Passou dois dias desde a morte de Benny Severide. Hoje é o seu funeral e eu neste momento estou em frente a igreja com meu pai e Gabby. Severide nestes últimos dias mal tem falado alguma coisa. A dor era visível em si. Connor contou-me que o acidente foi na rua a seguir ao apartamento de Severide, ao que parece Benny ia lá. Severide tinha acabado de sair de casa para a festa de Herrmann quando viu o acidente.
Olho para a rua e vejo a carrinha da funerária a chegar com o caixão e Severide vem com seu carro atrás. Ele estaciona e vem ter conosco e abraça-me logo. Depois de me largar abraça meu pai e Gabby.
- Obrigada por terem vindo. - ele agradece.
...
Já ia a meio do funeral e agora era a altura de Severide ir falar. O mesmo que está ao meu lado levanta-se e beija a bochecha da sua mãe e depois olha para mim.
- Desculpa. - diz baixinho e eu não entendo porque diz aquilo.
Severide vai até ao altar e olha para todos e suspira logo em seguida.
- Benny Severide apesar de tudo era um dos homens mais corajosos que eu conheci, ele foi uma das razões de eu tornar-me bombeiro. Apesar das nossas brigas eu o amava, ele era o meu pai. Benny queria que tivesses estado mais presente na minha vida. Queria poder ter partilhado contigo os momentos de felicidade que passei. - ele para de falar e olha para mim mas logo continua - Queria ter me despedido, queria ter te abraçado uma última vez mas sobretudo queria que tivesses conhecido o teu neto e ficado a saber quem era mulher que amo. Prometo que o Matthew irá saber quem era o avô. Descansa em paz, pai.
Depois de Severide dizer aquilo todos olham para mim incluindo o meu pai que está ao mau lado. Eu nem sei como me sinto naquele momento simplesmente não esperava que ficassem a saber de mim e do Severide durante o funeral do pai do mesmo. Severide volta para a minha beira e a mãe dele que está ao seu lado abraça-o.
O padre fala mais um bocado e o funeral acaba. Vamos todos para parte de fora da igreja para uma última homenagem dos bombeiros. Severide juntamente com alguns dos integrantes do quartel 51 levam o caixão até à carrinha da funerária. Depois vem ter comigo e eu vou com ele de carro atrás da carrinha até ao cemitério. Durante o caminho nenhum de nós fala.
Ao chegar ao cemitério e depois de enterrarem o caixão saio da beira de Severide e vou te com meu pai que olha para mim com cara de desprezo e vira-me as costas e vai para o seu carro com Gabby que me olha com pena. Olho para as pessoas que ainda estão lá e noto que todos falam e olham para mim, está mesmo na cara que falam de mim e Severide.
Procuro pelo mesmo e vejo ele ao pé do carro da sua mãe a despedir-se da mesma, ela vê que olho para eles e chama-me. Vou até eles.
- Querida fico muito feliz por ti e pelo meu filho, quando nascer quero que me liguem logo. - Jennifer, a mãe dele diz.
- Obrigada.
A mesma abraça-me e depois entra no seu carro e vai embora. Severide olha para mim mas tal como eu não consegue dizer nada. Vou em direção ao carro do mesmo e entro e ele passado um tempo também entra no carro e dá partida.
- Vais para minha casa ou tua? - ele pergunta quebrando o silêncio.
- Tua, visto que não consigo encarar o meu pai.
- Desculpa.
- Já o pediste. - continuo a falar sem olhar para ele.
- Estás chateada?
- O que achas Kelly?
- Já era altura de saberem.
- E tu claro não podias ter escolhido um momento melhor.
- Era um momento como qualquer outro.
- Eu sei que o pessoal ia ficar surpreso, mas preferia que tivéssemos contado num dia mais calmo sem ser num funeral em que para além do pessoal do quartel estava muito mais gente.
- E que mal tem essa gente saber? - ele pergunta.
- Não teve mal nenhum simplesmente senti que a partir desse momento as atenções foram todas para mim, Kelly nos tínhamos combinado contar quando os dois tivesses prontos e sabes muito bem que eu ainda não estava, para mim o que fizeste foi uma falta de respeito comigo. - digo a olhar para ele.
Severide não diz mais nada. Chegamos a casa do mesmo e eu vou para o sofá e ligo a televisão e fico a ver Friends. Severide vai para o quarto. Sei que neste momento não devo discutir com ele por causa da morte do pai mas sinto que o mesmo me desrespeitou e eu não consigo fingir que nada daquilo aconteceu.
...
Já era de noite e eu estou a fazer o jantar. Severide ainda não saiu do quarto. Batem a porta do apartamento e eu dirijo-me para a mesma.
Abro a porta e era nada mais nada menos que o meu pai.- Onde ele está? - ele diz bastante irritado e alterado. Parece que tinha estado a beber.
- Pai calma. - peço.
- Eu não sou teu pai.
Quando ele diz aquilo as lágrimas veem-me logo aos olhos. Doía demais ter ouvido aquilo.
Casey passa por mim e vai até ao quarto de Severide eu fico sem saber o que fazer mas quando ouço algo a partir corro até lá. Casey bate em Severide enquanto o mesmo está no chão sem mexer-se.- Pai, pára. - grito.
- A minha filha, tinhas tantas mulheres a teus pés para iludir. Porque ela? Tens idade para ser pai dela. - meu pai diz aos berros.
- Eu amo-a. - Severide diz calmamente.
- Tu não a amas, tu só a queres para prazer. Tu não amas ninguém Kelly. És um mulherengo e nunca o deixarás de ser. - meu pai fala ainda alto.
- Eu mudei, por ela eu mudei. - Severide diz.
Casey continua a bater em Severide.
- Pai por favor para eu amo-o. - imploro a meu pai.
Quando digo isso Casey para e olha para mim, depois levanta-se e sai do quarto e vai embora.
Sento-me na cama e choro pois isto tudo doía demais. Severide levanta-se devagar por causa da dores e senta-se ao meu lado. O mesmo tenta abraçar-me mas eu empurro-o.- Hoje é melhor ir dormir para o quarto de hóspedes. - digo a ele.
Saio dali sem dizer mais nada e deixo ali o homem que amo. Severide podia ter vários hematomas no corpo e eu apesar de importar-me não consigo cuidar do mesmo. Pois um coração ferido não consegue curar dos outros.
...
No dia seguinte levanto-me é vou logo tomar um banho depois disso visto-me e vou até a cozinha fazer um chá pois sentia-me nervosa.
De repente Severide sai do seu quarto e vem até mim.- Bom dia. - ele diz.
- Bom dia.
- Queres boleia para o trabalho?
- Sim visto que deixei o mau carro em casa do meu pai. - digo enquanto bebo o chá.
- Ainda estás chateada comigo?
- Não mas estou magoada.
- Queres terminar? - ele diz e vejo que tem medo da resposta.
- Claro que não eu amo-te só preciso de um tempo para recompor as ideias.
- Mas esse tempo será afastada de mim?
- Sim. - eu preciso mesmo de um tempo.
- Então é o mesmo que terminar.
Severide sai de casa.
Até ao próximo capítulo.
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Chicago Fire - A Verdadeira Paixão de Severide
FanfictionSerá desta que Kelly Severide irá assentar de vez com alguém? Baseado na série televisiva Chicago Fire. Todos os direitos reservados ao autor ou seja a história é minha e não tolero nem aceito qualquer cópia da mesma.