Dia com Jay

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Katniss

- Sev estamos tão bem assim, não vamos estragar o que temos agora. - digo a verdade.

- Eu não desisto facilmente.

- Sei que não.

...

Já era de outro dia e estou a tomar banho para ir embora do quartel. Saio do chuveiro e enrolo uma toalha à cabeça e outra ao corpo e vou para a zona do cacifos. Quando chego ao cacifos Severide ainda está lá, meu cacifo era ao lado do dele e quando abro o mesmo, Severide vê-me.

- Que bela vista. - ele diz.

Visto-me e o mesmo fica o tempo todo a olhar para mim.

- Pareces um paparazzi. - digo a ele.

- Bem é difícil não olhar para ti.

- Vai lá embora para casa.

Severide dá-me um beijo na bochecha e vai embora. Depois de arrumar tudo na mala saio do quartel e vou para casa com o meu pai e com Gabby. Chego a casa e como não tivemos chamadas de noite acabei por dormir, logo decido pegar no meu carro e ir até a delegacia ver Jay.

- Olha se não é a minha bombeira preferida. - Trudy diz.

- Bom dia Trudy, Gabby vai ficar com ciúmes. - digo na brincadeira.

- Só digo verdades, então que fazes aqui? - ela diz a rir.

- Venho à procura de Jay ele está?

- Sim está lá em cima, podes subir que tenho certeza absoluta que Voigh não se importa.

- Ok, até já.

- Até já linda.

Subi até à zona da Inteligência e vejo Jay sentado na sua secretária a preencher papéis. Vou até ele e o mesmo quando vê-me sorri e levanta-se e vem abraçar-me.

- Já tinha saudades. - ele diz no fim do abraço.

- Eu também.

- Então conta aí as novidades.

- Bem eu e o Severide voltamos a ser amigos e ele ontem a noite acabou com Stella.

- Quero saber tudo em pormenores. - ele diz e eu rio.

Sento-me em cima da sua mesa e ele senta-se na sua cadeira e eu conto-lhe tudo que aconteceu nestes últimos dias.

- Estás a pensar em voltar a namorar com Severide? - ele pergunta.

- Acho que por agora estamos bem assim.

- Só não quero que voltes a sofrer.

- Não irei.

- Bem hoje o dia está bem parado que tal irmos ao Starbucks que há aqui perto?

- Ótima ideia sabes que adoro Starbucks.

Saímos da delegacia e vamos para o Starbucks, ao chegar lá pedimos dois chocolates quentes e sentamo-nos numa das mesas.

- Como vão as coisas no trabalho? - pergunto.

- Tudo bem, hoje o dia como vês está calmo.

- Para admirar, já perdi a conta de quantas chamadas de tiroteios respondemos.

- Vocês vão sempre com a ambulância? - ele pergunta.

- Sim quando é ferimento de tiroteio mesmo que não seja grave nem precise da ajuda do camião nós vamos com a ambulância. Quando é mais grave até o esquadrão vai.

- Às vezes esqueço-me que tal como nós vocês estão sempre a meter-se em situações perigosas.

- A única diferença é que a nossa arma é um pé de cabra. - eu digo e ele ri-se.

De repente ouvimos o rádio de Jay, está a haver um tiroteio numa rua aqui perto. Saímos a correr do Starbucks e depois de entrar na carrinha de Jay vamos em direção ao local. Ao chegar lá vemos que o mesmo era numa mercearia.

- Não saias daqui. - ele pede-me.

- Ok, vai lá.

Jay saí do carro e vai para a mercearia. Passado cerca de 2 minutos os tiros param e vejo Jay a vir a porta da mercearia e a chamar-me. Saio do carro e vou até ele.

- Temos um miúdo de um gangue morto e outro de outro gangue ferido preciso da tua ajuda com ele. - ele diz mal chego à sua beira.

- Ok.

Entramos e vejo um miúdo que deve ter cerca de 15 anos morto no chão e outro miúdo com cerca da mesma idade num corredor com um tiro no abdómen. Vou até ele e vejo que a bala entrou e saiu.

- Preciso de algo para fazer pressão. - peço a Jay e faço pressão com as minhas mãos.

- Ok. - ele sai da minha beira.

Jay passado um tempo aparece com toalhas que o dono da mercearia deu-lhe. Faço pressão com as mesmas no local e espero que a ambulância chegue.
A ambulância e outros polícias chegam e o miúdo é transportado para o hospital. As paramédicas antes de ir embora dão-me papel para limpar o sangue das mãos o mesmo como já estava a ficar seco custa a sair.

Vou ter com Jay que está a falar com o dono da mercearia, o senhor está aterrorizado.

- Ok se for preciso mais algo será chamado à delegacia. - Jay diz ao homem.

Eu e Jay saímos da mercearia e voltamos para o carro.

- Que aconteceu? - pergunto a ele mal entramos no carro.

- Como já te disse eram miúdos de gangue a rivais, ao que parece se encontraram na mercearia e começaram a discutir e tudo acabou numa troca de tiros

- Meu deus eram só crianças.

- Infelizmente cada vez começam mais cedo, a semana passada prendemos um de 12 anos. - ele diz e eu olho para ele sem acreditar.

- Eu com 12 anos brincava com barbies.

Jay ri-se do que disse e conduz até à delegacia. Ao chegar a mesma Jay vai lá para cima falar com Voigh e eu fico com Trudy.

- Vocês dão-se muito bem. - Trudy diz.

- Sim. - concordo com ela.

- É só amizade ou algo mais? - ela pergunta toda alegre.

- Só amizade mulher, nunca veria Jay com outros olhos. - admito a verdade.

- Nunca digas nunca. - ela pisca o olho.

- Pára com isso sua casamenteira. - digo a rir.

Trudy ri-se e eu continuo a falar com ela até Jay voltar. Passados uns belos minutos ele volta.

- Bem estou na hora de almoço, vamos almoçar? - Jay diz ao chegar à minha beira.

- Claro, até logo Trudy.

- Juízo meninos. - ela diz.

Saímos da esquadra e vamos até um restaurante perto da mesma almoçar. Ao chegar lá sentamo-nos numa mesa perto da entrada.

- Ao que parece hoje vais passar o dia comigo. - Jay diz.

- Isso incomoda-te? - pergunto com receio de estar a ser chata.

- Claro que não, Upton está de folga para resolver problemas pessoais e se não fosses tu passava o dia a falar sozinho no carro. Além disso és a minha melhor amiga, adoro passar tempo contigo.

Jay era mesmo um bom amigo. Toda gente devia ter um Jay Halstead na sua vida.


Até ao próximo capítulo.

Chicago Fire - A Verdadeira Paixão de SeverideOnde histórias criam vida. Descubra agora