Trinta

3.4K 185 459
                                    

* capítulo trinta, se certifique de que leu o 29 *

Voltei, sumi, e agora voltei de novo!!

Mais um capítulo pra encerrar/começar a semana de vocês.

Esse ta IMENSO, e eu juro que não sei o porque. Só fui escrevendo mesmo kkkk

● música do capítulo hoje é de um dos donos da indústria musical, digo com clareza ●

Espero que gostem, não esqueçam de mimar a autora hein.

♤♡♤

Harry

Fechei o porta-malas do carro e caminhei devagar até o elevador. Passei quase a madrugada toda com Becca na clínica. Ela se recusava sair de perto do cachorro. Durante a manhã decidimos que iríamos enterrar ele em uma propriedade um pouquinho longe do centro, mas que de acordo com ela era onde ele ficava mais feliz de estar. Ela não chamou ninguém, fomos só eu e ela. Passamos praticamente o dia todo lá.

Becca subiu super rápido assim que chegamos, e eu fiquei uns minutos ma garagem ajeitando os bancos do carro, posteriormente abaixados pra colocar Snow. Subi cerca de 20 minutos depois e quando fui girar a maçaneta para abrir a porta de entrada da casa dela, alguém lá de dentro fez antes e abriu. Fiquei surpreso vendo o mesmo homem que deu um beijo na minha médica no elevador no dia que fui tirar meus pontos. Ele levantou uma sobrancelha e sorriu fraco. Fiquei parado na porta, sem reação, mas pelo susto.

- Oi, sou Louis - ele esticou a mão e eu apertei, sorrindo de volta - Eu já estou de saída. Ela ta no quarto, entra aí. Pode deixar que eu fecho a porta.

- Obrigado - agredeci e entrei. Enquanto atravessava a sala ouvi a porta sendo fechada. O apartamento estava todo fechado, com apenas uma pequena fresta da cortina da sala aberta, o que permitia a entrada do sol das 16h atravessar e iluminar um pouquinho. Caminhei até o quarto dela e olhei, não vendo ela na cama, nem no closet ou banheiro. Claro. Voltei pelo corredor e entrei no segundo quarto, vendo Becca sentada no chão toda encolhida, ao lado da cama do cachorro e abraçada com um bichinho de pelúcia.

- Oi - não falou nada, só continuou chorando. Me sentei ao lado dela, respeitando seu espaço pessoal

- O que ainda está fazendo aqui ? - perguntou baixinho, sem me olhar.

- Eu vim chorar com você. Quando eu falei que estaria aqui pra qualquer coisa, era qualquer coisa mesmo.

Ela não respondeu nada, só se manteve do jeito que estava. Olhei em volta, percebendo um quarto completamente vazio. Tinha um closet pequeno, desocupado no quarto e só. Num canto, um tipo de tapete pra cachorro junto com uma vasilha relativamente grande cheia de ração e um aparelho parecido com uma mini cachoeira, que deixava cair água sem parar. Uns brinquedos de borracha, umas bolinhas e umas pelúcias no chão. Mas uma em específica estava sendo abraçada por Rebecca, que chorava sem parar.

- Você precisa comer alguma coisa. Mais de 24h que não come.

- Eu to sem fome - fungou. Vi de relance ela secar algumas lágrimas e eu suspirei. Odeio ver ela assim. Me levantei do chão e estiquei a mão pra ela.

- Tenho uma ideia - sorri de canto e ela finalmente me olhou - Vou fazer um hambúrguer pra você.

- Eu to sem fome - repetiu.

- Eu faço um pequenininho, prometo.

- Não quero, faz pra você.

- Já sei, um macarrão então. Sou especialista e sei que você ama. Vem. - suspirou rendida e pegou minha mão, levantando logo em seguida. Ela apoiou um abraço em mim pra conseguir andar e com a outra ainda carregava o bicho de pelúcia.

Heaven | h.s |Onde histórias criam vida. Descubra agora