Meu pai vai embora e eu ocupo o lugar onde ele estava. Severide parecia desconfortável e eu sabia qual era a razão.
- Foi um caso de polícia, estava envolvido um ex colega meu da escola e Jay queria que eu ajudasse, mas eu dei a sugestão de Kyle porque ele é amigo desse sujeito. Kyle veio cá agradecer por o ter chamado para ajudar o amigo. - conto-lhe.
- Obrigada por me contares, sabes que às vezes fico meio ciumento.
- Não se nota nada.
Rio e encosto-me ao seu ombro enquanto o mesmo fuma o charuto. Não via problema em estar encostada ao ombro dele pois os amigos fazem isso. Está uma noite fria, mas graças a deus nem está a chover nem a nevar.
- Quero beijar-te. - Severide diz.
- Sabes que não podemos.
- Eu sei, quando tiverem todos a dormir aí já podemos.
Olho para o mesmo e sorrio. Eu também queria beijá-lo. Era difícil passar 24 horas a trabalhar com ele e não ter qualquer contato com o mesmo.
- Depois de estarem a dormir, vou para a sala de equipamento, espero lá por ti. - digo.
- Sim senhora. - ele diz a brincar comigo.
- Amo-te. - digo baixo a ele.
- Amo-te.
Até ao próximo capítulo.
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Chicago Fire - A Verdadeira Paixão de Severide
FanfictionSerá desta que Kelly Severide irá assentar de vez com alguém? Baseado na série televisiva Chicago Fire. Todos os direitos reservados ao autor ou seja a história é minha e não tolero nem aceito qualquer cópia da mesma.